quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Vegetarianismo e Espiritismo:Carta sobre " A Carne".pt 2


Em 12 / 10 / 2010 foi recebida a seguinte mensagem de Richard Simonetti para Getúlio Machado




Prezado Getúlio, bom dia.



A mensagem que você enviou para com endereçamento à Folha Espírita não chegou porquanto esse endereço não existe.

Quanto à sua carta, agradeço suas ponderações, que julgo oportunas e valiosas, bem como as transcrições, que eu já conhecia.

Julgo importante diminuir a ingestão de carne, até em benefício de um retorno mais tranquilo ao mundo espiritual, como recomenda Humberto de Campos (eu mesmo limito-me a um pedaço de peito de frango ou peixe, diariamente), mas insisto que não podemos considerar a abstenção de carne como indispensável à nossa espiritualização ou para nos habilitar a um futuro melhor.

Fico ainda com o Livro dos Espíritos, que nos explica que é problema da natureza de cada um.

Nem o uso da carne atrapalha nossa evolução, nem a abstinência a favorece. Tudo depende de nosso comportamento, de nossos pensamentos, de nossa maneira de ser.

Segundo informações confiáveis, Chico, que havia largado a carne, voltou a comer por orientação de Emmanuel, em face de suas necessidades.

Quanto à matança, observe que existe uma cadeia alimentar, que a envolve, desde micróbios aos animais de grande porte. Sempre há um ser vivo comendo outro. Se pretendermos jamais "matar" teremos que renunciar a qualquer alimento, porquanto mesmo em relação aos alimentos vegetais matamos para sobreviver. Grãos, folhas, frutos, são seres vivos que deglutimos.

Assim, meu caro Getúlio, peço-lhe perdoar a impossibilidade de atender ao seu pedido, que não está de acordo com minhas convicções.

Nem por isso deixo de respeitar as suas convicções, pelas que em nenhum momento considerarei indignas de um espírita de seu porte.


Abraço


Richard Simonetti
Rua Monsenhor Cloro, 14-44
Bauru / SP  -  CEP: 17014-360
 site: www.richardsimonetti.com.br
   
CEAC: www.ceac.org.br




Com o intuito de finalizar o assunto, foi enviada esta última resposta:


Caro Richard Simonetti,


Agradeço atenção pela resposta concernente  as  minhas considerações sobre o  seu artigo na folha espírita, em janeiro de 2.008, intitulado “”A CARNE”.

Também quero parabenizá-lo  pela  Carta enviada  à Revista Veja, protestando contra o “Tom de Deboche na Reportagem Sobre o Filme Nosso Lar a qual,  tenho certeza , que conta com o apoio e agradecimento de todos os espíritas e simpatizantes.

O que me preocupa não é o grito  dos  maus.   É O SILÊNCIO DOS BONS.”(Martin Luther King)


Infelizmente são poucas as pessoas que reagem contra as informações e ou divulgações de opiniões próprias, consideradas equivocadas, mal interpretadas, incompletas, ou irreais, nos meios de comunicação.

Dessa forma, essa opinião geralmente se estende de uma forma tão intensa que fica gravada na mentalidade humana como verdadeira. Alguns exemplos;

(*)CHICO XAVIER foi à reencarnação de ALLAN KARDEC”    “ERRADO”


(**) “ANDRÉ LUIZ”, foi à reencarnação de DR. CARLOS CHAGAS,
“TALVEZ”


(**) “ANDRÉ LUIZ”, foi à reencarnação de DR.  OSVALDO CRUZ.                 “TALVEZ”


(***) “Foi atribuído a  Léon Denis a frase; “"A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem"      “ERRADO”


Essas afirmações tive a oportunidade de ler em matérias espíritas e ouvir de muitos renomados palestrantes, declararem como situações reais e insofismáveis.

Lamentavelmente no meio espírita, como em qualquer meio do conhecimento humano, quase sempre predomina a vaidade acerbada e muitas vezes a  preguiça intelectual.   As pessoas apenas gravam informações e as reproduzem sem senso crítico, pesquisa, bom senso, contrariando Allan Kardec e seus mentores espirituais que queriam e querem uma Doutrina racional, lógica, de pesquisa, de estudo. (Amai-vos e Instrui-vos).


É claro que ERRAR é humano, mas persistir no erro pelo simples fato de vaidade, de não aceitar ponderações, nem de pessoas mais instruídas e muito menos de outras, é de fato muito triste.

Conceitos simples são transmitidos de forma errada nos cursos e palestras a que tenho assistido, e muitas vezes provocam questionamentos que são respondidos de forma  arcaica, obsoleta e também absurda.

Para não tornar cansativo, registro no final,  artigos sobre os 4 itens com (*), sendo que o (**)pelo simples fato de existirem duas afirmações  ocasionou gestos de fúria e tons ameaçadores, por parte de pessoas que se dizem espíritas e tomam partido sem grandes fundamentos.

Assim podemos fazer um parâmetro entre a minha ação de repúdio a SUA MATÉRIA  e a sua ação, em repúdio a matéria da Revista Veja.   (O grito e não o silêncio dos bons.)

Ambos os textos contestados e  publicados ferem a realidade, dentro de uma verdade cientifica, filosófica e também religiosa.


Mas  afinal, o que é a VERDADE?   - Qualquer idéia ou princípio que é tido como verdadeiro, justo, exato, lógico, de fato  e provado.

PROVA  evidência de algo, que atesta a veracidade ou a autenticidade.



LÓGICA, - Em que há coerência, nexo, harmonia entre as partes

A verdade é validada pelo enriquecimento dos argumentos, fundamentados em pesquisas cientificas confiáveis, no caso do espiritismo  iniciamos pela obras da codificação realizada por Kardec, as psicografias de Chico Xavier, que se impõe não só pelo valor moral e espiritual, mas também pela autenticidade da   Psicografia mecânica  e outras fontes que ganharam confiança. Mas vamos nos ater a Kardec e Chico Xavier.


Não quero de forma alguma entrar em CONFRONTO, forçar a minha opinião ou mesmo tornar a nossa conversa um bate bola, pois ambos somos espíritas, temos convicções que devem ser respeitadas, como o senhor mesmo  escreveu.

Entretanto temos uma divergência, que abrange não só uma interpretação, mas uma premissa muito séria, que envolve um grande vício antigo, que esta se modernizando de uma forma voluptuosa e desregrada que é a  alimentação carnívora  dentro e também fora do ambiente e residências  espíritas,  aproveitando o ensejo para deixar sem ambigüidade  o fato de particularmente não ter nada contra o homem ainda carnívoro,  pois um dia, já fui também e como me ajudaram, também quero ajudar, na esperança que os carnívoros de hoje deixem esse vício amanhã.

Mas o que realmente pega, incomoda, aborrece, desgosta  chateia  é a DIVULGAÇÃO da matéria de conotação espírita  a favor da carne,  pois ainda não tenho acesso aos meios de comunicação para publicar os meus ARGUMENTOS, TODOS BASEADOS NA CODIFICAÇÃO E  NAS OBRAS DO MAIOR MÉDIUM DO MUNDO “CHICO XAVIER,” para esclarecer de uma vez por todas, aos amigos espíritas e simpatizantes, o outro lado da moeda.

Pois dessa forma sem a sua RETRATAÇÃO ou sem a oportunidade da publicação  de todo esse raciocínio, baseado em fatos e em relações lógicas, não será dada a possibilidade dos espíritas e simpatizantes chegarem  a uma outra conclusão que não seja a sua, que apenas  justifica, e embasa a livre comilança,  devoramento e matança com requinte de crueldade os animais “MANSOS E PACÍFICOS

O senhor conquistou uma admiração muito grande nos meios espíritas, por seu mérito próprio e tornou-se um fortíssimo “FORMADOR DE OPINIÃO”.


