sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Animais ,Nossos Irmãos (estudo)- Parte 6

“O Homem não é o único animal que pensa!
É o único animal que pensa que não é animal.”
Pascal
A Inteligência dos Animais

 

Muito se discute sobre a inteligência animal. Cientistas do mundo todo fazem teses e testes a esse respeito, criam meios mirabolantes de testar tal e tal raciocínio e terminam, uns por achar que os animais não pensam, outros por achar que agem apenas pelo instinto e, muitos outros, de que a capacidade deles em resolver problemas de ordem lógica é bem alta.

Chamem como o quiserem, o certo é que alguns animais ultrapassam a linha de raciocínio que lhes é testada. Não pegando bolinhas ou fazendo gracejos para seus tutores em troca de biscoitos, mas sim, conseguindo compreender as coisas que acontecem ao seu redor. Exemplo disso foi a gorila Washoe(falecida) que através de sinais conseguia articular frases gramaticalmente corretas e expressar o que quer que sentisse no momento, raiva, ciúme, inveja, amor, e além de tudo, ainda ensinou outros gorilas a se comunicarem através da linguagem de sinais.

Muitos estudos científicos já chegaram à conclusão de que a inteligência não é mais um privilégio humano ,e que alguns animais possuem a capacidade de aprender a lidar com alguns instrumentos ou criar outras ferramentas que possam facilitar-lhes a vida com extrema habilidade, alguns cientistas até sugerem que os golfinhos são infinitamente mais inteligentes que os humanos, que se reconhecem e se chamam por nomes e que a linguagem usada por eles ultrapassa o número de “palavras” em comparação com a nossa. Relataremos abaixo algumas experiências sobre a dimensão da inteligência animal, e que o amigo leitor tire, ele mesmo, suas conclusões, sabendo que não é a inteligência ou a senciência, que podem fazer com que existam seres superiores ou inferiores, visto que afirmamos mais uma vez, viemos de um mesmo Pai: 



“A melhor definição para inteligência é a habilidade de resolver problemas", Culum Brown, Pesquisador da Universidade de Edimburgo, Escócia.
1. Betty, um corvo fêmea, depois de ver que o corvo macho desistira de buscar comida no fundo de um vidro, aproximou-se com um pedaço de arame, dobrou-o na forma de um gancho e enfiou-o no tubo até o fundo, fisgando o petisco. Ou seja, o corvo criou uma ferramenta que o auxiliasse a retirar o alimento de dentro do vidro. 2. Muitos devem se lembrar e não é necessária tanta explicação. A gorila que há alguns anos surpreendeu o mundo comunicando-se com a veterinária na linguagem dos sinais, Washoe, a quem já nos referimos aqui. Fácil lhe seria decorar os sinais, mas manifestar seus desejos e seu amor pelo ser humano, chegando a pedir que lhe fossem ensinadas palavras com as quais pudesse demonstrar esses sentimentos é algo diferente, sem contar que numa recente competição de memorização entre chimpanzés e universitários, os símios deram um verdadeiro show de inteligência e capacidade, o que demonstra com certeza que há muita coisa neles que desconhecemos e ignoramos. 3. Em 28/08/2007, na praia Marina State(EUA), Todd Endrin teve sua vida salva por um bando de golfinhos nariz de garrafa. Todd surfava quando foi atacado por um tubarão - sabemos que os tubarões não comem carne humana e os acidentes acontecem por que os animais confundem os surfistas com focas e leões marinhos-. Os estudos demonstraram que os golfinhos ouvem sons há km de distância e muitos deles, embora inteligentes, também são alvos dos tubarões. Eles nadavam perto de Todd Endrin no dia do ataque. No momento do primeiro ataque, os gofinhos nadaram em direção ao surfista, no segundo ataque eles fizeram um anel ao redor dele, tentando manter o tubarão longe do rapaz, batendo as caudas na água em círculo para que o tubarão se espantasse. No terceiro ataque, onde o tubarão conseguiu romper o anel de proteção dos golfinhos, e em uma atitude desesperada, os golfinhos começaram a atacar o tubarão com cabeçadas, saltavam na água e circulavam o surfista em ações coordenadas para tentar salvá-lo. E finalmente conseguiram. Vemos nisso um ato deliberado e consciente, os golfinhos foram altruístas diante do perigo no qual se colocaram para salvar um ser humano que não é da mesma espécie deles, a vontade deles em salvar o surfista foi maior do que o instinto que lhes obrigaria a preservar as suas vidas. 4. O Psicólogo Marc Hauser presenciou uma cena inusitada em 1987 numa floresta de Uganda. Alguns chimpanzés se alimentavam em uma figueira, depois da refeição, a mãe e dois de seus filhotes pularam para outra árvore, o mais novo, inexperiente, ficou com medo de segui-los. A dedicada mamãe começou então a gritar e se aproximou dos galhos da figueira, forçando-os a se aproximarem da árvore onde estava o filhote, de modo que se formasse uma ponte por onde o filhote conseguiu atravessar. Há pouco tempo atrás, a mídia também relatou o fato dos chimpanzés usarem pedaços de árvores, para medir a profundidade de rios que precisavam atravessar, para coletar frutos, sem contar ferramentas utilizadas para quebrar nozes, castanhas, coquinhos, processo esse que é ensinado a todos do grupo.Queremos abrir um parênteses aqui, pois muitas pessoas diante disso alegam que tal aprendizado entre os animais é a “repetição”, mas voltando a nossa infância, vemos que nossas primeiras palavras também nos foram ensinadas por repetição até a compreensão, aprendemos a escrever repetindo as letras tanto em um caderno quanto mentalmente e transmitimos nosso conhecimento de geração para geração tal como os animais . 5. Na ilha de Koshima, alguns pesquisadores se surpreenderam quando Imo, uma macaca, começou a lavar suas batatas-doce tirando a terra, antes de levá-las a boca, comportamento esse que rapidamente se espalhou pelo grupo. Ela também foi a responsável por ensinar o grupo a separar os grãos de trigo que seriam ingeridos da areia onde eles caiam, apanhando um punhado deles e mergulhando na água para que se separassem.

