quarta-feira, 29 de março de 2017

Adestradores e educadores de cães

Pastor alemão acuado de medo

Quem já não ouviu falar de métodos cruéis que os adestradores supostamente se utilizam para estimularem os animais a aprenderem uma ordem. Dizem que alguns se utilizam de choques, pancadas e muitos outros castigos que a imaginação humana cria, podendo ser realidade ou não. Essa impressão errada em relação a essas pessoas se formou devido a presença de muitos oportunistas e pessoas despreparadas nessa área.

O maior problema é que, no Brasil, não há uma regulamentação especifica para a profissão. Assim, não há quem fiscalize o trabalho deste profissional. Favorecendo o surgimento de pessoas inescrupulosas e inconsequentes.

Para fugir da qualificação de "adestrador", já tida como pejorativa, muitos profissionais atualmente preferem ser conhecidos como educadores caninos, psicólogos de cães, professores de animais, etc.

Se considerarmos, que cada vez mais, os animais vêm tendo sua inteligência reconhecida veremos que realmente esses novos termos são mais coerentes. Vejamos o significado das duas palavras:

Adestrar significa: v.t. Tornar destro; instruir; qualificar para uma função.

Enquanto;  educar significa: v.t. Despertar as aptidões naturais do indivíduo e orientá-las segundo os padrões e ideais de determinada sociedade. Cultivar o espírito. Instruir, ensinar.

Percebemos que realmente o termo “Educador” é muito mais adequado para a realidade atual. A pessoa que busca esse serviços, já não tem o mesmo objetivo que  anos atrás. Hoje o dito adestramento já não é um treinamento para a capacitação animal a uma função especifica, como guarda, ataque, e aprender truques. Hoje o maior objetivo dos novos educadores caninos é adequarem o comportamento dos animais ao convívio social.

Assim  o importante é ensinar o animal a respeitar seu tutor, e os outros animais e pessoas. Estimulando um comportamento conveniente e adequado a sociedade vigente.

Na realidade não é muito diferente do que acontece com todos nós, pois não é o que todos procuramos; Educar as pessoas para uma melhor convivência em sociedade.

Todo o aprendizado, independente da espécie, se dá de duas formas: com estimulo positivo, ou com estimulo negativo. Quando fazemos uma ação que leva a um efeito positivo, tendo como consequência um agrado, físico ou emotivo, nossa tendência é sempre repetir esse gesto a fim de obtermos novamente esse agrado, Já com o estimulo negativo, percebemos que após uma ação vem  um castigo, assim relacionamos o castigo como consequência da ação, buscamos então evitar a ação que gera aquela situação ruim, tida como castigo. Com os animais não é diferente.

Agora é claro que ninguém quer passar por uma situação ruim, um castigo, para aprender algo. Todos prefeririam somente passar por situações positivas para adquirir conhecimento, com as pessoas muitas vezes isso não é possível, mas com os animais, você pode escolher.

Quando for necessário optar por um adestrador ou educador, procure um que ensine por estímulos positivos. Para escolher um bom educador para seu amiguinho você deve procurar sempre:

Profissionais indicados por outras pessoas que já tenham utilizado seus serviços e gostado do resultado. O tempo de experiência, e cursos que a pessoa fez, também são bons indicativos de eficiência, pois geralmente somente um profissional competente e atualizado permanece muito tempo no ramo.

Procure um profissional que permita que você acompanhe e participe do adestramento, pois é uma maneira de observar o comportamento e métodos utilizados por ele.

O mais importante é perceber se ele é paciente e respeita o ritmo de aprendizado de seu animal.

Mesmo que você não ache nada de desmerecedor com o adestrador, observe seu animalzinho após as primeiras sessões. Se ele demonstrar alegria ao ver o adestrador é sinal que para ele aquele aprendizado está se dando de maneira positiva e ele relaciona aquela situação como algo prazeroso. Mas se ao ver o adestrador ele se esconde, foge ou se demonstra agressivo procure outro profissional, pois no mínimo ele não está feliz com os métodos utilizados.



                                         
  Autor: M. Veterinário Ricardo Luiz Capuano














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