“Cuidado significa, então, desvelo, solicitude, diligência, zelo,
atenção, bom trato... estamos diante de uma atitude fundamental, de um
modo de ser mediante o qual a pessoa sai de si e centra-se no outro com
desvelo e solicitude”. Leonardo Boff
Encontrando o Caminho
Estamos desvendando juntos um mundo que para alguns é realmente novo, um mundo onde a inclusão da responsabilidade moral para com os animais se faz presente, os laços de afeto, as relações de irmandade a qual sempre nos referimos ao falarmos sobre suas almas, agora realmente começam a existir na prática, não apenas nas palavras. Seguimos então o caminho tortuoso de mostrar que muita coisa em que acreditávamos não passavam de mentiras que nos foram ensinadas ao longo do tempo, e que hoje precisam sumir na poeira dos desenganos. Eles não apenas possuem alma, mas são seres sencientes e inteligentes; diante desse novo conhecimento algo precisa mudar : Nosso comportamento diante deles, nossa exploração por seus corpos está baseada exatamente no fato de que não acreditávamos que eles eram iguais a nós, não em forma corporal, mas emocional e sensorial. E agora sabemos: eles são iguais a nós.
Que atitude tomar então?
É inegável que muitos irão continuar ignorando esse fato, como também é inegável que muitos irão mudar. Caridade e compaixão. Pode até haver alguém que diga que um bifinho “não faça mal”, é aquele que pensa em si mesmo apenas, não se enxergando como irmão daquele Ser ainda em condição inferior ( na escalada evolutiva) à ele .
Sabemos há muito, faz parte da índole humana pensar em si, depois nos demais; só que o desprendimento do mundo material só vai ocorrer quando pensarmos igualmente no próximo e então em nós mesmos, ainda mais quando a vida desse próximo depende inteiramente de uma mudança de atitude moral da nossa parte.
Para aqueles que não querem mudar, nada mais podemos fazer além de acreditar que cedo ou tarde, eles realmente verão que os animais não foram criados para o uso que fazemos deles. Para aqueles que querem mudar, o que podemos fazer é incentivar, auxiliar e dizer o quanto nos sentimos felizes com essa mudança, por isso traremos dois assuntos importantes que são conseqüências da conscientização: O vegetarianismo e o veganismo.
Desde que me propus a escrever sobre a inclusão moral dos animais não-humanos dentro de nossa visão ética e religiosa, jamais havia tocado diretamente no fato das pessoas se tornarem vegetarianas ou veganas. Falava sobre como devemos agir com amor, com compaixão e misericórdia para com esse nossos irmãos, contudo, acredito que seja tempo de falar mais claramente sobre esse assunto que assusta tanto alguns espíritas : o que é o vegetarianismo e o que é veganismo, para aqueles que estão em mudança e para aqueles que já mudaram. Nesses 4 anos na Feal, pude sentir que muitas pessoas compartilham da visão de que realmente os animais são nossos irmãos, de que merecem nosso respeito e nossa compaixão; alguns mudaram, alguns deixaram de se acanhar diante do assunto e se mostraram interessados, questionando, buscando por mais respostas, o que demonstra que ao se descobrir uma verdade deve-se fazer isso racionalmente, sem fanatismos, sem se deixar levar pelo entusiasmo. Pude ver que foi um espaço democrático para que outros amigos trouxessem a tona suas experiências, suas angustias, suas alegrias, demonstrando que o trabalho ao qual havíamos nos proposto a realizar realmente estava trazendo resultados, e quando me refiro a nós, me refiro aos amigos espirituais que muito se dedicam a essa causa, amigos desconhecidos que trabalham em silêncio por esses irmãos em ascensão, que dia a dia travam uma guerra sem fim contra a crueldade