segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Antropocentrismo, A visão humana : Um breve passeio pela história




 Transcrevo aqui a palestra realizada no grupo Fraternal Francisco de Assis(GFFA) e, 06/11/2010.





Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e a natureza. Aí, dentro da mente humana, se inicializam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra o Planeta. Eles se expressam por uma categoria: Antropocentrismo. 


Leonardo Boff 



Para as pessoas que ainda desconhecem esta palavra, antropocentrismo é o ser humano como o centro do Universo. Com tudo girando em torno dele e, para ele, nada que ele faça de mal a outras criaturas merece ser visto como falta de ética. Assim estamos caminhando há anos, explorando e dominando as demais espécies em nome de uma que se acredita: divina. 

Leonardo Boff, no trecho que inicia este artigo, coloca com clareza a nossa violência interna e nosso eterno desejo de dominação, o que nos afasta do amor e da bondade. Esse antropocentrismo é o mecanismo que usamos para violentar os animais e tirar deles o bem que lhes é mais precioso: a vida. 

Para o antropocentrismo nada mais importa, a não ser a sua própria espécie, não enxergando as demais, ele passa a acreditar que não possui responsabilidade alguma e assim prossegue em sua própria destruição. 


SERÁ QUE TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS?


Embora alguns digam que todos os animais são iguais, vamos conhecer a história de dois gatos: 

Macavity é um gato londrino que todos os dias vai até o ponto do ônibus 331 em Wassall, entra, ajeita-se em seu canto e desce na parada seguinte. Ele sempre desce no mesmo ponto onde existe um restaurante que serve peixe com batatas fritas.As pessoas simplesmente desconhecem quem é o tutor dele. 

Kharlo, por outro lado, é constantemente maltratado por seus “donos”, jovens de 14, 16, 17 e 18 anos, que jogam o animal da janela do quinto andar enquanto filmam a queda, isso até que um vizinho se comova e chame a polícia. 

Esses animais são iguais? 

Os animais sim, os donos e os tutores é que são diferentes, a visão de cada pessoa torna a vida dos animais ou um paraíso ou um inferno.É esse desinteresse pela vida dos animais, é esse antropocentrismo exacerbado que tornou a vidas destas criaturas um caos. 

DE ONDE SURGIU ESSE DESINTERESSE HUMANO SOBRE OS ANIMAIS?

Anualmente mais de 50 bilhões de animais são mortos em interesse de uma só espécie, muitos interesses são tão triviais que as pessoas deveriam se envergonhar disso. Mas, de onde vem o nosso antropocentrismo? 

FILOSOFIA : ARISTÓTELES


De muito longe, mas escolhi Aristóteles para explicar melhor o que ocorreu em nossa mente.Aristóteles, filósofo grego discípulo de Platão dividia os seres humanos em castas, a conhecida Pirâmide Aristotélica era assim dividida: 

1- Nobres 

2- Plebeus 

3- Escravos 



Não havia ainda nela espaço reservado para os animais, pois em sua visão, não havia qualquer tipo de racionalidade neles, até havia “uma certa” sensitividade, porém nada que os abonasse diante dos seres humanos.Os animais eram inferiores aos “homens”, as mulheres eram inferiores aos “homens”, os escravos eram inferiores aos “homens” e, por isso, deveriam ser sempre escravos. 

FILOSOFIA : DESCARTES


Muito tempo depois René Descartes daria um respaldo ainda maior para o antropocentrismo com seu Cogito Ergo Sum( Penso, logo existo). Ao separar a alma do corpo, ele chegou a conclusão de que o pensamento sim era a essência da alma, o que o levou a expor que, tudo o que não possuísse alma ( e ele alocou os animais nesse meio) e uma linguagem inteligível seria apenas algo, uma coisa autômata. Sendo estes corpos desalmados, desprovidos de pensamentos racionais nada poderiam sentir. Essa linha de pensamento foi o que o levou a dizer que os animais, (desprovidos de pensamento racional e alma), não passariam de máquinas, pois para ele a linguagem era a prova de que um ser é capaz de pensar, de ter uma alma e de sentir. 