Dessa forma, esse assunto tomou vulto e o que está em jogo é o futuro não só de o espiritismo cair no ridículo, com interpretações intempestivas, discordantes e conflitantes, como FRAGILIZAR MOVIMENTOS SERÍSSIMOS, de companheiros espíritas, com árduas e longas lutas nesse sentido, principalmente da Fraternidade Espírita Ramatís e de centenas  de Institutos dessa linha, ressaltando o Instituto Nina Rosa e muitos outros Centros Espíritas, que perdem uma grande fatia do bolo que havia conquistado,  por que é mais fácil convencer uma pessoa tomar um remédio gostoso, do que um amargo ou entrar pela porta larga do que entrar pela porta estreita.


Assim posto gostaria de entender melhor a sua postura, solicitando mais uma vez, a paciência, atenção, dignidade e a disponibilidade de seu  precioso tempo, em ler toda essa matéria e a gentileza de responder algumas perguntas, focadas na sua   resposta anterior.


Mas antes de responder, peço um grande  favor, de ver os filmes de curta duração, que refletem bem do que estamos falando


http://www.youtube.com/watch?v=PMO7-kdtSb4          10,22”

LEVANDO EM CONSIDERANDO QUE;


O gado ao ser abatido (na maioria das vezes com porretadas na cabeça) libera na corrente sangüínea uma grande quantidade de adrenalina, em razão do medo e da situação de perigo em que se encontra.


Essa adrenalina, uma vez no corpo humano, transforma-se em endrenocromo e posteriormente em adrenolutina, que são substâncias capazes de causar numerosos distúrbios nervosos e afetam não somente à nível bioquímico como também energético, bloqueando, por exemplo, a fluidez da energia Cósmica através dos canais sutis chamados Meridianos.


Dentre os distúrbios nervosos podemos classificar alguns mais comuns: irritação, brutalidade, nervosismo sem causa aparente, depressão, angústia, insônia, medo, etc., os mesmos sintomas causados pelo stress da vida moderna.


O gado recebe doses muito grandes de vacinas e não se pode avaliar as perturbações que as reações imunitárias do gado contra as doenças, pode causar ao organismo humano.


A carne bovina, principalmente da vaca, contém hormônios próprios ao seu metabolismo e de sua característica física. Esses hormônios determinam uma série de distúrbios hormonais relacionados: masculinização, crescimento de pêlos, desequilíbrio menstrual, abortos prematuros e outros problemas bastante conhecidos, causados principalmente pela progesterona e pelo estrogênio, presentes na carne da vaca. No homem fica fácil imaginar o que podem desencadear hormônios dessa natureza quando se usa de carne em excesso.


O uso excessivo de carne causa um acúmulo nas vias digestivas, produzindo a proliferação de bactérias patogênicas que podem provocar focos infecciosos e intensa putrefação intestinal.  Assim, o ambiente intestinal fica propício à apendicite, colite, constipação intestinal (prisão de ventre) e muitas outras doenças que levam, aquilo que deveria ser o "Templo da Divina Presença do Cristo Interno", a ser um amontoado de carne, ossos e músculos doentes, fracos, deficientes, não correspondendo de forma alguma ao seu propósito de servir como eficiente veículo da Mônada espiritual na sua caminhada de retorno à casa do Pai.


A própria Luz do espírito não poderá aumentar a sua freqüência vibratória porque o organismo enfraquecido pela falta da energia vital, não suportaria tanta energia.


A carne bovina é muito fibrosa e grande parte do seu peso é eliminado, dando antes muito trabalho ao organismo para metabolizá-lo e transportar seus restos para a excreção. Com isto, há maior desgaste orgânico e conseqüentemente uma diminuição do tempo de vida e do tônus do aparelho digestivo, além do que a produção muito acentuada de enzimas proteolíticas causa intenso desgaste orgânico. Talvez seja por esse motivo pelo qual um animal carnívoro viva menos tempo do que um herbívoro.


Nos entrepostos, é acrescentada à carne uma substância capaz de causar a esterilidade e a impotência no homem, além de ter também propriedades altamente cancerígenas; é o nitrito de sódio, usado para tornar a carne vermelha (para dar um bom aspecto, pois a carne é cinza e feia) e aceitável pelo consumidor.


É sabido que a carne é muito rica em gorduras, principalmente, as gorduras saturadas e de difícil metabolização. É óbvio então, que o uso excessivo provoca acúmulo de gorduras no organismo, causando obesidade, deformidade estética e comprometimento do sistema cardiovascular pela terrível ação do colesterol.


Todos os problemas aqui observados em relação à carne bovina, também o são em relação à
carne de porco, que é muito mais gordurosa e cheia de toxinas. Ambas, porém , quando ingeridas mal cozidas podem causar ao homem a teníase (solitária), pois é comum encontrar ovos de Tênia Sólium (no porco) e de Tênia Saginata (na vaca) nos tecidos doentes animais.


Além disso, o portador de uma Tênia, afora os distúrbios digestivos, da fraqueza e dos incômodos que esta pode causar, corre o risco de adquirir uma doença muito pior: a cesticercose, capaz de criar sérios problemas no Sistema Nervoso Central, no coração, nos M úsculos, e em muitos órgãos, podendo levar inclusive à loucura se um cesticerco (ou larva) atingir estruturas nobres no cérebro.


A carne de frango (galinha) também possui altas doses de hormônio feminino, (para engordar), e sendo tratadas em ambientes fechados, com luz artificial, 24 horas por dia, sua carne possui resíduos tóxicos prejudiciais ao organismo humano.


Os peixes, crustáceos, por viverem em mares altamente carregados por resíduos nucleares (radioativos), hoje também não são indicados ao consumo humano. Outro inconveniente é o fato de ser um tipo de carne que entra em estado de putrefação rapidamente, enchendo o organismo de perigosas toxinas.


Texto extraído do livro EM BUSCA DA LUZ de autoria do prof. Ergom e Inti-Rá


Os animais recebem alimentação com excesso de hormônios e antibióticos que aceleram seu crescimento. Os frangos tem seus bicos cortados com lâmina quente e sem anestesia (debicagem) para não matar as outras devido o extremo estresse de viverem umas grudadas na outra, as vezes sem poder descansar, enquanto as galinhas poedeiras vivem em pequenas jaulas de ferro super lotadas, cheias de excremento, sob luz artificial por 24 horas para que comam bastante para aumentar a produção.

Muitas acabam morrendo antes do abate por asfixia ou ataque cardíaco.


Se ainda não viu, por favor, veja o FILME

(1)- PERGUNTA-SE -  Se a abstenção da carne não é indispensável para nossa evolução espiritual, porque o snr. se limita a apenas um pedaço de peito de frango ou peixe diariamente?

(2)- PERGUNTA-SE -   Porque o nosso querido e mais nobre espírita, que tive o prazer em conhecer, Chico Xavier, largou a carne?


CONSIDERANDO QUE;   O senhor disse que sempre há um ser vivo comendo outro, se pretendermos jamais "matar" teremos que renunciar a qualquer alimento, porquanto mesmo em relação aos alimentos vegetais matamos para sobreviver. Grãos, folhas, frutos, são seres vivos que deglutimos. –

POSSO DIZER;  - No início, somos guiados unicamente pelos instintos (conservação, preservação da espécie, gregarismo etc.), quando o Espírito estagia nos reinos mineral, vegetal e animal.


