Foto: Sebastião Salgado |
A Bendita Lei de Causa e Efeito (carma, para alguns) explica, sem dúvida, por exemplo, a expiação de crianças nascidas com anomalias graves e/ou irreversíveis, que as sentenciam, muitas vezes, a décadas de sofrimento para si e seus familiares, quando não desencarnam precocemente.
Nenhum espiritualista questiona a
explicação de que tão pesada cruz seja o resultado de pretéritas ações
equivocadas do reencarnante e, por acréscimo, de sua família também.
Igualmente compreendemos, através
desta Lei, as diferenças sociais aberrantes, poder e riqueza paralelos a
situações de pobreza e ostracismo de seres humanos, nossos irmãos.
Tão magnânimo quanto justo é o
Criador desta Lei, à cuja sombra sucedem-se encarnações e desencarnações, vida
e “morte” com a única finalidade de evolução e aperfeiçoamento de Seus filhos, todos
nós.
Nem todas as criaturas, porém, se
beneficiariam desta Lei de Justiça, segundo a convicção de alguns. Nem todas.
Algumas correntes espiritualistas
acreditam em dois pesos e duas medidas
no que concerne à esta Lei de Justiça, pois de forma alguma se aplicaria
àqueles seres da Criação que, apenas por se encontrarem em patamar “inferior”
ao nosso, passariam pela fieira de dores atrozes e padecimentos inenarráveis
sob o inconsistente pretexto de adquirir um aprendizado (!?)
Estariam os animais excluídos
desta Justiça e Magnanimidade ou nosso orgulho, vaidade e prepotência é que os
considera assim, tão pouca coisa para merecer, do Criador um pouco mais?
Apenas para “assimilar lições”
seriam atingidos, assim, implacavelmente,
não apenas por um sofrimento casual e leve (palmadinhas) mas por prolongadas
torturas, abandonos, maus tratos, escravização e abate advindos, principalmente,
das mãos do racional superior, exatamente:
NÓS, os privilegiados pela Santa Lei do Carma!
Meus irmãos, POR DEUS DO CÉU!
Que pai humano, por mais rude
fosse, em sã consciência, basicamente bom e afetuoso, aplicaria corretivos
físicos e/ou morais em seus filhos inocentes, sob o pretexto de corrigir os
seus erros ANTES de serem cometidos?
Pressupõe-se que os animais,
crianças evolutivas, ignorantes do bem e do mal são então punidas com
implacável rigor, mesmo sem terem escolhido qual das duas opções?!
Antes de ter errado sofrem punições para aprender a não errar?
Mesmo sem consultar o abençoado
LIVRO DOS ESPÍRITOS é possível responder,
sob a luz da Razão e da própria Consciência, se com humildade considerarmos os
animais como os seres da Criação que um dia fomos, vivenciando experiências que
foram nossas, em passado não muito distante, como viajores da Eternidade.
Pais humanos costumam aplicar
reprimendas (verbais ou físicas) aos seus filhos, como uma consequência direta
de faltas cometidas, jamais por erros ainda não praticados.
Aos bons, por que o “castigo”?
Seria Deus menos justo e coerente
ao infringir sofrimento aos animais que ainda não pecaram? Claro que não!
Que explicação espiritual
plausível para, exemplo, passarinhos engaiolados por toda a sua vida, décadas,
enquanto outros, da mesma espécie, se destinam a escalar horizontes infinitos,
escolhendo cada minúscula palha de seu ninho ou dourado grão de árvore
abundante, dessedentando-se em poça d'água cristalina, optando pela chuva ou
pelo sol?
Que lições de tão grande valor
precisa aprender a pobre ave em minúsculo metro quadrado de espaço que não
aprenderia lá, onde as outras estão?
Assim como para os humanos, as
diferenças notórias de escravidão e liberdade não são meras lições de cruel
professor mas, sim, respostas da Lei cuja justiça, quando lesada ou
transgredida se aplica a todos os seres, TODOS!
