segunda-feira, 8 de março de 2010

LICANTROPIA , ZOANTROPIA E CINANTROPIA NA VISÃO ESPÍRITA Parte4


            Parte IV- Final

Simone Nardi

 

Metade homem metade lobo

 

           
Cinantropia : Em todos os casos, pudemos notar claramente que a metamorfose que ocorre, tanto em encarnados como em desencarnados, é obra exclusiva da falta do amor e da caridade, seja pela auto-obsessão ou pela atuação de obsessores. 

No Livro “A Cura Pelo Além”, o autor narra um caso de cinantropia ocorrido num asilo onde ele trabalhava como expositor. Ali se realizavam sessões de passe e curas espirituais e foi numa dessas sessões onde ocorreu tal fenômeno.

Chamado as pressas para auxiliar um paciente que, segundo relataram, tivera um ataque de fúria ao adentrar no recinto, o trabalhador partiu em seu socorro. Lá chegando  impôs as mãos sobre a cabeça do homem e notou que sua fisionomia alterou-se totalmente, tomando o aspecto de um cão furioso que lhe arreganhava os dentes prestes a atacá-lo com as mãos torcidas como se fossem patas ou garras.

O autor chama a atenção para a fisionomia do obsediado que, apesar de ter o rosto composto por ossos duros e não flexíveis, teve seu rosto transfigurado para as feições medonhas de um cão horroroso que segundo ele, só deveria existir nos Umbrais, demonstrando assim que a matéria pode ser moldada e alterada pelo espírito através de forças por nós, ainda desconhecidas.

E a cura para esse mal, existe?

Sim, existe e se chama Amor!

Lenda do Lobsomem devorador
Para todo caso de obsessão é necessário que se realize a desobsessão que é, explicando da forma mais simples; o desligamento do obsessor do obsediado. Isso é feito através da doutrinação do espírito (ou espíritos) obsessor, através da fluidoterapia, da reeducação da vítima tanto mental quanto moral, incitando-lhe vibrações mais elevadas.

A assistência espiritual é importantíssima para a recuperação de encarnados e desencarnados e para o equilíbrio mental de todos. O amor , o carinho e a dedicação cura tudo, destrói o ódio e semeia a paz, desfeito o sentimento de vingança, vítima e algoz passam a se recuperar e passam a viver novamente longe das fronteiras da loucura. O homem não retrograda, mas sim, se degrada, quando ele volta a enxergar, seu espírito refloresce e se alça em nova jornada. 

Assim é a vida.


Simone Nardi

 

 

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sexta-feira, 5 de março de 2010

LICANTROPIA , ZOANTROPIA E CINANTROPIA NA VISÃO ESPÍRITA Parte3


Parte III


Simone Nardi

 
Imagem: Homem e lobo


Zoantropia : Espíritos que não conhecem o bem, propensos a prática do mal  desde  que queiram, podem se apresentar aos homens sob formas animalescas, demonstrando deste modo sua degradação moral. Muitos são aqueles que tomam as formas do próprio “demônio”(1). 

Devemos deixar claro, porém, que falamos da degradação moral e não da degradação da inteligência. Um ser moralmente decaído muitas vezes possui grande inteligência, voltada somente para o mal. Espíritos encarnados também podem ser tão “ruins” no desconhecimento do bem como os que já desencarnaram.

No espiritismo não há nada de sobrenatural, o que alguns contam como lendas não podem ser exprimidos como verdades ou mentiras, apenas explicadas diante da lógica da Doutrina, pois tudo que se diz, se diz com um fundo de verdade.

Em conversa com uma senhora do interior de São Carlos ela nos contou, ainda sentindo arrepios pelo corpo, que certa noite de verão ela, igualmente com algumas crianças, brincavam do lado de fora das casas como era costume. A vizinhança acalorada conversava na rua até que se ouviu o ruído de um galope ligeiro. Todos silenciaram e olharam na mesma direção. Pela rua afora, disparado como um raio, um cão enorme, de pelos negros e dentes enormes corria na direção das pessoas. A senhora, na época criança, conta que todos correram em polvorosa. O lobo gigante uivava e latia, babando na direção das crianças. Não atacou ninguém relata ela, mas o medo daquela noite a persegue e, se perguntada, ela afirma com toda convicção: era sim um lobisomem (licantropo).