que impomos aos animais, amigos que me pediram: trabalhe por eles. Amigos que passaram mensagens já postadas aqui e que se mantiveram anônimos porque para eles o trabalho pelos animais é o que importa. E aos poucos pudemos notar que muitas pessoas se interessaram pelos animais, não apenas espiritualmente, mas pelo que lhes acontecia enquanto encarnados e por isso esse trabalho tem sido recompensado com emails e palavras de incentivo. Mas vamos ao que realmente nos interessa, lembrando sempre que, seja qual for a alimentação , sempre serão necessários cuidados nutricionais:
Vegetarianismo [1]: esse é com certeza o primeiro passo para quem descobriu nos animais uma irmandade que lhe ficava oculta, muitos colocam como um modelo, como uma filosofia de vida, mas na verdade tornar-se vegetariano é muito mais que isso, é uma atitude que denota verdadeiro interesse pelo Planeta e por aqueles que sofrem, pois a abstenção de fazer o mal começa também pela boca. Cada um deve levar em conta o seu tempo pois o desligamento da alimentação carnívora para uns pode ser fácil, enquanto que para outros pode ser mais difícil, essa mudança de hábito cultural, contudo, denota grande coragem em encarar os problemas de frente, de se posicionar, de praticar a caridade. Mas, pelos motivos certos, nenhum ideal deixa de ser erguido dentro de nós. Algumas pessoas simplesmente abandonam de uma só vez todos os tipos de carne, se mantendo apenas nos derivados do leite (queijos e laticínios) os conhecidos lacto-vegetarianos. Outras precisam de um tempo maior e vão abandonando aos poucos primeiro a carne bovina, depois a suína, a de frango, peixes, numa caminhada Ética até o topo. Em todos os casos é preciso reaprender a se alimentar, o novo vegetariano não pode simplesmente abdicar da carne e comer apenas salada, é preciso que ele coloque em suas refeições pratos que até hoje ele considerava apenas como secundários (acompanhamentos). É o equilíbrio alimentar que o deixará saudável, por isso a importância em buscar informações sobre o assunto em sites especializados, comunidades ou mesmo com amigos, para que a mudança seja realizada sem problemas. Veganismo [2]: é a principal mudança que as pessoas podem fazer em relação aos animais. Um degrau mais alto que o vegetarianismo onde alguns ainda fazem uso de ovos, do leite e seus laticínios; o veganismo toma um rumo Ético ainda mais prático, eliminando do uso diário qualquer tipo de produto que provenha da exploração animal. Não se faz uso de roupas de couro, seda, lã ou peles, de produtos que assumidamente tenham realizado testes em animais, não se utiliza mel de abelha, cera ou própolis, não se come peixes, ovos ou laticínios, ou seja, o vegano se exime completamente do uso de qualquer coisa que provenha da exploração animal. É uma mudança que exige muito mais do que apenas tornar-se vegetariano, porque se pode ver através do veganismo os inúmeros abusos cometidos contra os animais em nosso dia a dia. E é uma mudança que obrigou muitas empresas a mudarem também. Hoje existem no mercado inúmeros produtos isentos de crueldade, a pressão dos que lutam pelos animais tem conseguido fazer com que as empresas troquem os testes realizados em animais e partam em busca de métodos alternativos. Hoje também existe uma gama enorme de cosméticos isentos de crueldade, isentos de produtos de origem animal, provando que é possível mudar de atitude e criar novas mudanças com isso. Agora se espalham pelas prateleiras dos supermercados produtos para vegetarianos e veganos, porque é um mercado que cresce e cresce simplesmente porque cada vez mais pessoas abriram os olhos para essa cruel realidade que aflige os animais não-humanos.