Animais não são ROBÔS.
Pensam, amam, odeiam, sentem.
Deduz-se, com isso, que efetuam escolhas.
Escolher chama-se também: ARBITRAR.
Entretanto, impossibilitadas de arbitrar
encontram-se, igualmente, as criaturas humanas padecentes de irreversíveis
danos cerebrais, atrofiadas mental e fisicamente que, infelizmente, em razão da
própria condição, situam-se, pelo menos nesta vida, quiçá em condição inferior
aos animais que, livre de semelhante sofrimento, podem escolher opções do mal
ou do bem, por exemplo. Tênue é esta linha de demarcação entre o raciocínio ou
a idiotia e quase impossível demarcá-la, perfeitamente, entre as várias
espécies da Criação de Deus.
Humanos agem por instinto
selvagem, algumas vezes, onde animais se nos apresentam como heróis de coragem
e bravura, salvando vidas.
Diariamente assistimos o filme de
horror de noticiários em que animais são espancados sem piedade por humanos,
atirados de grande altura, amarrados em veículos e arrastados até a morte,
queimados vivos, abatidos para o consumo do ser racional “superior”
privilegiado pela Santa Lei de Causa e Efeito: NÓS.
Infernos de animais não são
castigos, tanto quanto paraísos de animais não são prêmios.
São apenas a colheita dos atos
praticados, assim como a nossa.
Fidelidade e bravura não são
prerrogativas, apenas, de alguns humanos. Poderíamos, então considerá-las
expressões do instinto, apenas porque provenientes de seres “menos evoluídos”?
Ou, se pensarmos com justiça,
para uns e outros, são a MESMA COISA?
Doutrinas espiritualistas não
admitem inteligência e/ou livre arbítrio nos animais. No entanto, ao
considerar, neles, um princípio inteligente, estão simplesmente corroborando
que: se pensam, escolhem; se escolhem arbitram; e, se arbitram conseguem
estruturar prisão em uma gaiola ou liberdade nos céus amanhã, dependendo,
exclusivamente dos próprios atos, hoje.
Pronto, aí está, límpida como a
água, porém inaceitável para muitos,
a razão do sofrimento nos animais. O
carma.
Na verdade todos somos o
resultado das próprias escolhas anteriores. Os animais, idem.
Um cão se atira a um rio gelado,
arriscando a própria vida para salvar a do seu tutor, ouvindo a voz do seu
coração, mesmo quando o instinto grita-lhe para salvar a própria.
Animais abnegados doam o naco de
alimento a outro, ferido, por Compaixão, quando o instinto os faria saciar a
própria fome.
Mães animais amamentam bebês de
outras espécies, por Amor, quando o instinto as faria guardar o leite para a
própria cria.
Aonde a mão Divina se absteve de
traçar limites a sentimentos tão sagrados, aí, não deveria a mão humana
estabelecer diferenças de prerrogativas entre humanos e animais, ao considerá-los
desprovidos de pensamentos, emoções e atos, não raras vezes, superiores aos de humanos.
Fidelidade ou altruísmo tanto
quanto ódio ou crueldade são movimentos da alma, passíveis de consequências,
boas ou más, tanto para nós, quanto para “eles”.
Existem animais perversos tanto
quanto humanos, da mesma forma que animais bondosos e altruístas, tanto quanto
nós. A colheita, em vida futura, chama-se
Lei de Causa e Efeito equivalente à Justiça, porque proveniente DELE.
Palavras humanas, infelizmente,
ainda geram questionamentos, polêmicas, indefinições.
Não há problema para os animais. Eles ENTENDEM. Pode se chamar de
CARMA.
Sandra
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Saudações
ResponderExcluirConfesso que ainda não consegui entender o sofrimento dos animais apesar de ter lido uma infinidade de informações sobre o assunto. Ainda busco uma lógica para tal maldade se é que existe mas se a Espiritualidade permite...
