sexta-feira, 2 de maio de 2014

Olhos para Ver

Raposa



(Sandra)


Podemos medir o adiantamento moral  e espiritual das criaturas pela maneira como consideram e tratam os animais.

Essa avaliação torna-se nítida quando dedicamos ao animal (ou animais) de estimação da nossa casa o tratamento adequado à sua qualidade de vida, saudável e enriquecedora, para nós e para “eles”.

No entanto, nem sempre somos motivados à prestação do auxílio básico (alimentação e socorro médico) aos animais extra-muros de nossa moradia, aqueles considerados “de ninguém”.

Sem mão humana que os ampare, olhos que os vejam e ouvidos que ouçam seus gemidos, perambulam (quando ainda o podem fazer) desnutridos e/ou feridos, maltratados, às vezes, por “racionais sem razão”.

Filhote abandonado
Alguns deles, exauridas as últimas forças, caem ao chão, entregues a si mesmos, enquanto à sua volta pés apressados de executivos atarefados e crianças sorridentes de pais afetuosos, prosseguem o próprio caminho, solenemente indiferentes.

Das vitrines de lanchonetes se esparrama o aroma das esfihas, croquetes, empadinhas, pizzas e pastéis, sem que ninguém se recorde de que eles também tem fome.

Quem se importa, senão DEUS, com o registro destas cenas, já que câmeras de segurança, espalhadas na redondeza desconsideram o crime testemunhado contra coitados de quatro patas, cuja vida ou morte em nada interessa consignar?

Que piedoso benfeitor o irá descobrir, intuído pelo céu, sob a madeira podre de um degrau qualquer, onde se abriga do vento, da chuva ou das pedradas humanas?

Que mãos racionais, sem medo de sujar-se, o irão beneficiar com afagos em sua cabeça sofrida, e, comovendo-se do seu olhar súplice e rouco gemido, o transportar nos braços, com o amor de um samaritano?

Quem o levará, como se leva um filho, para ser cuidado, protegido,  salvo e amado apesar da sua qualidade de anônimo, até então?

Nenhum arcanjo descerá do céu para fazê-lo. Você ou eu, é o que Deus espera.

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Ao orarmos pela Paz do nosso lar, possamos incluí-los nessas preces, pois efetivamente muito mais precisam delas do que a parentela sanguínea ou do coração que avaliamos, emocionalmente, como os nossos amores.

Cão abandonado
Em fervorosas rogativas ao Pai,imploramos pela harmonia e concórdia de todos  os amados que habitam sob o nosso teto, humanos e animais e, estranhamos quando nem sempre somos atendidos de imediato em nossas preces ou as consideramos esquecidas ou relevadas por Ele, sem  vislumbrarmos o motivo do adiamento.

É que preces desatendidas, às vezes o são, porque não a validamos com o crédito do atendimento aos mais fracos, e uma boa ação, esquecida ou não feita será sempre débito em nossa conta, ainda que com a moratória da misericórdia Dele.

O arbítrio é nosso.



Sandra, autora e colaboradora do Blog


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