Ao entrar no reino hominal, inaugura-se o uso do livre-arbítrio; na verdade, é a presença do livre arbítrio, por menor que seja, que faz a demarcação entre os reinos animal e hominal.

Claro que nos estágios iniciais da hominilidade, o Espírito está comandado muito mais pelo instinto, do que pela razão ou discernimento.

O instinto por si só não redunda em erro, pois se assim fosse todos os animais seriam considerados criminosos, perante Deus, ao agirem sob os instintos; tampouco os impositivos da cadeia alimentar, onde vemos em todos os reinos da Terra (vegetal, animal, etc.) a presença desta característica.

Manoel Philomeno quer dizer, é que o erro e o crime decorrem do livre arbítrio mal utilizado, das escolhas equivocadas, dos murmúrios contra a prova a nós imposta pelo Criador, quando da influência cega do instinto; ou seja, todos os Espíritos os quais deixamos nos levar pelas heranças passadas, ligadas aos instintos cegos e impositivos irracionais, estaremos sujeitos ao erro e ao crime.


ALLAN KARDEC diz,

L.E., questão 586: As plantas têm consciência de sua existência?
R: Não; elas não pensam, têm apenas a vida orgânica.


Questão 587: As plantas têm sensações? Elas sofrem quando são mutiladas?
R: As plantas recebem impressões físicas que agem sobre a matéria, mas não têm percepções e, portanto, não têm a sensação da dor.


Questão 588: A força que atrai as plantas umas às outras é independente de sua vontade?
R: Sim, uma vez que não pensam. É uma força mecânica da matéria agindo sobre a matéria; elas não poderiam se opor a isso.
Aqui podemos afirmar que vegetal tem vida, mas jamais inteligência, pensamento, sofrimento, ou pior, espírito. É “matéria agindo sobre a matéria“. Nem mesmo o principio inteligente possui. Tem apenas a vida orgânica.


(3)-  PERGUNTA-SE -  O senhor concorda que o texto acima é muito claro em relação à cadeia alimentar, que somente o HOMEM  tem consciência e livre arbítrio para escolher entre o crime de TORTURAR e matar um animal que sente medo e DOR ou apenas uma vida orgânica? Por que?

(4)-  PERGUNTA-SE  -   Concorda que comer animais mamíferos(muito próximo ao homem) é muito pior que comer aves ou peixes, pela própria cadeia de evolução? Por que?

(5)-  PERGUNTA-SE -  Afirmam que se não há receptador não há ladrão, que se não houvesse homens devoradores de carnes, não existiriam matadouro e também não existiria o horror mostrado no filme anexo. O Senhor concorda que seria um mundo melhor, ou deveríamos deixar o mundo do jeito que está? Por que?

(6)- PERGUNTA-SE -  Foi provado conforme matéria abaixo, que presidiários violentos e perigosos, foram recuperados, devido à dieta macrobiótica naturalista.   Esse fato não vem provar que todos os malefícios da carne, principalmente a adrenalina liberada na corrente sanguínea etc. torna o homem mais violento, mais nervoso e ansioso?    Não seria esse, o motivo de toda essa violência atual?  Por que?

CONSIDERANDO QUE:Peter Singer, assim como um número incontável de pesquisadores e ecologistas têm apontado a criação de animais para o abate, principalmente os bovinos, como uma das atividades de maior impacto ambiental, destruindo florestas, diminuindo a fertilidade do solo, liberando gás metano (o que contribui para o aumento do efeito estufa) e consumindo uma quantidade altíssima de recursos vegetais (em média, para um boi gerar um quilo de carne ele deve consumir 10 quilos de vegetais, o que demonstra que o consumo de carne, especialmente vermelha, ao invés de diminuir, aumenta a fome no mundo).

Estas informações são extremamente sugestivas se lembrarmos que as famosas Questões 722 e 723 de L.E., estão inseridas no capítulo intitulado Lei de Conservação, o que claramente inclui a necessidade de conservação do planeta, que proporciona a vida dos corpos físicos! Ademais, vale a reflexão: Se até um autor materialista tem tamanha consideração pelos animais, como deveria ser a atitude dos discípulos de Jesus, vinculados ao “Consolador” prometido pelo mestre?! Muitos espíritas que comem carne defendem esse hábito simplesmente para desenvolver uma falsa tentativa de se justificarem perante a sociedade e, principalmente, frente à própria consciência, pois não conseguem deixar de praticar tal atitude. Ora, essa postura não corresponde de maneira nenhuma a uma atitude de consciência espírita, fundamentada na fé raciocinada. Seria o mesmo que um assassino que se considerasse cristão começasse a pregar o assassinato como nova “interpretação” evangélica somente para justificar o seu procedimento.

Um médico que fuma ou beba vai ensinar que tal hábito é bom para a saúde?! Uma mãe que cometeu aborto vai pregar que isso é certo segundo o Evangelho e o Espiritismo para tentar inutilmente se enganar?! A conscientização do certo e do errado é o primeiro passo, o arrependimento vem em seguida e uma atitude dinâmica de amor, “que cobre a multidão de pecados”, é a postura que se espera daquele que “conheceu a Verdade para que a Verdade o liberte” dos erros!


Resta, então, saber: O que fazer?!É fundamental uma atitude de consciência espírita, mas também de bom senso, sem extremismos e fanatismos, conforme a orientação segura de Emmanuel em “O Consolador”. “Conhecer a Verdade” é o primeiro passo para que ela “nos liberte” de equívocos arraigados em séculos de atitudes viciosas. Todavia, essa “libertação” requer tempo, paciência, disciplina e condicionamento lento e gradual. Assim sendo, nossa proposta deveria ser, a princípio, diminuir o consumo de carne, planejando com educação e trabalho um futuro, talvez próximo, em que trataremos nossos irmãozinhos conforme Jesus nos recomenda, ou seja, com amor.  Isso não sou eu que estou dizendo, mas quem diz é  Leonardo Marmo Moreira, que bate com que escrevi da primeira resposta.


(7)- PERGUNTA-SE -  Observando esses filmes o senhor ainda acha que um espírita carnívoro ou um cristão, pode evoluir espiritualmente, sendo conivente com essa crueldade? Por que?


CONSIDERANDO QUE, Emmanuel em “O Consolador” apresenta opinião bem categórica quando aborda o tema na Questão 129:


“129. É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
R. A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destituídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.”


Portanto, Emmanuel afirma peremptoriamente que “a ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências”, mas admite que naquele momento histórico em que a obra “O Consolador veio a lume (prefácio de 8 de março de 1940) não seria aconselhável e tampouco exeqüível, em função de motivos sócio-econômicos e dos próprios condicionamentos muito arraigados, uma mudança brusca de hábito alimentar.


(8)- PERGUNTA-SE  -   EMMANUEL esta ERRADO em sua afirmação? Por que?


CONSIDERANDO QUE;   Emmanuel não está sozinho neste posicionamento.

A frase “A carne nutre a carne” é uma sentença interessante, André Luiz em “Os Mensageiros” (Capítulo 41, intitulado “Entre Árvores” e Capítulo 42, denominado “Evangelho no Ambiente Rural”) e “Missionários da Luz” (Capítulo 11, intitulado “Intercessão), assim como Humberto de Campos em várias de suas obras deixam evidentes seus posicionamentos contrários ao uso da carne como recurso alimentar.

É interessante lembrar que “Missionários da Luzé considerado um dos 10 mais importantes livros espíritas do século XX em pesquisa recentemente divulgada que considerou a opinião de expoentes do movimento doutrinário contemporâneo.