Namastê
Oi Rogério,
ResponderExcluirsuas dúvidas são sempre pertinentes.
na verdade, pelo que estudamos até hoje, grande parte do sofrimento animal ocorrer devido nosso orgulho e egoísmo em nãos os aceitar realmente como seres irmãos.
Pelo que compreendemos até hoje, além claro da morte deles nos abatedouros, muitas doenças que os acometem são por falhas humanas: seja no campo material ou espiritual.
No material a alimentação que oferecemos a eles, no caso a ração, cada dia com mais conservantes.
no campo material, com nossos desequilíbrios emocionais, com o qual afetamos tambem o campo magnéticos dos animais.
Quando vc coloca que a espiritualidade permite, também penso nos "por ques", mas lembremos que deus "permite" inúmeros crimes, que pagaremos mais adiante,creio que assim também Ele age em relação aos animais.
Mas concordo contigo, é uma dúvida dificil de ser sanada.
grande abraço
Boa tarde. O duro é a ignorância. Alimentei a minha falecida gatinha 80% com ração, achando que estava fazendo o correto, depois que ela adoeceu aos 13 anos e veio a falecer que fui pesquisar e vi que os corantes de rações entre outras coisas atacam os rins e outros órgãos dos bichinhos. A minha gatinha sofreu durante quase 6 dias, mesmo a levando a 3 veterinários. Dói muito a perda, eu tinha uma ligação muito forte com a minha gatinha preta, batizada com o nome de Macaquinha. Espero um dia revê-la, que os animais tenham alma e um lugar iluminado e puro após a saída desse plano de existência.
ResponderExcluirOlá Luiz,
ExcluirHá realmente muitas coisas que não sabemos, sobre a ração, é apenas um começo, pois o mercado quer angariar fortunas e "facilitar" a vida dos tutores.Mas com o tempo e trocando informaçoes, acabamos aprendendo caminhos dos quais nos desviamos(a comida natural que sempre demos aos cães no passado).
Grande abraço.
Simone
Também gostaria de compreender melhor essa questão, ultimamente com mais frequência venho buscando uma resposta plausível sobre o assunto. Infelizmente o que li até agora não convence. Cuido de uma cachorrinha idosa que está cega e que tem os olhos constantemente inflamados, todos os dias são limpos e colocamos um para desenflamar, é um sofrimento. Não consigo compreender a razão disso.Entendo que por mais evoluída que possa parecer os corpos, "máquinas incríveis",entendo que não são perfeitas ao ponto de não sofrerem danos, são como o corpo talvez, em evolução. Por isso o sofrimento, o que importa seria a forma de como lidamos com essas imperfeições. Mesmo os animais não tendo o livre arbítrio, nao distingam o bem e mal,estão sugeitos as vicissitudes da vida no atual estágio em que nos encontramos.
ResponderExcluirOlá Wilson
ExcluirTambém me dedico a este estudo sem nunca ter uma resposta que me satisfaça, sempre acabo notando que direcionamos o sofrimento do animal para os humanos, só que em algumas ocasiões não há esse encontro de culpa, e voltamos ao inicio do estudo, por isso o auxilio de todos vocês, com suas opiniões, enriquece esse Blog de estudos.
Grata e grande abraço
Simone
Tenho dez gatos e dois cachorros, cinco gatos resgatei de situações de abandono e maus tratos. Um pitbull que também era maltratado, e uma vira lata idosa que foi abandonada com um tumor de mama enorme. Me causa muita tristeza qdo vejo um animal abandonado, trabalho numa empresa onde tem 4 cães, um dálmata que foi comprado,e outros 3 tirados da rua, em situações de total abandono e muito doentes. Fico me perguntando, será que como nós os animais também tem carma? Pois, existem tantos animais abandonados e tem "sorte" de encontrar um lar e outros não tem a mesma "sorte". Eu acredito que sim, quem nos criou, também criou os animais. E Deus é justo, sábio, por isso acredito na lei de causa e efeito. Não sei explicar,como e porque, talvez seja minha fé em Deus, e na sua misericórdia e justiça.