Para conhecer dezenas desses casos, basta conversar com pessoas , hoje de mais  idade, principalmente as que moravam no interior, quando a religião ainda não desbravara todas as fronteiras. Basta ler a vida de alguns santos, pois que o mal sempre repudia o bem.

Basta fazer uma busca pela vida de Santa Gemma Galgani(1878/1903) onde conta-se, um cão feroz aparecia saltando sobre ela durante a noite. São Pedro de Alcântara(1499/1562), onde o demônio aparecia, atirava-lhe pedras e o arrastava pelo chão. O mesmo aconteceu com Dom Bosco(1815/1888), de grande mediunidade, para quem os espíritos malfazejos apareciam em formas de lobos(licantropos), ursos, serpentes ou como monstros cujas formas eram indizíveis. Conta-se que São Geraldo Majela (1726/1755) foi atacado certa noite por um cão descomunal que desapareceu assim que o Santo fez o sinal da cruz, mas foi também doutra feita arrastado por cães enormes que lhe causaram feridas por todo o corpo.

A zoantropia mostra que não apenas desencarnados, mas também encarnados podem sofrer essa metamorfose, basta ver que já foi citado o caso de Nabucodonosor.

“....vão expulsar-te dentre os homens, para te fazer viver entre os animais...pastarás ervas como os bois..”( Bíblia –Livro de Daniel).
 
Imagem: Nabucodonosor
Aqui como na licantropia, a obsessão vem novamente dementar os seres. André Luiz narra em seu livro “Nos Domínios da Mediunidade”, o caso de uma senhora vítima de fascinação(tipo de obsessão) que acabou por adquirir um aspecto animalesco, onde uivava como um lobo. Muitas pessoas hoje, aprisionadas em manicômios, foram ou são vítimas desses vampirizadores , adquirindo também formas e posições animalescas.

Noutra Revista Espírita, é relatado o caso de um menino de 14 anos, residente no Sítio Coqueirinho, em Mangabeira. Internado com crises de epilepsia, os pais notaram marcas de pancadas pelo seu corpo, segundo ele, apanhara muito. Levado a Casa Espírita, conta-se que o menino não parecia mais ter a forma humana, o espírito que o obsediava transmitia para ele sua forma (zoantropia), fazendo-o ter a forma de um macaco. Furioso, procurava ele morder as pessoas e guinchava feito um animal. Seu rosto tomara a forma siamesca e ele agia tal qual o animal.

Mas para todo mal, a cura é o amor.


Notas:

(1), Pelo menos a aparência dada à ele pela Igreja Romana, com sua pele avermelhada, chifres, pés de bode e rabo pontiagudo.


Para conhecer mais leia:

Revista Espiritismo e Ciência
Hagiógrafos : Heroínas de Cristo de José Hussieim
São Pedro de Alcântara de Frei Estefânio Piat
A Próxima Parada de Cel. Edynardo
A Cura pelo Além- Oswaldo Iório


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quarta-feira, 3 de março de 2010

LICANTROPIA , ZOANTROPIA E CINANTROPIA NA VISÃO ESPÍRITA Parte 2

Parte II

Simone Nardi


Imagem: Lobo de olhos azuis

Licantropia: Para a ciência ainda não é possível o reconhecimento dessa metamorfose, fisicamente falando. Já para o espiritismo essa mudança se dá no perispírito.

Perispírito :  (peri1+espírito)  Envoltório semi-material correspondente ao corpo astral, intermediário entre o corpo e o espírito, não destrutível pela morte .

Para que se entenda melhor : O homem é um Espírito encarnado, o laço que une a alma e corpo é o perispírito e por fim, vem seu corpo material.