"Convivemos nesse planeta com animais pensantes. Cada espécie, com sua mente única, favorecida pela natureza e moldada pela evolução, é capaz de enfrentar os mais fundamentais desafios que o mundo apresenta.” Marc Hauser
São pequenos relatos que comprovam cientificamente a inteligência dos animais, não sendo mais possível dizermos que abatemos animais pelo simples fato de que eles não são inteligentes.

Seres tão curiosos e agradáveis; almas consideradas puras, mesmo assim os animais sofrem.E A pergunta as vezes martela nosso cérebro: Se não há carma, por que o sofrimento? Não sabemos ainda todas as respostas do reino animal, mas sabemos que como nós, os animais humanos, os animais não-humanos sofrem, sentem dor , se comunicam (Livro dos Espíritos), e até se suicidam.

Partindo do princípio de que todo animal irá evoluir, mesmo que isso leve muitas e muitas encarnações, o fato é que um dia ele chegará ao reino hominal. Mas, e o que levaria os animais a se suicidarem?

“Em Viena, Áustria, uma macaca fez grande amizade com uma raposa, e passavam ambas, horas a se divertirem. Separadas um dia, notou-se que a macaca começou a desesperar-se e lançou-se num tanque d’água. Alarmado, o guarda conseguiu salvá-la e para evitar o suicídio, soltou-a novamente com a raposa , porém as ordens eram separá-las e assim , mais uma vez foi feito. Na manhã seguinte encontraram a macaquinha morta no tanque d’água. Suicidara-se.”

“O jornal Morning Post noticiou outro caso de suicídio animal. Dessa vez um cão tido como detentor de hidrofobia. Afastado de todos a quem amava, o cão vagou durante dias pela pequena cidade buscando alguém que se apiedasse dele. Como todos os repeliam, afastou-se em direção ao rio e ali mergulhou, vindo a morrer diante de alguns moradores que olhavam a cena espantados.”

Kardec elucidou casos semelhantes dizendo que essa seria a prova de que o animal tem consciência de sua existência e individualidade, compreendendo o que é a vida e o que é a morte, escolhendo dessa forma, uma ou outra. Seria um livre arbítrio?. O instinto o impediria de cometer suicídio, mesmo assim eles o fizeram.

