Após a morte, conserva a alma do animal a sua
individualidade, porque ela é indivisível, no entanto, a consciência do seu eu
fica em estado latente por lhe faltar evolução para tal.
Ao espírita, principalmente, cabe entender
que a consciência cresce de acordo com o despertamento espiritual. No homem, o
caso é diferente: ele, já mesmo encarnado, possui a consciência de si mesmo
pelo raciocínio, e se fica em certo transe depois da sepultura, é porque a
desencarnação traz um abalo emocional, e o Espírito perde a consciência
temporariamente.
Não existe tempo demarcado para todos: é
conforme o seu grau de evolução espiritual. Existem muitos que não passam pelo
sono, são Espíritos elevados que deixam o corpo qual a roupa imprestável.
Em se falando dos animais, a sua vida
inteligente permanece em estado latente como nos informa "O Livro dos
Espíritos". Há muitas filosofias espiritualistas que ensinam de modo
diferente, que as almas dos animais pertencem a um todo, que ao deixar o corpo
perde a sua individualidade, penetrando na massa que corresponde ao seu viver.
Essa informação é enganosa; o animal não perde a sua individualidade, ele a
conserva nos planos que a vida espiritual reserva para todos, sob a guarda de
Entidades que trabalham com amor para a evolução de todos, voltando em outros
corpos de acordo com as suas necessidades.
Não fiques pensando que o teu cão, cavalo, ou
macaco se dissolveu no espaço, por informações descabidas dos invigilantes.
Eles continuam a existir com mais propriedade e cada vez mais crescendo, porque
a lei de Deus comanda o progresso. Tudo progride para sempre. Os animais, no
amanhã, vão ter consciência de si mesmos. Esperemos. O tempo que se move pelas
bênçãos de Deus vai nos mostrar, como mostrou em relação a nós outros, quando
éramos animais como eles.
Sejamos confiantes, que a bondade do Senhor é
para todos, sem exceção. Quem transita por essas colônias espirituais no
serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo, não fica na dúvida, por ver os trabalhos
operados pelos animais nessas casas de caridade. Em muitos lugares na Terra,
eles, em corpo astral, cooperam com os homens, até o ponto que o destino
permite. Até nos templos de caridade cristã, muitos deles ficam de ronda, para
não permitir invasão das sombras. Os animais, no plano do Espírito, são mais
obedientes aos Espíritos que os comandam, por encontrarem neles mais amor do
que os homens podem dar.
Os videntes podem confirmar o que falamos
sobre eles; quantas vezes acontece o dono de determinados animais vê-los
rondando a casa, depois da morte dos mesmos? É, pois, uma prova de que ninguém
morre, que nada morre; tudo vive para sempre, cada vez mais crescendo para
Deus, porque d'Ele tudo emana.
Que Deus abençoe aos animais, que tanto nos
servem nas nossas lides espirituais.
Após a morte, encontramos mais vida, e Deus se
encontra presente em toda parte.
O LE comentado
Miramez
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O LE comentado
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