Para a razão cartesiana os animais não possuíam uma linguagem que fosse nem inteligível e nem universal, igualmente não possuíam consciência de si mesmos nem tampouco do mundo que os cercava, não possuindo faculdades cognitivas (racionais) que lhes permitisse possuir uma alma.Em resumo, não pensavam, não possuíam alma, moviam-se apenas de forma mecânica, buscando alimentos de modo tão autômato quanto uma máquina, tal como o relógio necessitava de corda, não havendo assim qualquer necessidade de ética para com eles. Os animais foram muito usados em experimentação animal por Descartes e seus discípulos e seus gritos, para o filósofo, eram tal como as rodas da carroça que gemiam sobre os buracos, nada com que devessem se preocupar. 

FILOSOFIA : THOMAS HOBBLES, JOHN LOCKE, IMMANUEL KANT

Thomas Hobbles






Outros filósofos igualmente tiraram dos animais os direitos a vida e a paz que deveriam ter, entre eles Thomas Hobbles, John Locke e Immanuel Kant, todos eles achavam que os animais até podiam sentir, mas que não raciocinavam não tendo assim um estado moral como o dos seres humanos , de forma que não lhes eram permitidos qualquer direito moral ou ético que pudesse vir a protegê-los.
Locke

Kant



FILOSOFIA : RELIGIÃO


Passamos pela Filosofia e adentramos um campo muito delicado, o das “religiões”, como nosso passeio é breve não vamos esmiuçar cada uma delas, mas apenas trazer alguns parâmetros que alicerçaram as bases do antropocentrismo.


Segundo alguns historiadores o judaísmo e o cristianismo sãos as duas principais religiões que justificam a subjugação dos animais, vamos nos concentrar no cristianismo, nele, segundo a Bíblia, Deus teria concedido ao ser humano o domínio sobre as demais espécies. Deus teria dito: “ Façamos o homem a nossa imagem e semelhança, e que ele domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais da terra , todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra.”(Gênesis).
  
Após o Dilúvio, Deus teria dito a Noé: “ Sede o medo e o pavor de todos os animais da terra e de todas as aves do céu , como de tudo que se move na terra e de todos os peixes do mar. Tudo o que se move e possui vida vos servirá de alimento, tudo isso eu vos dou, como vos dei a verdura das plantas.”(Gênesis)
  
Muitos se esquecem, no entanto, que todos os livros sagrados foram escritos pelos seres humanos, seres já imensamente antropocêntricos por natureza.Mais adiante vamos ver que Thomas de Aquino baseou-se na filosofia aristotélica e alegou igualmente que nada era maior que a espiritualidade humana, seres estes criados a imagem e semelhança de Deus, portanto, esse distanciamento entre seres humanos e animais era apenas uma “Lei Divina” . A dominação humana sobre os demais seres nada mais era do que fruto dessa “ordem hierárquica de perfectibilidade” humana.

RELIGIÃO : THOMAS DE AQUINO


Aquino
Para Thomas de Aquino, matar animais era um direito natural do ser humano, direito esse que fora concedido por Deus. “Não importa como o homem se comporta com relação aos animais, porque Deus sujeitou todas as coisas ao poder do homem -e é nesse sentido que o apóstolo diz que - Deus não se importa com os bois, pois Deus não pede ao homem para prestar conta do que faz com os bois ou com os outros animais.”

RELIGIÃO : SANTO AGOSTINHO


Agostinho
Outro filósofo cristão a reforçar o antropocentrismo, entre outros, foi Santo Agostinho, para ele a diferença entre homens e animais baseava-se nitidamente na racionalidade.Ele retirou dos animais o campo emocional e qualquer capacidade de raciocínio, o que excluiu dos animais qualquer possibilidade de alcançarem seus direitos, tornando-os maciçamente inferiores.Assim ele estabeleceu uma distinção entre o que denominou “almas racionais”, subdividindo-as em 3 categorias: celeste nos deuses, aéreas nos demônios e terrestres nos homens. Deste modo a alma dos animais era considerada uma alma irracional e inferior, sem qualquer valor significativo.Para ele, a hierarquia das almas se refletia na hierarquia da vida.