A pretexto de buscar recursos protéicos exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos. Não contente em matar os pobres seres que nos pediam roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem à obra do Pai, dilatávamos os requintes da exploração milenária e infligíamos a muitos deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar, com mais eficiência. O suíno comum era localizado por nós em regime de ceva, e o pobre animal, muita vez à custa de resíduos, devia criar para o nosso uso certas reservas de gordura, até que se prostrasse, de todo, ao peso de banhas doentias e abundantes. Colocávamos gansos nas engordadeiras que lhes hipertrofiasse o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados com as faltas cometidas com a suposta vantagem de enriquecer valores culinários. O quadro das vacas mães, em direção ao matadouro, para que as nossas panelas transpirassem agradavelmente.


Adiante, à página 42  cita parte de um diálogo com uma autoridade técnica do lado de cá:

- Os seres inferiores e necessitados, do planeta, não nos encaram como superiores generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis.   Confiam na tempestade furiosa que perturba as forças da natureza,mas fogem, desesperados, à aproximação do homem de qualquer condição, excetuando-se os animais domésticos que, por confiarem em nossas palavras e atitudes, aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir, com o raciocínio embrionário, onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão.


Da mesma obra Missionários da Luz, as páginas 135/136 Capítulo ”INTERCESSÃO”, o autor descreve a turba de espíritos famintos que, em lastimáveis condições, se atiravam desesperados aos borbotões de sangue vivo, tentando obter o tônus vital que lhes favorecesse um contacto mais nítido com o mundo físico.- Estes infelizes irmãos, que nos não podem ver, pela deplorável situação de embrutecimento e inferioridade, estão sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais. São famintos que causam piedade.  A cena identifica mais uma das funestas realidades que se produzem devido à  matança do animal, pois as almas ainda escravas das sensações inferiores, que perambulam no Espaço sem objetivos superiores, encontram nos lugares onde se derrama em profusão o sangue do animal os meios de que precisam para consolidar as perseguições e incentivar o desregramento humano. O autor em questão transcreve, em seguida, novo diálogo com o seu interlocutor desencarnado: Por que tamanha sensação de pavor, meu amigo? Saia de si mesmo quebre a concha da interpretação pessoal e venha para o campo largo da justificação. Não visitamos, nós ambos, na esfera da Crosta, os açougues mais diversos? Lembro-me de que em meu antigo lar terrestre havia sempre grande contentamento familiar pela matança dos porcos. A carcaça de carne e gordura significava abundância da cozinha e conforto do estômago. Com o mesmo direito, acercam-se os desencarnados, tão inferiores quanto já fomos, dos animais mortos cujo sangue fumegante lhes oferece vigorosos elementos vitais. Ficou demonstrado, nessa obra mediúnica, de confiança, que o vício da alimentação carnívora é sinal de inferioridade espiritual; a ingestão de vísceras cadavéricas e a conseqüente adesão ao progresso dos matadouros mantêm a fonte que ainda sustenta a vitalidade dos obsessores e dos agentes das trevas sobre a humanidade terrestre.  O terrícola paga, diariamente, sob a multiplicidade de doenças, incômodos e conseqüências funestas em seu lar, a incúria espiritual de ainda devorar os restos mortais do animal criado por Deus e destinado a fins úteis


A famosa frase “A carne nutre a carne” (L.E. 723)  É bem  “simplista” enunciada pela “Falange do Espírito de Verdade” está focada, principalmente, no problema nutricional da ingestão carnívora e não na temática moral, que é o grande tópico da discussão doutrinária. Allan Kardec diz respeito muito mais ao aspecto moral do ato de matar animais para comer suas vísceras do que aos fatores positivos e negativos que a carne representaria para o ser humano sob o ponto de vista nutricional.


Realmente, a pergunta anterior de “O Livro dos Espíritos” (L.E. 722) é bastante interessante em função de sua sutileza e também deve ser considerada na presente análise, pois os “Espíritos da Codificação” respondem que “Tudo aquilo de que o homem se possa alimentar, sem prejuízo para a sua saúde, é permitido...”.

Ora, com os atuais conhecimentos oriundos de sérias pesquisas desenvolvidas por médicos, nutricionistas e profissionais de várias áreas interdisciplinares, está bem estabelecido que a alimentação carnívora, especialmente em se tratando de carne vermelha (carne de mamíferos), tem sido considerada um dos principais fatores responsáveis por um número incontável de doenças e óbitos, destacando-se aí as enfermidades cardiovasculares  e cerebrovasculares e diversos tipos de câncer, tais como o câncer de intestino.   Isso sem mencionar a obesidade, muitas vezes mórbida, que se tornou um gravíssimo problema de saúde pública em todo mundo.

De fato, a obesidade tem nas gorduras de origem animal um de seus principais fatores causais. Assim sendo, à luz dos novos conhecimentos da ciência, a carne saudável como poderiam supor as gerações anteriores. Logo, se carne não é algo saudável, paradigma que vicejou durante muito tempo, mas que não seria tão correto assim, a compreensão da resposta “Tudo aquilo de que o homem se possa alimentar, sem prejuízo para a sua saúde, é permitido...” seria completamente diferenciada.

(9) - PERGUNTA-SE  - Os autores em epígrafe mencionados, principalmente André Luiz, Irmão X  estariam todos errados? Por que?
FINALMENTE CONSIDERANDO “Carne x Saúde”


Agosto 18, 2008 por Claudia Tavares


O texto a seguir é muito rico em informações sobre a saúde do ser humano e o consumo de carnes.


Texto extraído do livro: - “As hortaliças da medicina doméstica”.


O homem não é carnívoro como a onça, pois não dispõe como esta, de garras e presas para matar um boi só com os membros dianteiros e a boca; nem é cadaverívoro como o corvo, pois, não tendo como este, glândulas neutralizadoras dos venenos, frequentemente se intoxica comendo carne; nem é onívoro como o porco, pois tem um organismo e um instinto diferente dos do suíno.

Os irracionais que comem carne preferem-na ao natural. Não a falsificam nem a disfarçam para mudar-lhe o gosto e o cheiro.


O ser humano, porém altera e dissimula a carne com temperos, para neutralizar a repugnância que esta produziria à sua vista, ao seu olfato e ao seu sabor.


O homem engana seu verdadeiro instinto com grave prejuízo de sua saúde.
“A natureza dotou o nosso instinto nutritivo de suas zelosas sentinelas que, em seus postos avançados no organismo, têm a missão de admitir ou recusar o alimento.


Vamos ao mercado, nos dirigimos às bancas de frutas, escolhemos as que melhor nos pareçam, e com toda a segurança podemos levá-las à boca, saboreando-as com prazer. Sucederá o mesmo com os postos de carne? Com toda a certeza, não.


Nossa vista e nosso olfato recusarão a presença desses despojos e muitas vezes teremos que tapar o nariz, pois esses cadáveres denunciarão já um avançado estado de decomposição; e, se conseguimos enganar a vista e o olfato, é devido à arte culinária que se encarrega da falsificação de sua primitiva forma e estado”.
Afirma o Professor Doutor José Nigro Basciano.

A carne é tida como alimento fortificante por excelência. Será exato? Não.

Está hoje provado que a carne é menos nutritiva do que a maior parte dos alimentos tirados do reino vegetal, como sejam: as frutas secas (nozes, castanhas, amêndoas), arroz, legumes secos (feijão, favas, lentilhas).

Pode-se mesmo dizer que, de todos os alimentos usuais (com exceção da soja, das frutas frescas, dos legumes frescos e dos tubérculos farináceos, como a batata), a carne é o menos nutritivo.