ResponderExcluirOlá Cil Matos, infelizmente ainda temos muito a aprender com os animais, achamos que somos superiores e eles nos ensinam o contrário, a prova que nos mostram é as feridas que lhes causamos.
ResponderExcluirGrande abraço
Simone
A questão central é: porque o mundo foi feito de forma em que um ser vivo sobreviva em função da vida de outro. De um fungo aos grandes animais, todos sobrevivem da carne, da áres de outro, etc. Em biologia chamam de ciclo da vida. O homem é mais um animal simplesmente
ResponderExcluirque pode, ao contrario dos demais, escolher se deseja ou não matar, e isso em ética se chama, escolha moral.
ExcluirMas não explica porque a natureza é violenta em sua espinha dorsal. Pode culpar os humanos, mas somos frutos da criação. Pense, mesmo quando não me alimento de animais, outros seres alimentam! Quando faço plantações para alimentar a raça humana ou outros animais, estou tirando o habitat de outros seres vivos e condenando-os à morte.
ExcluirOlá Sergio, tudo bem
ExcluirA Natureza em si não é violenta e vc mesmo explica isso ao dizer que animais, tanto quanto os seres humanos precisam se alimentar para sobreviver. A diferença, entre os animais e os seres humanos é a escolha moral, o livre arbítrio entre matar ou não. A questão é que, o ser humano abusa o Planeta, o excesso de pessoas no Planeta faz com que mais e mais alimento sejam necessários e gera-se a destruição da Natureza, pelos seres humanos e não pela natureza.
Estamos postando outra serie de artigos sobre o sofrimento animal, https://irmaosanimais-conscienciahumana.blogspot.com/2018/07/sofrimento-animal-e-evolucao-parte-1.html
e indicmos também o livro do IACh- Porque os animais sofrem
http://irmaosanimais-conscienciahumana.blogspot.com/2017/11/livro-porque-os-animais-sofrem.html
muitas respostas que não tinhamos no passado têm aparecido mais a cada dia, e no futuro teremos muitas outras, so que , infelizmente, o maior gerador de sofrimento jamais será a Natureza e sim os seres humanos.
Grande abraço
Pois o artigo omite que a natureza, dita criado por Deus Misericordioso, pressupõe a sobrevivência de um ser vivo depende da ingestão, e outros métodos terríveis,do outro. A chamada cadeia alimentar. Assim, a violência não foi criada só pelos homens, que é um dos animais, mas por todos os seres vivos, isto para não perecerem. Esta explicação do carma não satisfaz ou esclarece nada.
ResponderExcluirSe, como vc coloca, a Natureza é violenta, teremos que supor que quem gerou a natureza é um ser violento, e este ser seria Deus e ele não seria, como vc coloca, um Ser misericordioso. A cadeia alimentar gerada pela natureza sim é uma cadeia natural embora, um animal mate o outro. Contudo, não há outra opção no estágio onde os animais estão, no caso humano, em nosso reino, essa opção há muito já foi gerada, no entanto continuamos a cometer os mesmos erros.
ResponderExcluirVeja que não são os animais que GERAM a violência como vc coloca, pois se pensar assim, estará colocando, como no antigo testamento, a culpa dessa violencia em Deus que criou os animais. Os animais abatem para sobreviver, mas e os seres humanos? Como colocamos, a Sandra é nossa colaboradora, e muitas respostasrealmente não foram dadas por falta de conhecimento na epoca, a cada dia, com mais estudo aprende-se mais, passados 5 anos, temos muito mais do tinhamos no passado. Os animais não possuem Carma, e nao são violentos porque a Natureza é violenta, nem Deus gerou a violência, eles simplesmente, ainda onde estagiam, m~]ao possuem a opção de matar ou nao, se bem que, muitos livros trazem estudos sobre animais que tiveram compaixão por outros, o que demonstra que a evolução não cessa em nenhum reino.
grande abraço