CIÊNCIA

 Caminhando, chegamos agora ao campo da ciência que, mesmo tendo se apartado das religiões, utilizou-se das crenças religiosas e filosóficas, aceitando de bom grado o fato de que os animais não possuíam senciência – capacidade de sentir dor ou medo- passando assim a utilizar ainda mais os animais em seus experimentos científicos sem qualquer culpa ou, como havia colocado Santo Agostinho: sem pecado. Agora a ciência poderia fazer tudo. Relaciono aqui alguns itens que são considerados cientificismo e que permitem à ciência, ficar de consciência tranquila no que tange a dor animal:
  
1- Desconsideração de Valores
2- Disponibilidade de animais
3- Exploração inconsequente da natureza

Fortaleceu-se ainda mais o antropocentrismo. A visão de muitos filósofos, bem como a visão Bíblica baseia-se inconsequentemente no antropocentrismo, ou seja, tudo o que é feito deve visar única e exclusivamente o bem dos seres humanos, não havendo dentro deste paradigma, espaço para que o ser humano se preocupe com os demais seres ou mesmo com o Planeta.

E quais são os caminhos de volta? 

A VISÃO ANTROPOCENTRICA E OS CAMINHOS DE VOLTA

Uma das primeiras coisas em que devemos pensar é que, neste caso, nós é que construímos Deus a nossa imagem e semelhança, culpando-o por nossos desejos e fraquezas. Abaixo cito alguns outros filósofos que se opunham, de certa forma, a ideia dos animais serem desprovidos de alma e de direitos.


FILOSOFIA, RELIGIÃO E CIÊNCIA

JEREMY BENTHAM

O primeiro deles é Jeremy Bentham: 
Bentham


“Talvez chegue o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir os direitos que jamais poderiam ter-lhe sido negados, a não ser pela mão da tirania. Os franceses já descobriram que o escuro da
pele não é motivo para que um ser humano seja irremediavelmente abandonado aos caprichos de um torturador. É possível que algum dia se reconheça que o número de pernas, a vilosidade da pele ou a terminação do osso sacro são razões igualmente insuficientes para se abandonar um ser senciente ao mesmo destino. O que mais deveria traçar a linha intransponível? A faculdade da razão, ou, talvez, a capacidade da linguagem? Mas um cavalo ou um cão adulto são incomparavelmente mais racionais e comunicativos do que um bebê de um dia, uma semana, ou até mesmo um mês. Supondo, porém, que as coisas não fossem assim, que importância teria tal fato? A questão não é ‘Eles são capazes de raciocinar?’, nem ‘São capazes de falar?’, mas, sim: ‘Eles são capazes de sofrer?”. 

FILOSOFIA, RELIGIÃO E CIÊNCIA

  
VOLTAIRE 
Voltaire

Já Voltaire, se opõe com veemência ao pensamento cartesiano de que os animais não possuíam alma e por isso, nada poderiam sentir:

“Os filósofos dizem-me: Não vos enganeis, o homem é inteiramente diferente dos outros animais, tem uma alma espiritual e imortal (…). Escuto esses mestres e lhes respondo, sempre desconfiando de mim mesmo, mas nem por isso confiando neles. Se o homem tem uma alma, tal como assegurais, devo crer que este cão e esta toupeira têm uma semelhante. Todos me juram que não. Pergunto-lhes qual a diferença que existe entre este cão e eles. Uns respondem este cão é uma forma substancial; outros me dizem: Não acrediteis nisso, as formas substanciais são quimeras; este cão é uma maquina como uma manivela. Pergunto ainda aos inventores das formas substanciais o que entendem por essa expressão, e como só me respondem com galimatias, volto-me para os inventores das manivelas e lhes digo: se estes animais são puras maquinas, certamente sereis em comparação com eles, apenas como um relógio de repetição em comparação com a manivela que falais; ou, se tendes a honra de possuir uma alma espiritual, os animais terão uma também, pois são tudo o que vós sois. Possuem os mesmos órgãos com os quais tendes sensações, e se não lhes servirem para a mesma finalidade, dando-lhes tais órgãos Deus terá feito uma obra inútil.”