Um adulto, de peso médio, querendo nutrir-se exclusivamente de carne, terá de ingerir diariamente perto de três quilos e, mesmo assim, não estará bem alimentado.


A carne é tão pouco nutritiva que, para emagrecer um obeso, basta submetê-lo ao regime cárneo o mais absoluto.

Se a carne fosse um alimento preciosissímo, insubstituível pelo seu valor nutritivo excepcional, como geralmente se pensa, a sua supressão acarretaria naturalmente diminuição de peso, com sinais acentuados de fraqueza, debilidade, anemia, etc.


Na prática é o oposto que se observa.

A observação da natureza demonstra que os alimentos que dão, conservam e desenvolvem as forças, ou seja, os verdadeiramente nutritivos são os hidratos de carbono, as hortaliças e as frutas.

Deve-se considerar como um grande erro científico, talvez o maior e mais nefasto do último século, a afirmação de que o regime cárneo constitui uma alimentação fortificante por excelência.


A carne é muito mais excitante do que nutritiva. Quem faz uso diário da carne, em quantidade não moderada, e a suprimir bruscamente um dia, embora a substitua por alimentos mais nutritivos, experimentará nesse dia uma sensação pronunciada de fraqueza, como se não tivesse se alimentado. O que provoca essa falsa sensação de fraqueza não é a falta de alimento e sim a supressão do excitante, que, no caso presente, é a carne.
O mesmo fenômeno se observa com outros excitantes
, tais como o álcool, o fumo, a morfina, etc.





Além de excitante, a carne é tóxica.


O líquido extraído dos músculos (o suco de carne), injetando na dose de 3 a 5 c.c., por quilo, mata um animal.


Entre os venenos contidos na carne, uns são ácidos pela sua própria toxidez, outros simplesmente porque são ácidos.

Da destruição da proteína da carne, na economia, se originam produtos de toxidez mais ou menos elevada: ácido úrico e quantidade apreciável de ácido sulfúrico e ácido fosfórico, sendo esses dois últimos muito energéticos e até cáusticos se não estivessem extremamente diluídos.

Todas as carnes, mesmo que sejam perfeitamente sãs, se encontram impregnadas de substâncias nocivas, e são mais tóxicas quando provêm de animais doentes ou simplesmente fadigados. Os venenos da carne se multiplicam rapidamente após a morte do animal.


Quando a carne não é completamente digerida no estômago e intestino delgado, a albumina apodrece no grosso intestino, resultando daí a formação de novos venenos (ácidos graxos voláteis, ptomaínas), a maior parte de grande virulência.

Do intestino, a proteína da carne passa ao sangue: uma parte mínima se fixa nos tecidos e o resto é destruído, deixando como principais resíduos os ácidos úrico, sulfúrico e fosfórico.

A gordura da carne, oxidando-se põe em liberdade igualmente ácidos diversos. Daí uma superprodução de ácidos, que, quando não são eliminados ou neutralizados pelos alimentos alcalinos (hortaliças e frutas), ficam retidas nos órgãos, dando lugar a todas as manifestações do artritismo.


Assim se opera lentamente, mesmo com a carne bem digerida, uma espécie de intoxicação crônica, de que não suspeitamos. Porquanto, os seus progressos são infinitamente lentos, e que nós só percebemos quando o mal é irremediável.


Pascault.

Experiências do Dr. Ignotowsky demonstraram que em todos os animais que não se habituaram lentamente ao regime cárneo, a carne atua como um veneno violento.


Nos coelhos, por exemplo, o efeito da carne é fulminante, mesmo quando ela é fornecida em pequena quantidade, associada à alimentação habitual.
Do segundo dia em diante, a urina que era alcalina, torna-se ácida; os pobres animais emagrecem rapidamente e morrem.

Três gramas de carne – quantidade, que parece insignificante – basta para provocar no coelho efeitos tóxicos, que se traduzem por enterite com diarréia, acabando com matá-lo em seis a sete semanas.

Pode-se, de fato, habituar o coelho à alimentação cárnea, como sucedeu com o homem através das gerações. Misturando-se à alimentação do coelho 30 a 40 centigramas de carne por dia, ele acaba por tolerá-la; os filhos já suportam uma quantidade maior.


Após algumas gerações, os coelhos sucumbem mais ao uso da carne, sendo notável, porém, a sua decadência física.


Sucede com eles o que se observa nas famílias que abusam da carne; tornam-se todos artríticos.

“Os animais carnívoros conseguem transformar em amoníaco e tornar, portanto, inofensiva a carne que eles ingerem em grande quantidade, o que não se dá com a espécie humana”. Relata o Dr. Gustavo Armbrust.


O homem, diz o Dr. Durville, não tem o poder de transformar a carne em amoníaco; a proteína contida em excesso na carne para ser eliminada, deve ser queimada. Ora, sabemos que as proteínas são maus combustíveis. Ao passo que os hidratos de carbono se queimam integralmente, deixando como resíduos apenas água e gás carbônico. A combustão das proteínas dá lugar aos produtos ácidos extremamente nocivos ao organismo.

O homem não é, aliás, carnívoro por natureza: falta-lhe para isso não só a dentição, mas também as glândulas eliminadoras de que os carnívoros são dotados.


O Dr. Domingos D´Ambrosio diz: Todas as carnes são substâncias cadavéricas. Portanto, constam apenas de elementos em decomposição putrefata.


Falando das carnes, incluímos nelas também os peixes, pois, igualmente, são substâncias protéicas musculares, com o pejorativo que, quando em putrefação avançada, são mais nocivas do que as carnes de animais terrestres, pela libertação do fósforo, o qual, fora das combinações orgânicas, é muito tóxico.


As carnes até quando são queimadas e utilizadas por completo pelo metabolismo, deixam escórias muito tóxicas.


Quando a combustão e a utilização são parciais, deixam uma quantidade enormemente maior de substâncias danificas.

Além de sua ação putrefativa, pelas ptomaínas e saproínas, perturbadoras deletérias do sistema nervoso, em geral, e do encéfalo em particular, com a abundante produção de ácido úrico, concorrem na provocação da fatal acidose.
Quando os elementos ácidos se abarrotam em elevada quantidade nos sistemas circulatórios, estabelecem nos líquidos circulantes um estado de hiperacidade, que vai classificando com o nome de acidose crônica.

Com a sua persistência, começa por adoentar gradualmente os órgãos de fermentações e de eliminações, que são o sistema gastroentérico, o fígado e os rins.


A acidose, pois, é a causa das alterações e das debilidades orgânicas.


Por sí só ela é a responsável pela quase totalidade das doenças.


Uma vez enfermados, e até somente perturbados estes órgãos, o indivíduo já está nos limites de um campo patológico capaz de funestar mais ou menos intensamente à sua existência.

A acidose, não só é a causa direta de numerosas doenças, como também é o fator mais poderoso de recepção e cultura microbiana.


É também, a maior responsável pelas enfermidades específicas, produzidas por determinados micróbios.

Neste caso, a acidose, assim como todo o cortejo de substâncias estranhas, representa o adubo que fomenta e desenvolve os agentes produtores das tristes flogoses crônicas (sífilis, tuberculose, lepra, etc.) e das agudas, produzidas pelos numerosos cocôs e bacilos mais ou menos virulentos.

Um sangue limpo e com suas valiosas defesas, não permite a permanência nem o desenvolvimento de qualquer micróbio.

Ainda a palavra autorizada de alguns médicos:


O alcoolismo e o abuso da carne são os motivos pelos quais o homem não chega a viver até 140 ou 150 anos, como deveria suceder. – Dr. Henrique Roxo.