Claro que existem ainda muitas barreiras que são levantadas contra o vegetarianismo e o veganismo, ora alguém aponta a falta de vitamina B12 que só é encontrada em produtos de origem animal e embora seja verdade, sabemos que ela pode ser suplementada através de comprimidos igualmente isentos de produtos de origem animal. Ainda há quem diga que veganos e vegetarianos não consomem proteínas, o que não é verdade e sim desconhecimento, pois existem boas fontes de proteína que não são de origem animal e que muitos ignoram porque só possuem olhos para a “carne”. Sementes de gergelim e girassol, grão de bico, feijão, lentinhas, ervilhas, castanhas, amêndoas, nozes e a soja, todas são fontes de proteína. Para se manter saudável é preciso apenas começar a prestar atenção na imensa quantidade de alimentos que deixamos de lado durante todos esses anos. Quando fazemos isso notamos que não precisamos obter o ferro apenas da ingestão de animais, além de estar presente nos alimentos já mencionados, ele se encontram em vegetais verde-escuros, aqueles mesmos que só são ingeridos uma vez ou outra, e como mero acompanhamento do prato principal. Igualmente o cálcio que muitos insistem em dizer que só existe no leite e seus derivados, pode ser encontrado nas leguminosas, nas oleaginosas, nos mesmos vegetais verde-escuros onde encontramos o ferro ou seja, em fontes vegetais que passarão de mero acompanhamento à pratos principais até porque, somente os seres humanos é que continuam tomando leite na fase adulta. Existem inúmeros sites dirigidos a veganos e vegetarianos, existem nutricionistas especializados para esclarecer essas questões, demonstrando que ninguém mais precisa repetir que a carne nutre a carne quando a ciência começa a provar que ela não é mais necessária ao corpo, que podemos viver bem sem nos utilizarmos da morte de animais, porque é isso o que fazemos, não ligamos a “carne” dita no Livro dos Espíritos aos milhares de animais que são mortos diariamente, porque essa conexão não nos interessa e não nos interessa porque nos fará pensar e pensando seremos forçados a nos ver como seres totalmente isentos de compaixão.
Claro que muitos irão dizer que o vegetarianismo ou o veganismo não torna alguém melhor, inúmeras vezes ouvimos dizerem que Chico comia carne e que Hitler era vegetariano(3), mas sabemos que é a conscientização que torna a pessoa melhor, existem muitas pessoas que se tornam vegetarianas por modismo, essas pessoas não fazem isso para o bem do próximo mas por interesses próprios e isso é egoísmo não altruísmo. Ninguém que se esforce para ajudar os animais é uma pessoa má como alguns querem colocar, há o mito de que as pessoas que cuidam de animais não ajudam outras pessoas, que são misantropos, mas sabemos que muitos que auxiliam apenas humanos também o fazem por um interesse próprio, sabemos que muitos que batem no peito e se dizem caridosos às vezes só os são nas ruas, e são verdadeiros tiranos em casa, mesmo assim não podemos generalizar dizendo que a caridade entre pessoas não torna alguém melhor. O mundo se tornará melhor na medida em que nós nos tornarmos melhores, na medida em que deixarmos essas acusações absurdas de lado e partirmos para o trabalho, queiramos ou não, a compaixão pelos animais irá fazer parte da nossa evolução.
As respostas estão aqui, as informações foram passadas e as portas estão abertas, agora é direito de cada um pensar por si mesmo, mas não há como se esconder mais atrás de antigos tabus. Isso é o que fazemos com os animais, isso é o que podemos ou não fazer. Quando mudamos outras mudanças decorrem dessa primeira mudança. Quando nada fazemos, nada acontece, nada muda e os animais continuam a sofrer.
Está em nossas mãos o destino dos animais.
Notas:
[1] Vegetarianismo: devemos lembrar que a quantidade de animais que sofrem é muito grande e esse primeiro passo é muito significativo, porém não é o último. Encontramos dentro do vegetarianismo diversas formas de alimentação: os ovo-vegetarianos, lacto-vegetarianos, ovo-lacto-vegetarianos, que dentro de cada parcela, ainda se utiliza de um tipo de exploração animal.
