Imagem: Bezerro |
Espiritismo
Essa deve ser a principal dúvida da grande maioria dos espíritas diante
desse novo momento da humanidade, onde se fala tanto em vegetarianismo,
onde se luta pelos Direitos Animais, onde o esforço pelo reconhecimento
deles já se faz tão presente.
Alguns defendem que o ser humano é
carnívoro e que deixar de comer carne é violentar a natureza humana.
Mas, com certeza, não pela natureza Divina, pois se Deus criou a todos e
se Deus é bondade e se somos nós luzes de sua imensa Luz, como
poderemos praticar qualquer ato que contrarie Sua Natureza ?
Algumas pessoas alegam que não conseguem deixar de se alimentar da carne
mesmo reconhecendo que os animais sofrem e, literalmente, empurram essa
mudança para as próximas gerações como se não fôssemos fazer parte
dela um dia.
Ninguém quer fazer com que as pessoas violentem[1] seus corpos,
mas mostrar que a carne não necessita da carne para que o corpo
sobreviva.O problema é que, ao dizer “eu ainda necessito da carne” ou
“eu não consigo deixar de comer carne”, nosso campo mental já prepara o
caminho para que o corpo produza hormônios baseados na ideia dessa
“necessidade”, o que acaba por dominar aqueles que assim pensam, fazendo
com que não consigam mesmo se abster da carne. Tudo isso não é pela
necessidade do corpo, mas apenas pela necessidade mental, pelo
pensamento errôneo e pelo medo da mudança alimentar.
Imagem: Coma mais vegetais |
Não se trata aqui de fazer uma censura aqueles que fazem uso da
alimentação carnívora, mas sim de tentar mostrar que é possível,
modificando nosso campo mental, fazer a alteração em nosso modo
alimentar sem sofrer grandes transtornos. O primeiro passo é aceitarmos
que os animais sofrem para que nos alimentemos deles e que essa
alimentação é deletéria para nosso organismo. O segundo passo é tomarmos
uma atitude a respeito do que descobrimos sobre esse tipo de
alimentação, e que contraria a ideia que tínhamos de que fazia bem e de
que era necessária. Mudando nossa mentalidade, fica bem mais fácil
começarmos a abandonar o hábito de ingerir carne, hábito esse tão
difícil de ser modificado quanto o hábito do álcool, do cigarro, da
fofoca, entre tantos outros, mas hábitos que exigem mudanças e pelos
quais nos esforçamos na luta por nossa reforma íntima.
Como se livrar da alimentação carnívora se nossos espíritos e nossos
corpos já estão condicionados a esse tipo de alimentação? A resposta é
simples e envolve até mesmo as pessoas que acreditam que não poderão
jamais deixar de ingerir carne: Submetendo-se a novos condicionamentos,
sem agressão ou sofrimento, mas a questão é: Será que as pessoas não
conseguem ou será que não querem? A maioria diz que não consegue
exatamente por não querer mudar, por não ter qualquer preocupação com os
animais, embora digam que eles são nossos irmãos. Quem deixou de se
alimentar de carne não é melhor em termos de vontade e auto-domínio do
que aqueles que ainda comem animais, ele simplesmente escolheu controlar
sua mente e seu organismo de forma a recondicioná-lo. A vontade tem que
estar dentro do coração. Muitos conseguem abandonar o vício do cigarro,
da bebida, com a carne não é diferente, basta querer.
Primeiro
abster-se da carne de porco, então da carne vermelha, das aves, dos
peixes, cada um leva o tempo necessário para se recondicionar, hoje
encontramos milhares de sites e revistas que falam sobre vegetarianismo,
passam receitas e meios de conseguir vencer esse automatismo biológico
no qual nos escondemos. Qual o receio então?
Imagem:Transporte de suínos |
Porque, por mais incrível que pareça, muitos consideram esses nossos
irmãos, apenas como animais, apenas como objetos a serem utilizados
pelos seres humanos. É essa mentalidade que precisa ser alterada, é
preciso que passemos a vê-los realmente como irmãos, seres dignos de
nossa piedade e de nossa caridade e acima de tudo respeito, é preciso
que nossa reforma íntima se estenda até eles, porque ser bom não é fazer
apenas o que é bom “para mim”, mas é fazer o que é bom também ao nosso
irmão.
Os animais são ou não nossos irmãos?
Nota:
[1] Muitos compreendem por violência o ato de” parar de comer
carne”, no entanto, ingerir carne é um ato imensamente mais violento do
que recondicionar-se, a fim de excluir a carne da alimentação.
Simone Nardi
Para ler mais:
Desconhecimentos e Desentendimentos Sobre Vegetarianos
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