quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PENA DE MORTE

Homem atirando cão ao mar


    



Religiosos cristãos, ao se declararem visceralmente contrários à Pena Capital, ainda que decretada para contumazes criminosos comprovadamente avessos à qualquer admoestação benévola de aconselhamento e reforma íntima e por isso mesmo denominados incorrigíveis; os párias da sociedade que estarreceram comunidades pacíficas com atos de crueldade inimaginável e frieza com que planejaram e executaram barbarismos e crimes, caso não houvessem sido detidos e encarcerados pela Lei, certamente continuariam imutáveis em seus propósitos mesquinhos de desrespeito e impiedade, sem nenhum resquício de remorso ou arrependimento, ao contrário, aprimorando sua técnica maligna contra o Bem e os Bons.

Mesmo para estes infelizes, nós que nos consideramos Defensores da Vida não admitimos a Pena de Morte mesmo reconhecendo neles, criaturas inaptas para uma convivência social pacífica e por isso necessitados de encarceramento quiçá perpétuo ou até que cumpram suas sentenças.

Se ainda para estes delinquentes, os cristãos dos vários segmentos religiosos não aderem à possibilidade de seu extermínio legalizado, POR QUE MOTIVO então, nobres intérpretes de santos postulados e crenças “fazem vista grossa” ao barbarismo de execuções sumárias sem julgamento, premeditadas e praticadas contra seres inocentes, apenas porque vieram ao mundo na condição de ANIMAIS?!

Tão irrelevante quanto incomodatício assunto sequer se dão ao trabalho de analisar mais detidamente, comparando-o com suas convicções caritativas e idealizações enobrecidas reconhecendo nesse antagonismo, as grotescas contradições em que incorrem quando emocionados se reportam, do púlpito à exortações em favor da Vida, sem que lhes incomode, a seguir o repasto dos seres imolados para o seu deleite.

Estes zelosos, dignos e fiéis mordomos da Divindade e Seus Mandamentos, absolutamente não  perguntam se, moral e eticamente será lícito transportar para o recinto doméstico, portas a dentro de seu templo familiar, os despojos sanguinolentos do massacre que suas mãos não praticaram mas seu paladar exigiu e aceitou fosse servido sobre sua mesa de refeições, sobretudo em Nome de Deus, quando em datas comemorativas, como Páscoa e Natal costumam celebrar a  Paz diante de irmãozinhos que morreram sem ela.
Que pena.

Impossível, em sã consciência não se estabelecer comparações e paralelos, entre Vida e Vida, quando trombetas de Uma Terra Nova ressoam, conclamando à mudanças comportamentais importantes e inadiáveis, principalmente naqueles que, mais acordados para esta realidade apocalíptica, se preocupam em vivenciá-la.

Boi no matadouro
Quando inocentes de qualquer crime são arrebatados de seu habitat e arrastados pelos corredores dos matadouros lutando, ainda que em vão pelo seu bem maior (e nosso), a VIDA, apenas para que humanos superiores possam degustar suas vísceras e chupar os seus ossos, embora milhares de opções degustativas saborosas, saudáveis e sem crueldade  existam para substituição dos sencientes que pensam, vivem e sofrem exatamente como nós, ainda que diferenças nos caracterizem o semblante e o físico;

Quando seu inútil sacrifício ironicamente se contrapõe às meritórias e relevantes
Campanhas contra o Aborto, Suicídio, Eutanásia e Pena de Morte, é de estarrecer que, justamente das correntes religiosas, de onde se esperaria jorrar à cântaros, o Amor e a Caridade, um muro de indiferença, desprezo, desconsideração, desrespeito e descaridade se interponha entre os que deveriam proteger e salvar e os que não foram ouvidos nem vistos como irmãos que são, perante um mesmo Criador e Pai.

Protetores de Todos os Animais provenientes das várias correntes religiosas ou de nenhuma, afeiçoados de corpo e alma a esta Causa, mobilizados em pensamentos, palavras e ações em favor dos Seres que não falam mas sofrem, não nos consideramos de forma alguma melhores por isso mas nos orgulhamos desse título que nos honorifica e enriquece diante Dele pois não por acaso nos convidou (e aceitamos) esta luta pela vida deles, mesmo sem o aval daqueles que os deveriam entender, amar e proteger já que comprometidos com Seus Ensinamentos se declaram.

Estamos preocupados com o seu direito alienável à vida, tanto quanto o nosso, empenhados em abolir gaiolas, correntes, jaulas e instrumentos de tortura e extermínio violadores  do Não Matarás, tanto quanto nos posicionaríamos contra os violadores de nossos próprios filhos ou pais, doando-lhes nossas últimas forças para manter sua existência.

Reformular conceitos deteriorados pelo tempo, eis a questão e já é tarde, já se esvaem as oportunidades de merecermos habitar uma Terra onde a Paz seja extensiva a todos os que injustamente exterminamos sob a desculpa de serem imprescindíveis a nossa sobrevivência.

Transição Planetária também é sacudir a poeira e dar a volta por cima das arcaicas e esfarrapadas motivações alimentares que, apenas por acomodação, falta de vontade e desmotivação ainda não se modificaram, mesmo quando a compaixão e a caridade as referenda ante o holocausto de cada dia.

Nós os Protetores dos Animais advogamos sua causa com o mesmo ardor com que Abolicionistas responsáveis, acordados e compadecidos se indignaram contra o despotismo e tirania dos Senhores de Escravos auto denominados  proprietários de vidas que eram Dele, a fim de as subjugar por séculos de flagelação, tortura e morte; não compreenderam (ou não o quiseram) que humanos de cor negra eram iguais aos brancos na dor e no amor, além de possuíam qualidades superiores em seu peito negro, de simplicidade e humildade, desconhecidas destes senhores feudais e não reconhecidas como atributos de seu espírito SUPERIOR.

Nascimento,vida e morte é o patamar comum onde nos movemos, humanos e não humanos, necessitados das imprescindíveis experiências que o dom de existir proporciona e nenhuma destas categorias, HUMANA E ANIMAL pode evoluir sem elas, o que equivale a dizer NÃO PODEMOS CAMINHAR PARA DEUS SE NOS TOLHEM OS PASSOS, SOB QUALQUER PRETEXTO.

Somos a voz dos Animais arrancados hoje de seu habitat para percorrerem calvário igual aos humanos de pele negra escravizados outrora e para que não sofram o que não gostaríamos de sofrer é que fazemos de seus gemidos – a nossa voz.

Porque nasceram animais não equivale dizer que são nossos escravos, nossa comida, e nossa roupa – são irmãos! Estagiários degrau abaixo da Escala Evolutiva, onde ontem renascemos, merecedores de ocuparem, séculos à frente, nossa posição atual superior também, quando houverem aprendido as lições que já deveríamos ter começado a lhes ensinar.

Porque são fracos é que nos cabe protege-los e apenas parecem ignorantes porque ao invés de lecionarmos lições, com a dedicação de amigos mestres, lhes infringimos castigos e dor com a indiferença dos carrascos.

Racional Superior é quem os vai instruir sobre DEUS, usando de compaixão para com eles.
Para que O pressintam – sem saber QUEM SEJA.
Para que O amem – supondo-O sermos nós.


Sandra 





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