sábado, 23 de agosto de 2014

Alma-grupo - isto existe? -pt 1


É muito comum ouvir/ler que nos animais não-humanos existe o que se denomina “alma-grupo”.

De maneira geral, alma-grupo seria o princípio inteligente, sem consciência, conduzido por um “princípio inteligente grupal” que atuaria na matéria segundo a Lei da Evolução que rege tudo o que conhecemos.

Pensemos de maneira lógica, baseados nas obras da Codificação. Kardec e os Espíritos Superiores escrevem na questão 597 em O Livro dos Espíritos (LE) que “há nos animais um princípio independente da material e que sobrevive ao corpo.”

1ª afirmação: os animais têm alma. Alma é o espírito encarnado, portanto todos – homens e outros animais – são espíritos encarnados (alma) ou desencarnados (espíritos).

Na questão 79 do LE, Kardec e os Espíritos esclarecem: Os espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material.”

2ª afirmação: animais não são alma-grupo. São espíritos que possuem sim individualidade quando encarnados e também quando desencarnados.

Sabe-se de duas frentes em relação a este estudo: 

1) A que admite a individualização durante o processo de evolução do princípio inteligente;

2) A que admite a individualização desde o princípio.

Vejamos o que Irvênia Prada em seu livro A Questão Espiritual dos Animais (pp.43) escreve:
                           
  “Aceito plenamente a ideia de que a célula já é um indivíduo e que corresponde a um princípio inteligente rudimentar. Penso que a noção de alma-grupo apenas pode ser entendida como o estado de sintonia e consequentemente de interação energética e vibratória, em que vivem seres afins.

Ainda em LE, os Espíritos abordam sobre a vontade dos outros animais: “É verdade que na maioria dos animais domina o instinto. Mas, não vês que muitos obram denotando acentuada vontade? É que têm inteligência, porém limitada.”

Como poderíamos discutir sobre vontade sem individualizar o ser? Não observamos nossos amigos animais em casa e presenciamos diversas cenas em que a inteligência, raciocíno e sensiblidade nos aguça a curiosidade? E nem que estas demonstrações de vontade são diferentes e variam muito de ser para ser? 

De maneira lógica, para animais não-humanos, acreditar no que se chama “alma-grupo” como colocamos aqui, é desacreditar na inteligência superior e nas evidências que todos os dias observamos.


Referências Bibliográficas

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec





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