[2] Veganismo: conhecidos também como vegetarianos estritos ou éticos; o fato é que o veganismo recusa-se a qualquer forma de exploração animal, tirando do uso diário tudo que possa vir da tortura animal: leite e seus laticínios(queijos, manteiga, cremes, maionese), ovos, peixes, não fazendo uso de objetos que igualmente compactuem com a tortura animal como couro, pérola, marfim, sabonetes feitos com gordura animal, cosméticos testados em animais, perfumes . O mesmo ocorrendo com o aprisionamento de animais para diversão como circos e zoológicos, pesca , corridas , caça, gaiolas e tantas outras formas de exploração animal.Um problema levantado por muitos médicos é a ingestão de vitamina B12, mas ela pode , tranquilamente, ser administrada via oral com medicamentos que não provenham da exploração dos animais.
[3] O mito de que Hitler era vegetariano é uma ideia compartilhada por muitos escritores, segundo alguns , foram os médicos de Hitler que lhe indicaram uma dieta vegetariana devido a problemas estomacais crônicos, já que muitos de seus biógrafos afirmam sua preferência por carnes. Sua cozinheira deixou registrado no livro intitulado "Gourmet Cooking School Cookbook “ que ele adorava um prato onde o recheio era filhote de pombo.
Para conhecer mais:
Chico Xavier/Irmão X - Contos e Apólogos e Treino para a Morte Instituto Nina Rosa - A Carne é Fraca (vídeo) e Não matarás (vídeo) Earthilings (Vídeo) - Terráqueos SVB - Sociedade Vegetariana Brasileira Galáxia Alfa Sítio Vegetariano Nutriveg Centro vegetariano Revista dos Vegetarianos - Edição mensal em bancas de todo País. Guia Vegano Animais tem senso de Moral ANDA - Agência de Notícias dos Direitos Animais Pensata Animal – Revista Eletrônica dos Direitos Animais Rádio Boa Nova - Nossos Irmãos Animais Egroup Clara Luz - OS ANIMAIS TÊM ALMA!
Estamos desvendando juntos um mundo que para alguns é realmente novo, um mundo onde a inclusão da responsabilidade moral para com os animais se faz presente, os laços de afeto, as relações de irmandade a qual sempre nos referimos ao falarmos sobre suas almas, agora realmente começam a existir na prática, não apenas nas palavras. Seguimos então o caminho tortuoso de mostrar que muita coisa em que acreditávamos não passavam de mentiras que nos foram ensinadas ao longo do tempo, e que hoje precisam sumir na poeira dos desenganos. Eles não apenas possuem alma, mas são seres sencientes e inteligentes; diante desse novo conhecimento algo precisa mudar : Nosso comportamento diante deles, nossa exploração por seus corpos está baseada exatamente no fato de que não acreditávamos que eles eram iguais a nós, não em forma corporal, mas emocional e sensorial. E agora sabemos: eles são iguais a nós.
Que atitude tomar então?
É inegável que muitos irão continuar ignorando esse fato, como também é inegável que muitos irão mudar. Caridade e compaixão. Pode até haver alguém que diga que um bifinho “não faça mal”, é aquele que pensa em si mesmo apenas, não se enxergando como irmão daquele Ser ainda em condição inferior ( na escalada evolutiva) à ele .
Sabemos há muito, faz parte da índole humana pensar em si, depois nos demais; só que o desprendimento do mundo material só vai ocorrer quando pensarmos igualmente no próximo e então em nós mesmos, ainda mais quando a vida desse próximo depende inteiramente de uma mudança de atitude moral da nossa parte.
Para aqueles que não querem mudar, nada mais podemos fazer além de acreditar que cedo ou tarde, eles realmente verão que os animais não foram criados para o uso que fazemos deles. Para aqueles que querem mudar, o que podemos fazer é incentivar, auxiliar e dizer o quanto nos sentimos felizes com essa mudança, por isso traremos dois assuntos importantes que são conseqüências da conscientização: O vegetarianismo e o veganismo.