Por falar em instinto, o que levou os elefantes da Ásia a escaparem com vida do perigoso tsunami de dezembro de 2004 enquanto milhares de pessoas morreram? Pressentimento, premonições, o que seria?

O fato é que não só eles, mas muitos outros animais conseguiram perceber, seja pelo ar ou pela terra, que algo de muito errado iria acontecer por ali. Pesquisas já comprovaram que em lugares assolados por terremotos, imediatamente as formigas abandonam os formigueiros. Os animais sempre conseguiram perceber as grandes catástrofes, isso desde 481 a.C. Muito depois em Kracatoa, as aves debandaram da ilha pouco antes da explosão do vulcão. Os cães tentaram escapar e outros animais atiraram-se ao mar. Os homens, e apenas eles, não perceberam nada.

Os gatos em Londres sempre pressentiam os bombardeios alemães, e seus tutores se salvavam dirigindo-se aos refúgios antiaéreos. Max, um cavalo, em 1958 foi capaz de salvar sua dona do ataque de um touro, abandonando o fazendeiro que o fazia arar a terra e correndo de volta para a fazenda.

Diante dessas maravilhas que lemos, ainda existem pessoas que não se preocupam com os animais, que abusam de suas fraquezas, que os caçam por “esporte”, que não os respeitam, e pensamos: Nós conseguimos ver os motivos que levaram Deus a nos presentear com essas criaturas magníficas. Nosso aprendizado, nossa pequena doação de amor. Como ser insensível então, diante de tanto sofrimento que lhes causamos, seja no abate para alimentação ou por qualquer outro tipo de exploração que lhes dirigimos? O que dizer agora diante de tudo o que sabemos? Que somos fracos? Que ainda nos falta informação para mudarmos? Ou que nos acostumamos a essa barbárie e dela não desejamos nos afastar? Precisamos refletir mais, pesar mais nossas ações, não basta falar dos animais, é preciso fazer por eles.

Esperamos ter conseguido, nesse curto espaço, proporcionar umas poucas parcelas de conhecimento sobre a alma dos animais, sua inteligência e senciência, lembrando sempre que são eles também “Nossos irmãos nesse mundo”, sendo que não é mais possível tratar da alma dos animais e esquecer o que fazemos com seus corpos. Nesse pequeno passeio, descobrimos que Deus criou os animais assim como criou os homens, deu-lhes uma alma assim como a que tivemos um dia, a mesma que chegará a arcanjo. Descobrimos que são sencientes, inteligentes e companheiros, a mudança agora depende apenas de cada um. Sem o peso das mentiras e sem o medo do conhecimento. Erguemos então uma nova barreira : da omissão, do esclarecimento sobre o que fazer pelos animais. Quantas vezes ouvimos um palestrante versar sobre vegetarianismo ou veganismo? Por que o medo avassalador quando se ouve essas duas palavras? Eis aí mais uma barreira a ser vencida. O bem e o mal dependem unicamente de nossas próprias ações. 


Reflexão: Imaginemos que Deus nos tratasse como tratamos os animais ! 

Como estaríamos sendo tratados agora? 



 Referência bibliográfica 


  EMAMANUEL, Chico Xavier – O Consolador Inteligência Animal e Memória Animal Disponível: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_125520.shtml E Agora Animal ? - Revista Sapiens BOFF, Leonardo – Ecologia, grito da terra, grito dos pobres Videos: Consciência Humana no YOUTUBE
Egroup Clara Luz - OS ANIMAIS TÊM ALMA!


Simone Nardi

* Na última parte falaremos sobre nosso caminho de volta ao Bem, em relação aos animais.






Simone Nardi









Simone Nardi – criadora deste blog e do antigo Consciência Humana, colunista do site Espírita da Feal (Fundação Espírita André Luiz) ; é fundadora do Grupo de Discussão  Espírita Clara Luz que discute a alma dos animais e o respeito a eles.Graduada em Filosofia e Pós-graduada em Filosofia Contemporânea e História pela UMESP.







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