quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Consciência na via pública:uma homenagem aos protetores. de animais

Foram os minutos mais longos da minha vida. Aos poucos a dor foi sumindo, acho que era porque estava tão forte que eu não conseguia mais senti-la.

As vozes ao meu redor pareciam vir de um túnel, pois ecoavam longe, fracas e tais como eu, doloridas. Alguns cantavam algo que falava sobre um Jesus, para que Ele lhes enviasse uma luz, que lhes mudasse o coração.

Outros me olhavam e diziam coisas que eu não compreendia: que dó, minha nossa, quanto sangue, deve estar morto. Não eu não estava morto! Estava vivo e queria viver. Senti que alguém me tirava do chão e me envolvia num cobertor, diziam que eu era filho de Deus. Me senti tão bem naquela hora.

O aconchego daqueles braços, a preocupação naquelas vozes, o carinho daquelas mãos sobre mim. Tentei agradecer, mas sentia-me fraco demais. Cedi a dor. Quando dei por mim, um outro homem de olhar preocupado me olhava, dizia que nada mais poderia ser feito.

Senti aquele mesmo toque carinhoso de antes e uma voz tão doce que me dizia: “Não tenha medo, tudo vai ficar bem, tudo vai ficar bem”. Quando acordei eu já me sentia bem. Meu corpinho não doía mais. Tinha outros amiguinhos ao meu lado e, de onde eu estava, pude ver, bem abaixo de mim, as pessoas que cercavam um outro filhote, todo ensanguentado e ferido.

Foi quando percebi que aquele filhote na verdade era eu mesmo. Aquelas pessoas deveriam ser os anjos de que eu sempre ouvi falar. Os anjos que nos ajudam nos momentos de dificuldade, sim, hoje olhando para eles, tenho certeza de que eram anjos . Eram eles que tinham me recolhido da via pública após eu ter sido atropelado.

Tinham me levado para o médico, mas meu estado era tão grave que ele nada pudera fazer. É eu tinha morrido, mas incrivelmente me sentia vivo, vivo e agradecido por eles terem um coração bondoso, tão bondoso a ponto de se importarem com um filhote que eles nem sequer conheciam. Eles não haviam apenas passado por mim e virado o rosto, não.

Eles haviam tido compaixão e consciência de que eu, mesmo um filhote ainda, era filho de Deus, assim como eles e como todos os anjos que nos ajudam. Esse é o meu agradecimento à vocês, nossos anjos de guarda, que dia a dia lutam pelo nosso bem estar, uma luta árdua e muitas vezes ingrata, mas saibam, que para nós vocês são especiais e que já habitam nossos corações.

" Desse filhote que morreu, mas vive ao lado de Deus! Uma Homenagem aos Protetores


Simone Nardi


Apresentação: Homenagem aos protetores








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