FILOSOFIA, RELIGIÃO E CIÊNCIA

LIVRO DOS ESPÍRITOS


 Assim também, o Espiritismo explica a diferença de pensamento em relação aos animais:

597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá “uma certa” liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?

— Sim, e que sobrevive ao corpo.

597-a. Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?

— É também uma alma, se o quiserdes; isso depende do sentido em que se tome a palavra; mas é inferior à do homem. Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.

A inteligência, sendo um dos atributos do Espírito, nos mostra que: se há inteligência há Espírito (a inteligência vai se desenvolvendo conforme a evolução do espírito nos mais variados reinos). 


FILOSOFIA, RELIGIÃO E CIÊNCIA

DARWIN

Darwin

Para Darwin os animais possuíam a habilidade de raciocinar e demonstrar emoções, possuindo muitos sentimentos tais como os seres humanos – mesmo que rudimentares – e sendo ainda, capazes de expressar tais emoções.

“Nos animais inferiores vemos o mesmo princípio do prazer causado pelo contato associado com o amor.Cães e gatos manifestamente têm prazer no contato com seus donos e donas, recebendo afagos e tapinhas.” Charles Darwin

Hoje a própria ciência reconhece a senciência animal, essa defesa biológica descrita como uma capacidade física (dor) e psíquica (medo) de sentir.Que mais poderemos dizer para expor aos seres humanos que os animais são, de certa maneira, igual a nós?

Comparação do Genoma Humano com o dos animais: 
  •    Chimpanzé = 99,4 % (diferença de apenas 0,6%) 
  •    Bonobos = 98,0 
  •    Gorila = 97,0 
  •    Orangotango = 96,3



HUMANOS X NÃO-HUMANOS


Hoje sabemos que a diferença entre o cérebro dos homens e dos animais, se dá somente no Lobo Frontal ,onde o Lobo dos animais tende a ser menor porém, não menos importante.Ou seja, todos os animais possuem. O Lobo frontal é responsável pelo comportamento, temperamento e memória . Portanto, veremos que a diferença entre o cérebro humano e o dos animais mamíferos ,sobretudo, é mais “Proporcional”, pois nos mamíferos a organização do cérebro se dá tal como a dos seres humanos.
















UM NOVO DESPERTAR


Deste modo não há mais justificativa para o Antropocentrismo, posto que todos os animais, humanos e não-humanos tem: 
  •   Capacidade emocional e social : compaixão em relação entre as espécies e inter-espécies -


  •  
  •   Sensibilidade: dor ou medo e capacidade de expressar tais emoções - 


  •   Cognição (Razão): Inteligência, raciocínio, resolução de problemas, memória. 

A QUESTÃO QUE NOS FICA


Sabendo disso, qual atitude tomaremos, de hoje em diante, em relação aos animais, nossos irmãos?

Pensemos nisso com amor. 


Simone Nardi




Redação do blog Irmão  Animais- Consciência Humana






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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Casos paranormais com animais


