Platão, Einstein e Bach, convidados que não podem faltar em qualquer que seja o Natal.
E
todos os anos eles são os mais ilustres personagens, todos adoram quando eles
estão a mesa, preparam o mais delicioso prato para servi-los com
acompanhamento de primeira. Após o agradecimento de mãos dadas é hora de dar
aos convidados especiais e ilustres que tanto amam, a sua mais digna
faticidade! Todos a postos com um prato na mão e um copo de vinho na outra, empunhando garfos e facas afiadas. Faz-se fila porque todos querem ser os primeiros
a contemplar o cheiro delicioso saindo dos convidados, que embriaga como
perfume anestésico! E na hora que se mira com a faca espelhada os olhos de
Platão já a mesa, este pula de forma assustadora e estarrecedora diante os
olhos dos que esperavam sorver de suas entranhas,o mais puro deleite
perversivo.
Com
a agilidade de um tender, Platão literalmente voa e acaba caindo em cima de Einstein, que dá um grito de alegria quando a maçã que lhe tapava a boca sai de
sopetão. Os dois ilustres convidados, agora parecem ser a festa!. Se juntam e
cada um com um artefato de cozinha nas mãos, ficam de costas juntas e se
protegem das pessoas que agora, fazem de escudo o prato e rezam novamente, mas
não agradecendo e sim pedindo misericórdia ao Senhor por um fato no mínimo
anormal.
Com
passos sincronizados, partem de lado para a cozinha e procuram uma saída, não
mais queriam fazer parte daquela festa e entraram na primeira porta que
acharam.
A
porta do forno não era bem o que pretendiam achar, mas foi ali que acabaram
indo, no lugar escuro e quente; as pessoas paradas na porta não acreditavam no
que viram e um espertalhão aproveitou o momento e amarrou a porta do forno com
um guardanapo enxuga pratos!
Agora
estavam perdidos mesmo, o espertalhão ascendeu o fogo e a temperatura alta, já
começava a queimar os pés dos dois destemidos, dentro daquele lugar Platão faz
uma pergunta à Einstein, e este, antes mesmo de responder, escuta um
grito alto em meio a tênue luz azul e amarela; é um chester que aguardava a
hora do almoço do dia seguinte, já devidamente temperado para ser servido.
Com
a ajuda dos dois, agora companheiros de forno, espantado e aflito, o chester se
contorcia para se livrar do fundo da tigela que estivera metido, não foi fácil
fazê-lo ficar de pé, pois o demasiado azeite que havia não facilitava as
coisas. Tirá-lo de lá foi o melhor a fazer, Bach fazia movimentos com os braços
que Platão não entendia, mas Einstein sim, e este traduzia a Platão, que desesperado
ao saber da embolada que se meteram começou a chorar!
Bach já estando ali dentro a mais de duas horas, teve tempo mais do que suficiente para avaliar todos os cantos do pequeno local. Mas disso não passava, Einstein de diferente maneira começou a bolar um plano de fuga, pois a cada segundo a temperatura subia e já estavam sentindo o cheiro de pena começando a queimar.
Bach já estando ali dentro a mais de duas horas, teve tempo mais do que suficiente para avaliar todos os cantos do pequeno local. Mas disso não passava, Einstein de diferente maneira começou a bolar um plano de fuga, pois a cada segundo a temperatura subia e já estavam sentindo o cheiro de pena começando a queimar.
A
lâmpada de dentro do forno foi acesa, por um curioso mas assustado e vestido de
papai Noel ,chefe da família e dono da casa; com seus pequenos óculos sem
lentes, firmou a vista e viu os três em formação de time antes de entrar em
campo; bolavam um plano estrambólico de fugir pela saída de gás, ideia de
Platão que Einstein recusou de princípio, mas foi aceitando aos poucos....
Ao verem o homem vestido de papai Noel, Bach que já havia ficado ali dentro por horas, deu um grito ao revê-lo e voou de encontro ao vidro; ele havia pedido incessantemente que naquele Natal papai Noel lhe salva-se a vida e ao vê-lo ficou tão feliz que surtou de vez; a porta do forno abruptamente foi arrebentada e Bach caiu em cima do já desmaiado chefe de família, o resto das pessoas, atônitas com toda a situação, fugiram as pressas prensando seus corpos ante a estreita parede de acesso à sala de jantar.
Ao verem o homem vestido de papai Noel, Bach que já havia ficado ali dentro por horas, deu um grito ao revê-lo e voou de encontro ao vidro; ele havia pedido incessantemente que naquele Natal papai Noel lhe salva-se a vida e ao vê-lo ficou tão feliz que surtou de vez; a porta do forno abruptamente foi arrebentada e Bach caiu em cima do já desmaiado chefe de família, o resto das pessoas, atônitas com toda a situação, fugiram as pressas prensando seus corpos ante a estreita parede de acesso à sala de jantar.
