Ser humano como marionete |
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
(João 8:32)
Todos buscamos a libertação
que nos livrará dos nossos preconceitos, dos nossos medos, das nossas angústias.
Procuramos a verdade, mas cada um enxerga como verdade aquilo que está preparado
para enxergar. No âmbito espírita, temos encontrado diversos propagadores da
Doutrina afirmando, para quem tem dúvidas acerca da questão dos animais que,
segundo o Espiritismo, eles são nossos auxiliares e estão no mundo para nos
servir.
Quem tem olhos de ver, nota que os animais são nossos companheiros de
jornada, necessitados de nossa proteção e auxílio rumo à evolução. Afinal, nós
estamos para os animais assim como os anjos estão para nós. Alguns estudiosos do
Espiritismo e também da questão dos animais aos poucos foram percebendo que eles
não estão aqui para nos servirem como meros objetos, como seres que não sentem,
ou que agem apenas por instinto. Foram descobrindo, juntamente com a ciência,
que os animais sentem. Através dos estudos espíritas, podemos notar que eles
existem para si mesmos, para sua própria evolução, e não para terminarem nos
pratos dos próprios espíritas que leram e releram André Luiz, Irmão X, Emmanuel,
Allan Kardec e tantos outros.
Tornozelo humano acorrentado |
E é aí que podemos notar que
só vê quem tem olhos de ver, e que a verdade só libertará quem quiser se
libertar. Primeiramente, é preciso se libertar do egoísmo, do orgulho, da
vaidade. Muitos espíritas conceituados, com livros publicados, que difundem a
Doutrina em inúmeras palestras pelo país, não conseguem perceber que lhes falta
humildade para reconhecer que estão errados em causar ou, pelo menos, compactuar
com o sofrimento dos animais em todo o planeta. Não conseguem perceber que
deveriam levantar bandeiras e se juntar aos que lutam pela proteção desses
nossos irmãos indefesos.
O velho bordão de que Chico
comia carne e que, por isso, eles também têm de comer, porque não chegam aos pés
de Chico, cai por si, porque ele foi humilde o suficiente para deixar que, o que
os espíritos psicografaram por intermédio dele contra a alimentação carnívora
fosse publicado, apesar de ainda ingerir carne. Nessas correspondências do Além,
diversos mensageiros, inclusive Emmanuel, o mentor de Chico, foram contundentes
em dizer que devemos, sim, abrir mão da alimentação carnívora em benefício dos
animais.
As sementes foram lançadas. Os
espíritas já leram, já sabem, negam para si mesmos, mas suas consciências vão
acordar, mais cedo ou mais tarde, porque a verdade não deixa de ser verdade pelo
fato de não acreditarmos nela ou a negarmos.
A verdade está lá, está pulsando
nos espíritas. Agora, é preciso que acordemos e, com isso, libertemos milhões de
animais que sofrem. Seres que padecem porque grande número de espíritas
adormecidos não querem abrir mão de um pedaço de carne e substitui-lo por
alimentos nutritivos, livres de sofrimento e sangue.
É preciso pensar nisso. Não
podemos apenas conhecer a verdade e não nos libertarmos, pois a fé sem obras é
morta.
Fernanda Almada, colaboradora do Blog
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