A freqüência dos casos de apendicite é devida principalmente à alimentação cárnea. – Dr A Gautier.


O reumatismo, a tuberculose, o câncer, a diabetes, a apendicite e outras enfermidades, são, em grande parte, causadas pelo costume de alimentar-se com cadáveres de animais. – Dr. Chittenden.


A carne é, ao contrário do que se pensa geralmente, um alimento medíocre.
Pensamos ser mais acertado abster-se da carne, para não adquirir desde verdes anos, o hábito de uma alimentação tóxica. – Dr. Alberto Seabra.


O caldo de carne não alimenta; não contém nenhum elemento nutritivo; pelo contrário, é perigoso para a saúde. – Dr.Charles Richete.

A carne não é um alimento que possua os princípios essencialmente nutritivos que à luz das descobertas mais recentes em matéria de nutrição foram estabelecidos como sendo indispensáveis à vida.


Os sais minerais, as vitaminas, os fermentos catalíticos e digestivos primordiais são elementos quase ausentes na carne.


A alimentação à base de carne, ao invés de produzir força, produz enfermidade, isto é, fraqueza.


O fato se explica pela razão de que o organismo humano não foi feito e nem está capacitado para assimilar e conservar os excessos de albumina (substância viscosa esbranquiçada que coagula pela ação do calor e que existe na clara do ovo, no soro do sangue e, em geral, nos líquidos dos organismos animais), proveniente dessa alimentação, os quais são prejudiciais à saúde.


Disso resulta que os produtos de desassimilação (transformação de substâncias em outras) da natureza essencialmente venenosa ficam retidos no organismo, passam ao sangue e o intoxicam. Essa intoxicação, ao tornar-se crônica e hereditária, cria os estados mórbidos que hoje têm os nomes de artritismo, reumatismo, diabetes, escrófula, tuberculose e também o câncer, enfermidade do nosso século.


O hábito de comer carne conduz ao alcoolismo pela sede mórbida que produz; ao tabagismo, por produzir excitação nervosa, na qual, por sua vez, conduz ao hábito de tomar café e ao uso de condimentos picantes para disfarçar o gosto, o cheiro e a vista dos restos cadavéricos apresentados à mesa do carnívoro, que, consciente ou inconscientemente, vive enganado com a idéia de que a carne é um verdadeiro alimento. – Dr. C. A. Obedman.



O que muitos ignoram é que a carne, principalmente a assada, grelhada (famoso churrasco), também produz câncer.

O famoso cancerologista italiano, da Organização Mundial de Saúde, Professor Carlo Cirtori, diretor da Divisão de Anatomia Patológica do Instituto Nacional de Tumores de Milão, anunciou em estudos concluídos em setembro de 1966 que as proteínas da carne grelhada se decompõem e suas substâncias graxas se transformam em hidrocarburetos, ativando e provocando as células cancerígenas.

De um quilo de carne assada em um churrasco – informou – obtém-se 6 gramas de benzo-pireno, quantidade essa que corresponde à produzida por 600 cigarros
.


(10) - PERGUNTA-FINAL -  Tendo lido todo esse texto, INCLUSIVE os textos complementares abaixo e visto os filmes, o senhor continua com a mesma opinião, que COMER CARNE, nada tem a haver com a situação, espiritual, com doutrina espírita ou que  ninguém deve ter mudança de atitudes, no que se refere a;


a)      - Aquecimento do Planeta?  (COMPROVADO)
b)     - Matança com requinte de crueldade com os animais?(COMPROVADO)
c)      - Mortalidade pelas doenças causadas pela ingestão de CARNES?(COMPROVADO)
d)      -Sadia evolução espiritual e material, pois uma é complemento da outra? - POR QUE?
(*) CHICO XAVIER NÃO FOI à reencarnação de ALLAN KARDEC” talvez tenha sido de RUTH CÉLINE JAPHET
(**)ANDRÉ LUIZ”, (**) ANDRÉ LUIZ”, Talvez tivesse sido reencarnação de  um ou de outro.
(***)Leon Denis afirma que: “na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda.





MATÉRIA COMPLEMENTAR


DOENÇA RARA “Hidradenitis Suppurativa”   E       PRESÍDIOS  NATURALISTAS
Eu sou uma pessoa; Roberta Achy Santos Davis’,  uma mulher diria nos seus 30 e alguma coisa, Dallas, Texas vindo do Brasil em 2004.   -   Uma das grandes mudanças que experimentei juntamente com a auto-hemoterapia e toda a mudança de hábitos foi aderir à dieta macrobiótica. Primeiro tornando-me vegetariana, abolindo a carne vermelha e aos poucos eliminando do cardápio qualquer ingrediente que não fosse natural. Ainda não posso dizer que estou 100% macrobiótica porque ainda consumo alguns alimentos dos quais AINDA sou viciada… Café, por exemplo, ainda me é uma verdadeira tortura também porque AINDA não consegui abandonar o vício do cigarro. Bem, cada dia uma nova batalha que faz parte de uma grande guerra santa comigo mesma.


Mas de fato, o conjunto de todas essas variáveis agregadas foi o que tornou possível a sensível, visível e irrefutável melhora em minha saúde. Não se trata da CURA, mas por certo que me foi devolvido a condição de voltar a ter uma vida social, uma vez que quase todos os sintomas das minhas enfermidades (tanto da HS quanto da Ictiose) tornaram-se administráveis. Sou capaz de dizer que “ressuscitei” das cinzas.



Em meio a minhas tantas leituras e pesquisas acho interessante a reportagem feita por Marco Antônio de Lacerda (de São Francisco, EUA) sobre a influência da alimentação sobre a saúde física e mental, justamente por se tratar da mesma linha a qual me adéquo atualmente. Para mim, mais uma prova contundente da veracidade do que venho experimentando. Afinal, não sou a única a reportar os milagres promovidos por estas adequações de hábitos.


Hoje, já não uso qualquer medicação. Aboli todos os comprimidos. Minha pressão normalizou em 12 por 8 constantemente sem oscilações, perdi bastante peso, ganhei muita vitalidade, desconheço a palavra “purulência ou abscessos” já por meses, ando descalça sem problemas, recuperei a capacidade de me locomover e de me exercitar como há muito tempo não podia… Meu corpo tem se regenerado mais rápido e mais forte… Já me esqueci até como é estar gripada ou ter uma espinha… Abaixo reporto a matéria que comentei.


Dieta Alimentar Recupera a Nata do Crime nos Estados Unidos


Os mais perigosos presidiários dos Estados Unidos – alguns condenados à perpétua – fornecem ao chamado e caótico “mundo moderno” a mais fascinante experiência já vivida a partir da dieta alimentar macrobiótica naturalista. (PUBLICADA NA REVISTA PLANETA Nº 122 EM NOVEMBRO DE 1.982)


Quinta-Feira é dia de conferência na prisão de Alameda, pequena cidade no litoral da Califórnia, a poucos quilômetros de São Francisco. O tema é Ecologia e o conferencista, Marc Hanner, um dos presidiários, é um homem condenado a passar o resto da vida na cadeia por ter matado o pai e mais sete pessoas numa única chacina. “A Ecologia começa dentro de nós mesmos”, diz Marc com voz calma e pausada para uma platéia onde estão reunidos alguns dos homens mais perigosos dos Estados Unidos. Senão vejamos: Anthony Bassin, 33 anos, condenado a 12 anos de detenção por assalto a mão armada e assassinato; Arthuro Flores, 44 anos, o resto da vida na cadeia por ter degolado a mãe por razões ignoradas. John Burnie, 26 anos, 12 anos de reclusão por roubar 500 mil dólares da General Electric, onde trabalhava até o ano passado. E outros crimes menores, porém sempre revestidos de violência ímpar, que garantiam aos seus autores um lugar de honra na mais famosa prisão da Califórnia.