Era
estranho e aterrorizador à todos, ver a comida da ceia de Natal fugir da mesa, ressuscitada, andando por toda a casa,correndo entre as pessoas , tal obra só
poderia ser coisa do capeta, que o mal havia se instalado naquela casa ou talvez algum caboclo estava enterrado debaixo da mesa....na cozinha, quem poderia dizer. Bach , agora emocionado,beija Noel
agradecendo-o pelo milagre, Platão e Einstein se vêem livres do inferno em que
haviam se metido, saem de lá feito ratos na toca, perscrutam todo o ambiente e
num rápido salto, Platão já no lombo de Einstein puxa o chester pelas penas do
rabo e os três seguem rumo a janela. Einstein queria voar e o porquinho corre
cada vez mais e mais.....rumo a liberdade, junto de Platão e Bach, seus novos
amigos.
Só
não contavam que estivessem no 5º andar, onde somente o tender e o chester
conseguiriam voar, se estivessem com penas claro!! Ao saltar, ou cair, os três se abraçam pelo
medo da queda, Platão berra, Einstein só geme e Bach chora "amuído"......
Platão e Bach, tentando bater as asas e Einstein tentando se agarrar neles, acaba mordendo um pedaço de linha que sai dentre os dois, mas que linha afinal, já que nem penas possuem??
Platão e Bach, tentando bater as asas e Einstein tentando se agarrar neles, acaba mordendo um pedaço de linha que sai dentre os dois, mas que linha afinal, já que nem penas possuem??
E
por falar em penas, uma surge após a linha ter esticado, e mais outra pena e
depois mais outra.........parece que como mágica as penas de Bach estão voltando ao seu normal e ele começa a voar aos poucos já com as duas asas totalmente refeitas, ouve-se
um murmurinho de Platão em plena queda, e Einstein ao esticar as orelhas o ouve dizendo baixinho.
-
Meu senhor, faça com que minhas penas também voltem a nascer!
Einstein tenta se agarrar as pernas de Bach, mas acaba escorregando junto com a antiga pele queimada que cobria seu corpo sob a mesa de jantar. - Pele queimada antiga?? ....Espera aí!! diz Einstein com o rosto de felicidade.
Venha mais perto de mim Platão, deixe me agarrar em você; este por sua vez, com muito esforço se aproxima de Einstein que agarra a pele do tender e desesperadamente a puxa, puxa e puxa........as penas de Platão voltam a aparecer, um pouco chamuscadas é claro, mas ainda inteiras o suficiente para escapar da queda.
Einstein tenta se agarrar as pernas de Bach, mas acaba escorregando junto com a antiga pele queimada que cobria seu corpo sob a mesa de jantar. - Pele queimada antiga?? ....Espera aí!! diz Einstein com o rosto de felicidade.
Venha mais perto de mim Platão, deixe me agarrar em você; este por sua vez, com muito esforço se aproxima de Einstein que agarra a pele do tender e desesperadamente a puxa, puxa e puxa........as penas de Platão voltam a aparecer, um pouco chamuscadas é claro, mas ainda inteiras o suficiente para escapar da queda.
Einstein
agora aos prantos ao ver o chão se aproximar olha pra cima e vê Bach em um
mergulho em direção a eles; Platão não consegue voar com Einstein preso as suas
pernas e os dois seguem caindo até que Bach se aproxima e pelo rabo de Einstein
o segura.
A
queda é amenizada e eles tocam o chão suavemente, após muito esforço de Platão
e Bach!!
Exaustos,
porém alegres, os três descansam e olham para o alto, a família que perdera os
convidados se espreme na janela, alguns irritadíssimos e outros ainda muito
espantados pelo acontecido. Havia uma pessoa da família que durante todo o
tempo, ficou em seu cantinho assistindo a tudo de longe e com os dedos em
"figuinha". Era Teobaldinho, o filho mais novo que durante o ano viu
os animais sendo colocados a mesa, cortados e mastigados, ingeridos com ervas
finas e preparados das mais diversas formas possíveis.
Quando o final do ano vinha chegando, Teobaldinho começou a escrever cartinhas e pedir ao Papai do Céu e Noel....que este ano, os animais pudessem ser convidados à mesa e não servidos à mesa. A mamãe de Teobaldo ficava incumbida de colocar as cartinhas no correio, mas lia antes e depois da terceira começou a comover-se e decidiu preparar uma surpresa a Teobaldo e aos convidados humanos e não-humanos.
Quando o final do ano vinha chegando, Teobaldinho começou a escrever cartinhas e pedir ao Papai do Céu e Noel....que este ano, os animais pudessem ser convidados à mesa e não servidos à mesa. A mamãe de Teobaldo ficava incumbida de colocar as cartinhas no correio, mas lia antes e depois da terceira começou a comover-se e decidiu preparar uma surpresa a Teobaldo e aos convidados humanos e não-humanos.
E
assim foi feito. Vestiu os animais com pele queimada e um pouco de sonífero,
para que só acordassem na hora "h"....ninguém jamais desconfiara.
Os
animais fugitivos, começaram a procurar um lugar para os três, acharam uma
chácara após 12 dias de procura.
Uma
senhora muito simpática e seu marido os acolheram e cuidaram de Platão,
Einstein e Bach, nomes estes dados por sua única filha, que sempre amou os
animais e protegeu-os até que papai do Céu um dia os levasse em paz.
Anderson Pacheco, amigo, louco por animais, veg e de vez em quando..... escritor de contos.
Anderson Pacheco, amigo, louco por animais, veg e de vez em quando..... escritor de contos.
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