É no perispírito que as impressões da vida desregrada dos homens ficam marcadas, refletindo aquilo que o Espírito é ou foi. Por isso vemos as pessoas que desencarnaram tal como quando ainda estavam vivas. O que pode ocorrer porém é a deturpação do perispírito pelo desequilíbrio do ser, normalmente causado pela auto-obsessão ou mesmo por obsessores. Possessão.

Nos diz André Luiz que o Perispírito não retrograda, mas sim se degrada, ou seja, distorce de tamanha forma seus pensamentos que marca ou registra no perispírito todo mal que sente.

Psiquiatras dizem que normalmente os licantropos apresentam polifagia- desejo demasiado por alimentos, além de alguns comportamentos esquizofrênicos. Alguns estudos relatam que o sangue pode ter cor amarelada, a pele toma um tom esverdeado e crescem dentes pontiagudos.
Caso de hipertricose


Uma doença conhecida como Hipertricose, muitas vezes confundida com a licantropia, nada tem a ver com o caso. Essa doença causa o crescimento desordenado e exagerado de pelos no corpo do doente devido há um problema genético.Mas, espiritualmente falando, a degradação ocorre no perispírito, como foi dito anteriormente, pela obsessão, possessão ou subjugação que acaba por deformá-lo.

A Doutrina Espírita vem por assim dizer, desmistificar o mito dos lobisomens e mostrar que, o que foi visto por muitos nada mais é do que uma mudança no corpo perispiritual do homem para a forma animal. Muitos são os videntes desse mundo, a vidência não é obra do espiritismo, já existia antes mesmo de sua codificação e o espírito, mesmo que transformado em animal, desde que queira ser visto, o será.

Esses espíritos desencarnados e animalescos, aproximam-se dos encarnados - desde que o encarnado de vazão aos maus pensamentos - causando assim a obsessão. A vítima, ligada aos obsessores ficará aprisionada por eles afastando-se de Deus . Semelhante a hipnose, recebem os obsediados em seu campo mental, todas as vibrações negativas dos obsessores, vibrações essas que serão refletidas em seu perispírito, modificando assim a sua forma humana. Alguns casos já relatados, mostraram pessoas encarnadas em estado animalesco, bem como a vidência de espíritos já desencarnados na mesma forma animal.

Muitos sãos os espíritos que vivem na erraticidade – desencarnados- que devido a fragilidade de seus pensamentos, erram e passam a perturbar-se, mergulhando no arrependimento e na culpa, incapazes de se perdoarem.

Os motivos para essas obsessões ou possessões, normalmente são a vingança e o ódio, mantido pelo algoz para com a vítima, com ou sem ligações com vidas pretéritas, mas muitas outras  coisas podem agravar essa situação. O uso de drogas por exemplo.

São, contudo, raros os casos de Licantropia desde que o homem, ao poucos, começou a  reavivar a visão sublime do amor de Deus.

Hermínio Miranda, no livro Diálogo com as sombras, relata um caso de zoantropia em que  um espírito recebe como que por hipnose no campo mental, a sugestão da metamorfose, essa sugestão modifica seu corpo perispiritual fazendo-o parecer-se com um animal.

Mas, esse será a terceira parte da nossa conversa. 


Para conhecer mais leia:

Nas Fronteiras da Loucura – Manoel Philomeno
Nos Domínios da Mediunidade e Libertação - André Luiz
Diálogo com as Sombras – Hermínio C. Miranda                    
O Cão de Guarda – Sebastião Anselmo   


Simone Nardi

 

 

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segunda-feira, 1 de março de 2010

LICANTROPIA , ZOANTROPIA E CINANTROPIA NA VISÃO ESPÍRITA Parte I


Parte I

Simone Nardi

 

Imagem:Lobisomem

 


  Lobisomem !