Desde que me propus a escrever sobre a inclusão moral dos animais não-humanos dentro de nossa visão ética e religiosa, jamais havia tocado diretamente no fato das pessoas se tornarem vegetarianas ou veganas. Falava sobre como devemos agir com amor, com compaixão e misericórdia para com esse nossos irmãos, contudo, acredito que seja tempo de falar mais claramente sobre esse assunto que assusta tanto alguns espíritas : o que é o vegetarianismo e o que é veganismo, para aqueles que estão em mudança e para aqueles que já mudaram. Nesses 4 anos na Feal, pude sentir que muitas pessoas compartilham da visão de que realmente os animais são nossos irmãos, de que merecem nosso respeito e nossa compaixão; alguns mudaram, alguns deixaram de se acanhar diante do assunto e se mostraram interessados, questionando, buscando por mais respostas, o que demonstra que ao se descobrir uma verdade deve-se fazer isso racionalmente, sem fanatismos, sem se deixar levar pelo entusiasmo. Pude ver que foi um espaço democrático para que outros amigos trouxessem a tona suas experiências, suas angustias, suas alegrias, demonstrando que o trabalho ao qual havíamos nos proposto a realizar realmente estava trazendo resultados, e quando me refiro a nós, me refiro aos amigos espirituais que muito se dedicam a essa causa, amigos desconhecidos que trabalham em silêncio por esses irmãos em ascensão, que dia a dia travam uma guerra sem fim contra a crueldade que impomos aos animais, amigos que me pediram: trabalhe por eles. Amigos que passaram mensagens já postadas aqui e que se mantiveram anônimos porque para eles o trabalho pelos animais é o que importa. E aos poucos pudemos notar que muitas pessoas se interessaram pelos animais, não apenas espiritualmente, mas pelo que lhes acontecia enquanto encarnados e por isso esse trabalho tem sido recompensado com emails e palavras de incentivo. Mas vamos ao que realmente nos interessa, lembrando sempre que, seja qual for a alimentação , sempre serão necessários cuidados nutricionais:
Vegetarianismo [1]: esse é com certeza o primeiro passo para quem descobriu nos animais uma irmandade que lhe ficava oculta, muitos colocam como um modelo, como uma filosofia de vida, mas na verdade tornar-se vegetariano é muito mais que isso, é uma atitude que denota verdadeiro interesse pelo Planeta e por aqueles que sofrem, pois a abstenção de fazer o mal começa também pela boca. Cada um deve levar em conta o seu tempo pois o desligamento da alimentação carnívora para uns pode ser fácil, enquanto que para outros pode ser mais difícil, essa mudança de hábito cultural, contudo, denota grande coragem em encarar os problemas de frente, de se posicionar, de praticar a caridade. Mas, pelos motivos certos, nenhum ideal deixa de ser erguido dentro de nós. Algumas pessoas simplesmente abandonam de uma só vez todos os tipos de carne, se mantendo apenas nos derivados do leite (queijos e laticínios) os conhecidos lacto-vegetarianos. Outras precisam de um tempo maior e vão abandonando aos poucos primeiro a carne bovina, depois a suína, a de frango, peixes, numa caminhada Ética até o topo. Em todos os casos é preciso reaprender a se alimentar, o novo vegetariano não pode simplesmente abdicar da carne e comer apenas salada, é preciso que ele coloque em suas refeições pratos que até hoje ele considerava apenas como secundários (acompanhamentos). É o equilíbrio alimentar que o deixará saudável, por isso a importância em buscar informações sobre o assunto em sites especializados, comunidades ou mesmo com amigos, para que a mudança seja realizada sem problemas. Veganismo [2]: é a principal mudança que as