Peixes |
Por Rafael Van Erven Ludolf
Andre Luiz |
Veneráveis Espíritos,
como Emmanuel, Humberto de Campos, André Luiz e seus luminosos instrutores já
se manifestaram, há mais de 50 anos, de forma clara e objetiva, em diversas
obras psicografadas por Chico Xavier, sobre os graves malefícios da dieta
carnívora para o planeta e para o ser, informando que tal dieta facilita
obsessão e vampirismo, dificulta a mediunidade e a desencarnação, além de
provocar enfermidades nos corpos espirituais e físicos, dentre outras questões
evolutivas de suma importância individual e coletiva.
São vastas e
antigas as advertências dos benfeitores espirituais.
Todavia, é no
próprio Movimento Espírita que encontramos, infelizmente, resistências sobre o
assunto vegetarianismo, apesar da
clareza das informações do Mundo Maior, trazidas pela mediunidade abençoada de
Francisco Cândido Xavier.
Existem na web artigos "espíritas" assustadores,
justificando o consumo de carne e até combatendo as ideias vegetarianas, ou
seja, contestando movimentos de amor ao próximo, no caso os animais, que também
são nossos irmãos.
No capítulo 9 da
obra Nosso lar, André Luiz informa
que no século XIX a Governadoria da conhecida colônia espiritual demorou 30
anos, sob muitos protestos, para instituir as reformas dos vícios alimentares
terrenos em determinados Ministérios. Foi preciso a vinda de 200 Instrutores de
uma esfera muito elevada para ajudar na reforma alimentar.
Emmanuel |
Mesmo assim, esse
tema ainda é tabu em nosso meio. Dizemos isso porque em 2014 realizamos uma pesquisa/palestra
cronológica sobre "Vegetarianismo e Espiritismo” desde a codificação de Allan
Kardec até as obras de Chico Xavier, com a ideia de carinhosamente apresentar
estas informações ao público, buscando conscientizar e sensibilizar, sem
quaisquer intenções de crítica, ou de superioridade, que sabemos não possuir, mas apenas com a intenção de apresentá-la em
nossa própria Casa Espírita (Servidores de Jesus), visto que nenhuma outra
instituição aceitou discutir o tema proposto naquela época.
Hoje, o assunto tem
avançado bastante, mas fora do Movimento
Espírita, que, em nosso entendimento, talvez não tenha dado a devida atenção ao
seu estudo e divulgação nas casas espíritas, não obstante a clareza de que se
reveste e a despeito da opinião abalizada dos benfeitores espirituais que o defendem.
Já presenciamos um caso
muito triste, em que um companheiro foi impedido de apresentar vídeos com
matérias relacionados ao vegetarianismo aos jovens de uma Mocidade Espírita,
por ocasião de um grande evento doutrinário, para citarmos apenas um exemplo.
Os espíritas
costumam repetir, aos quatro ventos, a sublime máxima de Allan Kardec: "Fora
da caridade não há salvação", mas resistem em aplicá-la aos nossos amados
irmãos, os animais, sacrificando-lhes a vida para deles se alimentarem.
Não que faltem
pesquisas nacionais e internacionais, constatando que o Planeta não mais
comporta a indústria da carne. Não se trata de mera filosofia de vida, de
religião, mas de sobrevivência! Os
dados são alarmantes e estão à disposição de todos.
Quanto à família
espiritista, como falar em "regeneração do planeta" sem também pensar
numa simples e individual mudança de hábitos alimentares, a do prato de cada
dia?
A reforma íntima, tão apregoada e tão pouco
internalizada, também passa pela digestão dos alimentos. Em outras palavras,
pelo estômago!
E, naturalmente,
pela edificação interior do "amai ao próximo", onde se incluem também
nossos irmãos – os animais –, que são Espíritos em evolução, dotados de alma, e
não mercadorias, alimentos, pratos sofisticados para todos os paladares.
A Ciência já
atestou que os animais são seres sencientes,
que sofrem, sentem prazer, felicidade, depressão, empatia e choram. Sim,
choram! O lamento da vaca, quando o bezerro é arrancado de seu seio e abatido
na sua frente, ecoa dolorosamente na Terra inteira!
Reflitamos: nós,
que fazemos parte do Movimento Espírita, estaremos aproveitando de forma
coerente as informações trazidas pelos benfeitores espirituais quanto à
alimentação animal? Nosso amor ao próximo se estende até eles, a ponto de lhes
pouparmos as vidas pela escolha de outras fontes de alimentação?
Não é nossa
intenção agredir a quem quer que seja, nem concordamos com vegetarianos que
criticam de forma agressiva os que consomem carne. Quisemos apenas reunir e apresentar
as informações trazidas pelos Imortais, contidas em obras espíritas confiáveis,
que muitos não leram ou, se o fizeram, não atentaram devidamente para a gravidade
do assunto, perdendo a chance de sensibilizar o próximo quanto à mudança de
hábitos alimentares, para o seu próprio bem, para o bem dos animais e até mesmo
do Planeta.
E, para concluir,
meditemos sobre as sábias orientações do Espírito Humberto de Campos, extraídas
do livro febiano Cartas e crônicas:
“[...] Você pergunta, espantado, como deveria ser
levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte [...]?
Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua
gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é
um tormento, depois da grande transição [...]”
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