Somente a menção desse nome já nos causa calafrios. Lembramos imediatamente dos filmes Hollywoodianos (Underworld ou Van Helsing) onde um homem, diante da Lua cheia, lentamente começa a transformar-se. Pelos enormes surgem por todo seu corpo. O rosto se torna animalesco e uma bocarra enorme aparece em forma de focinho de cão, com dentes enormes e poderosos . Ele uiva para a Lua e corre em direção das infelizes vítimas.Mas, existiriam ainda hoje os lobisomens que aterrorizavam a Europa Medieval ?

Nos dizem os filmes que uma bala de prata é o único meio de acabar com a tal “maldição” , que passa de um para outro diante da mordida(nos raros casos onde a vítima sobreviva). Lendas inúmeras surgiram sem a certeza de quando realmente iniciou-se, alguns dizem que surgiu na França do século XV, outros que surgiu antes da vinda do Cristo. Lendas Gregas narravam como Zeus, Apolo, entre outros deuses se transformavam em animais. Os Xamãs que também se transformavam em animais - com uso de algumas drogas naturais- afim de voarem como a águia ou correrem como os lobos.

Inúmeros deles, no entanto, tiveram com certeza seus corpos queimados durante a Inquisição - Peter Stubb- Jean  Grenier , condenado em 1700 na França, por ter sido considerado um licantropo- . Dizem que em 1542, 150 lobisomens apareceram em Constantinopla .

A própria Bíblia faz referência a eles no livro de Daniel, relatando os sintomas ocorridos com o Rei Nabucodonosor II da Babilônia (605-562 a.C.) , que foi condenado a se transformar em animal durante sete anos.

Até mesmo no Brasil, mais precisamente na Amazônia, há referências sobre um homem-lobo e o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, falava, a certo tempo atrás, sobre o homem-hiena. Contam que caçadores se depararam com o animal e atiraram arrancando-lhe a mandíbula. Seguindo os rastros de sangue  encontraram um homem morto; sem a mandíbula.

Uma das muitas revistas espíritas referiu-se ao animismo e a ideoplastia - ação exercida pelo pensamento sobre a matéria- , exemplificando para tanto as chagas de Cristo ou estigmas, que surgem no corpo de algumas pessoas.
Mas o que são realmente os Lobisomens, eles existem? 

Se existem, qual a visão espírita sobre eles?

Inicialmente devemos relembrar o que significa, em muitas línguas, a palavra Lobisomem:

Imagem: lobo
No dicionário encontraremos a palavra em latim ( lupus ex homine) - Homem que, segundo a superstição popular, se transforma temporariamente em lobo vagueando de noite pelos lugares ermos.

Eles existem?

Existem com certeza, seria o nosso lado obscuro, o lado que guardamos,que escondemos e tentamos eliminar, assim como no pequeno conto do índio e os dois lobos.

“Há um lobo bom e um lobo ruim, travando uma batalha incessante dentro de nós., Perguntado sobre qual dos dois venceria, o índio teria respondido: Aquele que eu alimentar.”

Mas qual seria a visão espírita sobre isso? 

O termo Licantropia talvez pudesse nos trazer a resposta .

Licantropia : do Grego Lykoi , Lobos + Antropos , homem.  (lico2+antropo+ia1)  Alienação mental em que o doente se julga transformado em lobo.  Pretensa metamorfose em lobisomem; licomania. Seria uma variação da zoantropia, pois os doentes guardariam semelhanças com os lobos.

E o que seria a Zoantropia

Zoantropia : (zoo+antropo+ia1) Doença mental, em que o enfermo se crê transformado em animal e age como tal. Seria a modificação da forma humana para qualquer tipo de animal.

E então a Cinantropia?

Cinantropia:  (cino+antropo+ia) Med. Alucinação em que o doente se julga cão e se comporta como tal. Segundo alguns relatos espíritas(1) ocorre quando é possível ver a transformação no rosto do doente. A pessoa ficaria com feições animalescas. 

Ou seja, todos os itens acima tratam da mesma coisa. A metamorfose do homem em animal, veremos então o que nos diz o espiritismo a respeito disso.


Notas:
(1)   Revista Espiritismo e Ciência nº6.



Simone Nardi

 

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Vampiros existem parte 1   



 




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