pessoas podem fazer em relação aos animais. Um degrau mais alto que o vegetarianismo onde alguns ainda fazem uso de ovos, do leite e seus laticínios; o veganismo toma um rumo Ético ainda mais prático, eliminando do uso diário qualquer tipo de produto que provenha da exploração animal. Não se faz uso de roupas de couro, seda, lã ou peles, de produtos que assumidamente tenham realizado testes em animais, não se utiliza mel de abelha, cera ou própolis, não se come peixes, ovos ou laticínios, ou seja, o vegano se exime completamente do uso de qualquer coisa que provenha da exploração animal. É uma mudança que exige muito mais do que apenas tornar-se vegetariano, porque se pode ver através do veganismo os inúmeros abusos cometidos contra os animais em nosso dia a dia. E é uma mudança que obrigou muitas empresas a mudarem também. Hoje existem no mercado inúmeros produtos isentos de crueldade, a pressão dos que lutam pelos animais tem conseguido fazer com que as empresas troquem os testes realizados em animais e partam em busca de métodos alternativos. Hoje também existe uma gama enorme de cosméticos isentos de crueldade, isentos de produtos de origem animal, provando que é possível mudar de atitude e criar novas mudanças com isso. Agora se espalham pelas prateleiras dos supermercados produtos para vegetarianos e veganos, porque é um mercado que cresce e cresce simplesmente porque cada vez mais pessoas abriram os olhos para essa cruel realidade que aflige os animais não-humanos.
Claro que existem ainda muitas barreiras que são levantadas contra o vegetarianismo e o veganismo, ora alguém aponta a falta de vitamina B12 que só é encontrada em produtos de origem animal e embora seja verdade, sabemos que ela pode ser suplementada através de comprimidos igualmente isentos de produtos de origem animal. Ainda há quem diga que veganos e vegetarianos não consomem proteínas, o que não é verdade e sim desconhecimento, pois existem boas fontes de proteína que não são de origem animal e que muitos ignoram porque só possuem olhos para a “carne”. Sementes de gergelim e girassol, grão de bico, feijão, lentinhas, ervilhas, castanhas, amêndoas, nozes e a soja, todas são fontes de proteína. Para se manter saudável é preciso apenas começar a prestar atenção na imensa quantidade de alimentos que deixamos de lado durante todos esses anos. Quando fazemos isso notamos que não precisamos obter o ferro apenas da ingestão de animais, além de estar presente nos alimentos já mencionados, ele se encontram em vegetais verde-escuros, aqueles mesmos que só são ingeridos uma vez ou outra, e como mero acompanhamento do prato principal. Igualmente o cálcio que muitos insistem em dizer que só existe no leite e seus derivados, pode ser encontrado nas leguminosas, nas oleaginosas, nos mesmos vegetais verde-escuros onde encontramos o ferro ou seja, em fontes vegetais que passarão de mero acompanhamento à pratos principais até porque, somente os seres humanos é que continuam tomando leite na fase adulta. Existem inúmeros sites dirigidos a veganos e vegetarianos, existem nutricionistas especializados para esclarecer essas questões, demonstrando que ninguém mais precisa repetir que a carne nutre a carne quando a ciência começa a provar que ela não é mais necessária ao corpo, que podemos viver bem sem nos utilizarmos da morte de animais, porque é isso o que fazemos, não ligamos a “carne” dita no Livro dos Espíritos aos milhares de animais que são mortos diariamente, porque essa conexão não nos interessa e não nos interessa porque nos fará pensar e pensando seremos forçados a nos ver como seres totalmente isentos de compaixão.
