Perispirito de um cão |
A mediunidade
dos animais é um tema controverso, pois controversa é a definição de
mediunidade e de médium. Vemos no “Livro dos Médiuns” a seguinte afirmação:
O Livro dos Médiuns -
159 d - Allan Kardec - : “Todo aquele
que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato,
médium, . ....,Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a
faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos
patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou
menos sensitiva. É de notar, além disso, que essa faculdade não se revela, da
mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para
os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades
quantas são as espécies de manifestações”.
Fica patente
que: “Todo aquele que sente, num grau
qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium”; assim como
deixar de considerar, por essa definição, os animais como médiuns, já que
muitas vezes eles enxergam e percebem os espíritos e muitas vezes as vibrações
e intenções emanadas por eles. Temos nesse sentido o caso do “Lorde” cão de
Chico Xavier.
Lindos
Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama – “José e Chico Xavier possuíam um
lindo cão. Chamava-se Lorde. Era diferente de outros cães. Possuía até
dons mediúnicos. Conhecia, nas pessoas que visitavam seus donos, quais os bem
intencionados, quais os curiosos e aproveitadores. Dava logo sinal, latindo
insistentemente ou mudamente balançando a cauda, à chegada de alguém, dizendo
nesse sinal se a visita vinha para o bem ou para o mal...”
Agora se
considerarmos outras definições contidas na doutrina espirita temos uma ideia
diferente que altera esse conceito e impede que os animais sejam médiuns.
Revista
Espírita - No 8 Agosto de 1861 - “É
certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e,
muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa,
é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com
relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais. ...
Mas, repito, não mediunizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte.
É-nos sempre necessário o concurso consciente, ou inconsciente, de um médium
humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem
nos animais, nem na matéria bruta.”
Nesta definição
seria necessário uma união de fluidos similares entre encarnados e
desencarnados para que ocorra o processo da mediunidade. Assim seria impossível
a um animal interagir com fluidos humanos devido à diferença de potencial o que
acarretaria a aniquilação do animal como ocorreu no caso da magnetização do Sr.T.
Vemos
essa ideia confirmada e apoiada por outro grande espirita; Herculano Pires.
Mediunidade
- José Herculano Pires - Capítulo XI – Mediunidade
Zoológica
“ Não
podemos elevar aos animais a condição de médiuns , mas podemos conceder-lhes os
benefícios da mediunidade ... Kardec se refere , no Livro dos Médiuns , a tentativas
magnetizadoras , na França , de magnetizar animais e desaconselha essa prática
em vista dos motivos contra a mediunidade animal . Entende mesmo que os fluídos
vitais humanos para o animal é perigosa , em virtude do grande desnível
evolutivo entre as duas espécies” .
Menina e perispirito de um cão |
O que podemos
afirmar com certeza é que alguns animais, assim como alguns humanos, são
capazes de: ver, ouvir, perceber e reconhecer os espíritos. Mas, o mais
importante, e o que nos faz considera-los muitas vezes como médiuns, é que
conseguem demonstrar aos humanos essa percepção se fazendo entender. Conseguindo
até transmitir uma mensagem do espirito ao encarnado.
Citamos aqui um caso contemporâneo ao espiritismo:
Bíblia
- Números 22:23 – “Viu, pois,
a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada
desembainhada na mão; pelo que desviou-se a jumenta do caminho, indo pelo
campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho.”
Vemos muitos
casos principalmente envolvendo Chico Xavier onde os animais são capazes de
transmitir uma mensagem de um espirito desencarnado a um humano encarnado.
Fazendo a função de médium, ou MEIO de comunicação entre o mundo espiritual e
físico.
O caso mais
claro e completo dessa situação é aquele relatado em vários livros inclusive o
livro: Chico Xavier O amigo dos animais de autoria de Carlos A. Bacceli.
“Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava
por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo . Pulava em seu colo ,
lambia-lhe o rosto como se o beijasse. O Chico então dizia: - Ah, Boneca, estou
com muitas pulgas ! Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o
focinho. Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida.
Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não
sem antes derramar muitas lágrimas .
Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a
São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca . A
filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a
pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. A cachorrinha recebia
afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém
colocou em seus braços a pequena cachorra . Ela, sentindo-se no colo
de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
-
Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico.
A
filhotinha começou então a coçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que
conheceram a Boneca, exclamaram: "Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca,
Chico !"
Cães: Alma e matéria |
Nas palavras do próprio
autor; Carlos A. Baccelli: - “...pelo que depreendemos das palavras de
Chico a respeito do espírito de ‘Boneca’, os animais desencarnados podem
influenciar espécies encarnadas, porquanto aí não se verifica a diferença das naturezas.
Os animais podem ser médiuns dos animais !”
Muito
interessante e contundente essa afirmação, mas enquanto não for descrito, por
médium e espirita de renome, a “incorporação” de um animal desencarnado no
corpo físico de um encarnado, ambos da mesma espécie, confirmado por
clarividência e por evidencias físicas, restará sempre a duvida.
Fica
a expectativa de que algum dia, em centro espirita serio e competente, faça a
tentativa de incorporação de um “médium primata” a um “espirito de primata desencarnado”,
ambos conhecedores da linguagem dos sinais, e que a primeira mensagem
transmitida por um animal do mundo espiritual ao físico possa ser recebida e
entendida..
Poderíamos
ainda imaginar um “papagaio” desencarnado - trazido por seu tutor espiritual , posto que não existem animals na erraticidade- que soubesse certa musica especifica
que se comunicasse por um “papagaio” encarnado que desconhecesse aquela
melodia. Obviamente que não seria caso fácil de se arquitetar ou realizar,
necessitando de cooperação do lado físico e do mundo espiritual.
Não
duvido que isso ocorra algum dia, um animal médium de um animal desencarnado da
mesma espécie, com sintonia e compatibilidade de fluidos. E que possa ser
transmitida uma mensagem que identifique aquele animal desencarnado sem nenhuma
duvida. Mas por enquanto nos falta boa vontade, empenho e merecimento.
Ricardo Luiz Capuano
Para ler mais:
Animais, plano espiritual e erraticidade
Passes em animais
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