Já faz alguns anos que nós estamos procurando trazer informações às pessoas e principalmente aos adeptos da Doutrina Espírita. Mas, não somente os espíritas se interessam por este tema, pois frequentemente somos chamados a fazer palestras a grupos ligados a outras religiões e doutrinas e até mesmo a grupos ligados a proteção animal que nos procuram para receberem orientações a respeito do destino da alma dos animais depois da desencarnação. Já faz alguns anos que nós estamos espalhando a ideia que não partiu de nós, mas da espiritualidade, de que os animais não são objetos, que os animais não são matéria prima de qualquer indústria, que os animais são espíritos em evolução, que os animais são seres que merecem a nossa atenção, a nossa compaixão e principalmente o nosso respeito, pois eles são nossos irmãos. Ao longo deste tempo em que procuramos levar orientações às pessoas a este respeito, nós notamos que a compreensão delas está se tornando cada vez maior sobre este tema e rapidamente elas estão deixando de ver estes seres do mesmo modo como eram vistos antigamente, quando os animais eram tidos apenas como propriedade de alguém.
Ao longo deste tempo em que procuramos orientar sobre os nossos irmãos animais, tornou-se notável como muitos estão passando a respeitar mais os animais como nossos semelhantes. Claro!
Os animais são nossos semelhantes espirituais, pois são espíritos em evolução assim como nós. As pessoas estão acordando para esta realidade e vêm procurando aplicar os ensinamentos de Jesus quanto ao amor ao próximo, por incluí-los também, neste rol. As palavras de Jesus diziam para nós amarmos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, mas Ele não especificou se os próximos deveriam ser somente os humanos. Gandhi já disse que tudo o que vive é o nosso próximo.
Hoje sabemos que os seres espirituais que estagiam na fase de animalidade nada mais são do que espíritos que estão sujeitos as mesmas leis evolutivas que outros espíritos mais adiantados, como nós por exemplo. Os espíritos ou almas dos animais foram criados simples e ignorantes e por estarem sujeitos as mesmas leis que outros espíritos ,estagiários em patamares superiores, também evoluirão e atingirão patamares tão altos quanto o nosso e até mais. A evolução acontece desde o “átomo ao arcanjo”, como lemos no Livro dos Espíritos. Sendo assim todos os espíritos, já passaram ou passarão ,por todas as fases antes de atingir a fase humana e supra-humana.
Eu, recentemente, fiz uma palestra sobre Espiritualidade dos Animais em uma Casa Espírita em São Bernardo do Campo que tem Francisco de Assis em seu nome. Trata-se de um grupo muito interessado em estudar o assunto e entender tudo o que puderem sobre a espiritualidade dos animais.

 Em minha palestra eu falava sobre casos de materializações de animais comentados pela literatura espírita e disse que faltavam-nos casos do cotidiano que nos enriquecesse as preleções, que poderiam ser contadas a fim de comprovar a veracidade de nossas palavras e das pesquisas desenvolvidas por cientistas do século XIX e início do séc. XX sobre materializações. Eu comentei sobre o caso de uma pessoa conhecida que teve a sua gatinha morta recentemente, cuja materialização se confirmou com as marcas de pegadas nos lençóis da cama onde ela caminhou antes de se desvanecer diante dos olhos atônitos da amiga, que a observou desaparecer.
Comentei sobre o caso de uma senhora que cuida de um gato desde pequeno, mas que tem o péssimo hábito de caminhar sobre a comida que será servida à família. Assim ela o prendeu no quarto enquanto preparava o jantar. Para a surpresa da senhora o gato surgiu na cozinha,mesmo tendo ela trancado, a chaves, a porta do quarto. Dada a bronca, o animal esperto, se evadiu. Ela o perseguiu e quase o alcançou quando ele correu em direção ao quarto. Para sua surpresa o gato desapareceu diante da porta, que ainda estava trancada. Ela abriu a porta e lá estava o gato ressonando. Dormia um sono pesado. Seu espírito se desdobrou e foi até a cozinha onde desejava estar.
Outro caso interessante é o da senhora que todos os dias brincava com um cão que permanecia  a maior  parte do tempo  na rua, como se fosse um cão sem lar, apesar de ter um. Certo dia, como fazia de rotina, encontrou o cão brincando perigosamente entre os carros, e sequer notou sua presença.
No dia seguinte o cão não estava ali a espera de seu afago como sempre fazia e ela logo desconfiou que ele provavelmente fora atropelado no dia anterior. Procurando a dona do cão, perguntou-lhe o que aconteceu. A mulher disse: “Faz vinte dias que ele morreu atropelado”.
Parecem muitos caso, mas são poucos e a Casa onde estive para fazer a tal palestra resolveu contribuir com mais uma:

Estavam estudando sobre o assunto “Espiritualidade dos animais” lendo um de nossos livros (Todos os Animais Merecem o Céu), quando um cão surgiu em total silêncio na sala de aula do Centro. O cão passou por cada aluno e mostrou-se extremamente carinhoso, pedindo afagos de todos. Depois de ter passado algum tempo em companhia daquelas pessoas que tem especial carinho por animais, o cão se despediu e caminhou em uma direção e desapareceu, atravessando a parede da sala. 


Todos viram e se surpreenderam. Não é para menos!

Marcel Benedeti, desencarnou em 01/02/2010 .




Fonte: Revista Cristã de Espiritismo