Claro que muitos irão dizer que o vegetarianismo ou o veganismo não torna alguém melhor, inúmeras vezes ouvimos dizerem que Chico comia carne e que Hitler era vegetariano(3), mas sabemos que é a conscientização que torna a pessoa melhor, existem muitas pessoas que se tornam vegetarianas por modismo, essas pessoas não fazem isso para o bem do próximo mas por interesses próprios e isso é egoísmo não altruísmo. Ninguém que se esforce para ajudar os animais é uma pessoa má como alguns querem colocar, há o mito de que as pessoas que cuidam de animais não ajudam outras pessoas, que são misantropos, mas sabemos que muitos que auxiliam apenas humanos também o fazem por um interesse próprio, sabemos que muitos que batem no peito e se dizem caridosos às vezes só os são nas ruas, e são verdadeiros tiranos em casa, mesmo assim não podemos generalizar dizendo que a caridade entre pessoas não torna alguém melhor. O mundo se tornará melhor na medida em que nós nos tornarmos melhores, na medida em que deixarmos essas acusações absurdas de lado e partirmos para o trabalho, queiramos ou não, a compaixão pelos animais irá fazer parte da nossa evolução.
As respostas estão aqui, as informações foram passadas e as portas estão abertas, agora é direito de cada um pensar por si mesmo, mas não há como se esconder mais atrás de antigos tabus. Isso é o que fazemos com os animais, isso é o que podemos ou não fazer. Quando mudamos outras mudanças decorrem dessa primeira mudança. Quando nada fazemos, nada acontece, nada muda e os animais continuam a sofrer.
Está em nossas mãos o destino dos animais.
Notas:
[1] Vegetarianismo: devemos lembrar que a quantidade de animais que sofrem é muito grande e esse primeiro passo é muito significativo, porém não é o último. Encontramos dentro do vegetarianismo diversas formas de alimentação: os ovo-vegetarianos, lacto-vegetarianos, ovo-lacto-vegetarianos, que dentro de cada parcela, ainda se utiliza de um tipo de exploração animal.
[2] Veganismo: conhecidos também como vegetarianos estritos ou éticos; o fato é que o veganismo recusa-se a qualquer forma de exploração animal, tirando do uso diário tudo que possa vir da tortura animal: leite e seus laticínios(queijos, manteiga, cremes, maionese), ovos, peixes, não fazendo uso de objetos que igualmente compactuem com a tortura animal como couro, pérola, marfim, sabonetes feitos com gordura animal, cosméticos testados em animais, perfumes . O mesmo ocorrendo com o aprisionamento de animais para diversão como circos e zoológicos, pesca , corridas , caça, gaiolas e tantas outras formas de exploração animal.Um problema levantado por muitos médicos é a ingestão de vitamina B12, mas ela pode , tranquilamente, ser administrada via oral com medicamentos que não provenham da exploração dos animais.
[3] O mito de que Hitler era vegetariano é uma ideia compartilhada por muitos escritores, segundo alguns , foram os médicos de Hitler que lhe indicaram uma dieta vegetariana devido a problemas estomacais crônicos, já que muitos de seus biógrafos afirmam sua preferência por carnes. Sua cozinheira deixou registrado no livro intitulado "Gourmet Cooking School Cookbook “ que ele adorava um prato onde o recheio era filhote de pombo.
Para conhecer mais:
Chico Xavier/Irmão X - Contos e Apólogos e Treino para a Morte Instituto Nina Rosa - A Carne é Fraca (vídeo) e Não matarás (vídeo) Earthilings (Vídeo) - Terráqueos SVB - Sociedade Vegetariana Brasileira Galáxia Alfa Sítio Vegetariano Nutriveg Centro vegetariano Revista dos Vegetarianos - Edição mensal em bancas de todo País. Guia Vegano Animais tem senso de Moral ANDA - Agência de Notícias dos Direitos Animais Pensata Animal – Revista Eletrônica dos Direitos Animais Rádio Boa Nova - Nossos Irmãos Animais Egroup Clara Luz - OS ANIMAIS TÊM ALMA!
Simone Nardi – criadora deste blog e do antigo Consciência Humana, colunista do site Espírita da Feal (Fundação Espírita André Luiz) ; é fundadora do Grupo de Discussão Espírita Clara Luz que discute a alma dos animais e o respeito a eles.Graduada em Filosofia e Pós-graduada em Filosofia Contemporânea e História pela UMESP.
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