Ex-Rei da cocaína lançará livro sobre Justiça e Gratidão.


“A loucura do mundo em que vivemos começa pela falta de equilíbrio ecológico interno nas pessoas”, prossegue Hanner em sua palestra. “Há muito mais gente no mundo morrendo por causa de alimentação desequilibrada do que por falta de alimento”, afirma ele. Marc Hanner, assim como a maioria dos presidiários de Alameda, está em busca desse equilíbrio ecológico interior. Aos 58 anos, ele já passou a maior parte de sua vida na prisão. Marc tem câncer no intestino grosso e, em maio do ano passado, os médicos disseram que ele só teria mais um mês de vida. Ao saber do diagnóstico, Hanner decidiu abandonar o tratamento por quimioterapia a que estava sendo submetido, e aderiu à dieta naturalista seguida por outros prisioneiros de Alameda.


Os resultados conseguidos por ele surpreendem médicos, diretores de prisão e até os próprios companheiros de cadeia que o ajudam a seguir a dieta. Basicamente, o que Marc fez foi eliminar carne, laticínios, e açúcar da sua alimentação, substituindo-os por vegetais frescos, frutas e cereais integrais. Além de comer o máximo de cenoura que consegue, Marc toma todos os dias pela manhã, um copo de chá de aspargo moído (uma pesquisa recente constatou que o aspargo contém um poderoso agente anticancerígeno). Três meses depois de iniciado a nova dieta, o tumor maligno no intestino de Marc, antes do tamanho de um ovo, reduziu-se para o tamanho de um grão de pimenta-do-reino.


Marc Hanner é o resultado mais eloqüente de uma nova experiência que vem sendo realizada em algumas prisões da Califórnia. Tudo começou na penitenciária de Alameda, para onde são enviados os detentos mais perigosos dos Estados Unidos desde que Alcatraz foi fechada por decisão do governo. No começo, um pequeno grupo de prisioneiros pediu autorização para cozinhar a sua própria alimentação natural. As mudanças ocorridas na vida e no comportamento desses detentos, por causa da dieta, foram tão visíveis, que inspiraram outros presidiários a seguirem o exemplo. Hoje, dos 800 presos de Alameda, 500 seguem uma alimentação naturista baseada no equilíbrio yin-yang. Além da alimentação equilibrada, eles fazem exercícios físicos pela manhã, ioga e meditação.


“No passado essa idéia provavelmente me parecia ridícula”, diz Lewis Whale, 28 anos, ex-chefe de uma quadrilha de traficantes de cocaína da Colômbia para os Estados Unidos, condenado a 10 anos de detenção. No passado a vida de Lewis seguia um ritmo muito frenético para que sobrasse tempo para ele mastigar 80 vezes os alimentos – como prescreve a macrobiótica. “Agora, um senso de justiça e gratidão me compele até a escrever um livro a respeito dessa dieta que regenerou a minha vida”, diz ele. “Eu me transformei, e quando um homem se transforma a sua visão se amplia e aprofunda.” O sonho de Lewis é que seu livro, caso venha mesmo a terminá-lo, sirva de inspiração aos presos de todo o mundo. “Em qualquer cadeia que se vá, os prisioneiros estão em péssimo estado de saúde física e mental”, diz ele. “Os crimes que eles cometeram em geral tiveram origem, não na coragem e na força, mas no medo, no desespero, na fraqueza.”


A modificação radical no comportamento dos presos de Alameda logo teve repercussão nacional nos Estados Unidos e o American Institute of Biosocial Research resolveu dar um passo adiante: com o apoio da Comissão do Crime e Prevenção da Violência, estendeu a experiência a dez outras penitenciárias do país. “Estamos convencidos de que a violência e o crime estão diretamente ligados à alimentação”, diz Edward Cohen, um dos responsáveis pelo programa. O sucesso alcançado em Alameda tem levado juízes, advogados e burocratas do sistema penitenciário os Estados Unidos a admitirem a existência de uma “correlação entre alimentação e comportamento” e a apoiarem a tese de que uma dieta adequada pode ser o primeiro passo para a reabilitação dos presidiários.


A comovente visita de Kushi, o guru da macrobiótica


Uma pesquisa feita pelo American Institute of Biosocial Research demonstra o sucesso da experiência macrobiótico-vegetariana nas cadeias dos EUA. O ponto considerado mais importante é o aspecto médico da experiência. Desde que mudaram de dieta, a saúde dos presos melhorou bastante, a ponto da procura da clínica da prisão ter caído para a metade nos últimos três anos. “A nova alimentação parece tornar os presidiários mais resistentes a doenças”, diz Edward Cohen. “Além disso, eles agora desfrutam de maior equilíbrio psicológico e emocional, o que criou uma nova atmosfera dentro da cadeia. Não é preciso ser detetive para perceber a enorme diferença entre Alameda e uma prisão comum. Aqui não existe o clima de histeria e violência próprio da maioria das cadeias. Em vez disso há mais harmonia e delicadeza entre os detentos”, observa Cohen.


No mês passado, os prisioneiros da Alameda tiveram uma grata surpresa, uma visita que eles vinham esperando há muitos anos: Michio Kushi, o guru de todos os macrobióticos do mundo. Kushi tinha intenção de ficar apenas dez minutos na prisão, mas acabou cancelando todos os compromissos para passar o dia com os detentos, só deixando a cadeia quando o horário de visitas foi encerrado. O que mais o impressionou “foram as desafiadoras perguntas feitas pelos prisioneiros, sempre revestidas de forte conteúdo espiritual e filosófico”.
A rebelião da boa alimentação


Para Michio Kushi, prisioneiros em geral são bem mais saudáveis que pessoas comuns. “Eles têm excesso de vitalidade, em vez de falta. A maioria é dotada de grande espírito de aventura e inventividade e sempre expressa idéias positivas e criativas”, diz Kushi. “Mesmo tendo cometido atos de violência, o prisioneiro é um homem moralmente superior ao cidadão comum, principalmente se o compararmos com governantes e homens de negócios que administram o mundo.”


“As prisões deviam ser lugares de educação, nunca de punição”, afirma Michio Kushi. “Os promotores de justiça deviam mudar de função e passar a desempenhar o papel de guias, e os juízes deviam tornar-se filósofos e educadores. Só assim, segundo ele, os encarcerados teriam estímulo suficiente para descobrir novos horizontes para suas vidas. “Minha experiência em Alameda”, diz Kushi, “mostrou que os prisioneiros necessitam de inspiração para desenvolverem uma nova compreensão da cosmologia de suas próprias vidas”.


Hanner, ex-colega de prisão de Al Capone: só brandura


Para o mais importante filósofo da macrobiótica (considerada por muitos como um estilo de vida que visa à felicidade física e espiritual) a dieta que os detentos de Alameda fazem hoje é recomendável para a maioria dos americanos. Isto, no mínimo, atrairia os interessados em evitar as enormes contas hospitalares resultantes das doenças degenerativas e do câncer que assolam os Estados Unidos. Essas doenças, lembram Kushi, são causadas principalmente pelo alto consumo de produtos de origem animal entre os americanos. “Ainda é possível prover o mundo com a serenidade e a beleza que fui encontrar justamente entre marginais. Isso pode ser alcançado através de uma dieta equilibrada. As religiões perderam a sua autoridade porque negligenciaram, por ignorância, em manter e ensinar suas tradições dietéticas”, afirma Michio Kushi.


