Por
mais irreverente a afirmativa, o Natal de Jesus não é de Jesus (!!!).
É
do comércio.
É
do Papai Noel.
Pergunte-se
a uma criança, a partir dos seus três anos de idade, o que é o Natal para ela e
a resposta será “Dia de ganhar presente!”
Existe,
é inegável, o espírito de confraternização nas empresas, a solidariedade em
família, abraços, risos, lágrimas, emoções, enfim.
No
entanto, no clima da euforia geral dificilmente se vislumbra o semblante do
meigo Nazareno, através de ilibações alcoólicas nem sempre ponderadas em suas
manifestações ou delineado nos vapores dos pernis e perus assados, sobre a mesa
ricamente ornada, rodeada de rostos felizes.
Não
por acaso, a história registra o Seu nascimento em singela manjedoura, entre
palhas de berço improvisado, na companhia dos animais do pasto que, pacíficos e
dóceis, compartilharam com ele o próprio espaço, embora alheios à sua
importância extraordinária mas quem sabe, pressupondo-a, nessa ocasião
significativa para a espécie humana (ou não humana).
Hoje,
nos lares, pacotes embrulhados festivamente com fitas brilhantes e cordões
coloridos, têm o rosto do simpático velhinho estampado neles mas, não, a Imagem Dele.
Ainda
que, histórica e biblicamente nenhum vínculo exista entre Jesus e Noel, algumas crianças mais precoces e
imaginativas o poderiam relacionar, quem sabe, inconscientemente, com algum
vovôzinho de Jesus (!?).
Mas
a época é de festão, minha gente! Chamadas ensurdecedoras ecoam através dos
monitores das Tvs, convocando para compras imperdíveis e promoções “da hora”; e
os incautos se atiram às ruas, se atropelam, aflitos para alcançar o que não
sabem ao certo o que seja, no Shoping atraente, de árvores natalinas altíssimas
e a cada ano mais faiscantes e enfeitadas, endividando-se, até a medula, na
compra dos presentes – não para Ele.
O
presépio, delicadamente arrumado, O relembra, é verdade.
As
figuras que o compõem priorizam o bebezinho importante cercado de seus pais, reis,
pastores e pelos animais, respeitosos e serenos que ali moravam.
Mas
os animais do presépio, que aqueceram o nascituro com seu hálito primitivo mas
útil, preservando-Lhe o calor da vida, ali estão, mortos sobre a mesa enfeitada,sob o pretexto de homenageá-Lo, em
nome de uma tradição milenar consagrada sim, mas nunca por amor a Ele.
Condimentados,
fatiados e regados com molhos picantes, ali está o que restou deles para
apreciação de todos, menos a de Jesus.
Que
se criasse então uma data simbólica para comemorar, com exclusividade, o
aniversário Dele, com o nome de Natal de Jesus, óbvio, onde se valorizasse o real significado de Sua Vinda ao trazer,
na simplicidade do cenário em que chegou ao mundo, a prioridade do Amor e da Paz
à Terra, tão pobre deles.
A
fim de que, recordar os Seus Ensinos fosse mais adequado, nessa data, no
silencio de nós mesmos do que em festejos demais, onde Sua Voz, serena e mansa,
nem sempre audível se encontra.
Pelo menos
nesse dia nossa fome tivesse outra
conotação que não a das iguarias e libações extravagantes, à exemplo Dele
quando, repartindo pedaços de um desguarnecido pão aos amigos, fez uso do vinho
com a parcimônia de seu espírito equilibrado, ensinando-nos muito mais do que
boas maneiras à mesa, a convivermos como irmãos.
Que
saíssemos às ruas por exemplo, nessa noite, como minorias abençoadas o fazem
hoje, em grupos abnegados, carregando sacolas e caixas repletas de presentes e
utensílios, na repartição da mesma fartura compartilhada em seus lares,
alimentando, vestindo e dessedentando os irmãozinhos Dele, em Seu Bendito Nome
e o estaríamos festejando mais apropriadamente.
Vivenciarmos
o verdadeiro espírito do Natal de Jesus deveria ser nos lembrarmos dos
desprezados (humanos ou não humanos), em nossa intenção, assim como Ele não os esquece.
Ao
valorizar o nome do aniversariante nas celebrações corriqueiras humanas não
costumamos confundi-lo com outros, ao cantarmos o “Parabéns pra você” justificando os
abraços e presentes para o homenageado com o fato de sua chegada à terra, em
mais uma reencarnação.
Valorizemo-LO,
acima de tudo e de todos, porém com o cuidado de não misturá-LO ou confundi-LO
nas inconseqüentes brincadeiras humanas, nas quais, sob o pretexto de iniciar
uma importante celebração, arriscamo-nos a esquecer justamente o Aniversariante
na calçada, após cerradas as portas.
Não
por acaso Ele veio.
Valorizemos
Sua chegada presenteando-O com o que gostaria de receber de cada um de nós, nem
sempre o que ostentamos fartamente, na
maioria das vezes, na “festa Dele” há tanto tempo.
Já
é tarde.
Reis e pastores partem, os animais dormem, a estrela
de Belém se apaga, os anjos se despedem e “quase não há mais tempo!” se ouve,
quando os sinos tocam.
Sandra
Gostou deste artigo?
Mande
um recado pelo
Nos
Ajude a divulgar
©Copyright Blog Irmãos
Animais-Consciência Humana - Simone Nardi -2013
Todos os direitos reservados
RESPEITE OS DIREITOS
AUTORAIS - CÓPIA E REPRODUÇÃO LIBERADAS DESDE QUE CITADA A FONTE -
2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente; Sugira; Critique; Trabalhamos a cada dia para melhorar o Blog Irmãos Animais - Consciência Humana