O que torna a experiência de Alameda ainda mais notável, segundo Edward Cohen, “é o fato de aqui estarem detidos alguns dos homens mais perigosos dos Estados Unidos”. Marc Hanner, por exemplo, foi colega de prisão, de Al Capone, na famosa cadeia na ilha de Alcatraz. Aos 9 anos, Marc foi abandonado pelo pai, um milionário do Texas “que nunca me deu um centavo nem para pagar os estudos”. Marc alimentou ódio e desprezo pelo pai milionário durante toda a vida. Aos 30 anos, na véspera de casar-se, resolveu dar-lhe a última chance de se redimir, pedindo um empréstimo para comprar uma casa na Flórida, onde pensava em viver com a futura esposa. A resposta, segundo Marc, foi a mesma de sempre: não. Mas, naquele dia ele estava bêbado o suficiente “para não tolerar mais uma insolência”. Disparou um, dois, três tiros contra o pai. Não satisfeito, voltou o rifre contra os funcionários da empresa e passou bala em quantos viu pela frente. Resultado: 8 mortos e prisão perpétua para Marc Hanner.


Enquanto Marc conversa em sua cela com um grupo de jovens jornalistas que visitam Alameda, outros presidiários aproximam-se e põem-se a ouvir suas declarações à imprensa. Um deles traz uma bandeja de doces macrobióticos feitos na hora, à base de mel e farinha integral. Outro passa uma bandeja de suco de maça natural. “Tudo feito aqui na prisão, por nós mesmos, sem produtos químicos”, diz orgulhosamente Jeff, 25 anos, condenado a 40 anos de reclusão por ter violentado e quase matado uma menina de 13 anos em San Francisco. Até agora Jeff cumpriu apenas os dois primeiros anos de sua pena, mas parece olhar com tranqüilidade para um futuro em que estará sempre atrás das grades. “Nada melhor do que um lugar pequeno como a minha cela para acalmar o coração e a mente e para desencadear uma verdadeira mudança interior”, diz ele com firmeza, enchendo de espanto os presentes.


“A uma certa altura da entrevista, os repórteres encontravam-se numa cela de prisão, rodeados por um grupo de marginais perigosos em cujos currículos constam os mais bárbaros crimes que se poderia imaginar. Não havia policiais nem qualquer dispositivo de segurança para proteger os visitantes. Curiosamente, tampouco havia qualquer sinal de suspeita ou receio entre os jornalistas. Os presidiários de Alameda parecem um grupo de homens inofensivos, incapazes de qualquer ato de violência. Era difícil acreditar em seus currículos passados. “A vida mudou completamente nesta prisão”, diz Marc Hanner, o que tem mais tempo de casa.


Um dos deflagradores da mudança em Alameda foi Denis Hoffman, 35 anos, cujo nome seus companheiros mencionam com um ar de respeito. Denis é o cozinheiro-chefe da prisão. Foi ele quem ensinou a todos os benefícios de uma dieta baseada no princípio yin-yang. “Quando yin e yang se encontram, em qualquer lugar deste mundo, produzem um brilho que ilumina o espírito. Da união dos dois nasce o verdadeiro milagre da vida”, diz Denis.


A rebelião da boa alimentação


Nas horas vagas, Denis cuida do jardim de Alameda, ao qual acaba de adicionar um novo carvalho. Demorou muitos anos para que as árvores ficassem bonitas e frondosas como se encontram hoje, enfeitando o jardim dos condenados. Foi o Denis quem as plantou logo que chegou à cadeia, há 15 anos. Um dia ele certamente verá, copado e forte, o novo carvalho que acaba de semear. Afinal, é ali, junto de suas árvores e de seus companheiros macrobióticos, que Denis vai passar o resto da vida.


Tudo começou com as cinco punhaladas no “Verão do Amor”


Enquanto trabalhava, ele conta a trajetória que o levou à prisão perpétua. Tudo começou no “Verão do Amor” em San Francisco, no final dos anos 60. Foi nessa época que surgiram os hippies, uma nova contracultura que teria influência marcante em todo o mundo. Denis, na época aos 20 anos, era um dos muitos a engrossar a caravana de jovens que abandonaram lares e escolas em busca de um novo sentido para suas vidas.


Foi nas ruas de San Francisco que Denis ouviu, de gurus orientais, as primeiras lições de ioga e culinária macrobiótica. Todos os dias, às 4 da tarde, no Golden Gate Park, era servida uma refeição macrobiótica, de graça, para os hippies. Denis era um dos cozinheiros. A comida oferecida naqueles dias era basicamente a mesma que comem hoje os presidiários da Alameda: arroz integral, soja, vegetais cozidos, salada, pão integral e frutas da estação.

A última ceia realizada no parque, porém, transformou-se num espetáculo de violência. A polícia chegou e começou a recolher as panelas contendo a refeição do dia, sob a alegação de que os hippies não tinham autorização para fazer a celebração ao ar livre. Indignado, Denis avançou contra os policiais, tentando tomar de volta as panelas, mas acabou envolvendo-se numa briga corpo-a-corpo com um deles. Quando finalmente o guarda o derrubou no chão, Denis olhou ao seu redor e percebeu que toda a comida tinha sido confiscada. Não hesitou: pegou a faca que trazia no bolso, a mesma que usara para preparar a ceia dos hippies, e avançou contra o guarda. Cinco punhaladas. E o policial caiu morto no gramado do parque.

Quando se está condenado a passar o resto da vida atrás das grades, o melhor a fazer é adaptar-se à realidade da prisão. Denis Hoffman, assim como a maioria dos detentos de Alameda, parecem ter feito da cadeia o seu mundo, como se a vida lá fora já não valesse a pena. “De alguma maneira, todos os seres humanos vivem encarcerados”, comenta Denis, “alguns em corpos doentes ou decrépitos, outros em casamentos ou situações familiares infelizes, outros em escritórios, repartições, fazendo trabalho sem significação”, conclui

Não existe entre os encarcerados de Alameda o menor vestígio de desespero em relação à longa duração de suas sentenças, da mesma forma como não existe neles qualquer intenção de dar uma justificativa moral para os atos de violência que cometeram no passado. No momento, eles parecem despertar de um pesadelo e a alimentação equilibrada tem papel fundamental na nova vida que escolheram



Na cozinha dessa prisão incomum, Denis Hoffman e mais dois ajudantes criam diariamente a comida que vem revolucionando o sistema penitenciário americano e ensinando aos prisioneiros um novo sentido para a palavra liberdade. A cozinha tornou-se de repente o coração de Alameda, de onde parece emanar uma nova luz para todos. Penduradas na parede, muito limpas e coloridas, as panelas parecem esperar a hora de servir mais um banquete mágico. Facas bem amoladas, colheres de pau, uma grande mesa de amassar pão. E, a um canto, escrito à mão num pequeno quadro, um lembrete de Denis Hoffman a todos os que participam dos rituais culinários da cadeia: – “Amor não é apenas o ingrediente mais importante. É o único ingrediente que realmente importa.


Getúlio Machado




Demais links/continuação



http://irmaosanimais-conscienciahumana.blogspot.com.br/2013/10/vegetarianismo-e-espiritismodiscussao.html








Cartas/Emails que foram enviados aos oradores

Vegetarianismo e Espiritismo:Carta sobre " A Carne": pt 1


Protetores de Animais - Carta enviada à José Carlos De Lucca


Protetores de animais- Carta enviada à Rádio





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