segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SANTO ANTÃO E SEU SUÍNO


SANTO ANTÃO E SEU SUÍNO

 Os peixes e Santo António — As "Semanais" da «Ave Maria"


(...)Já escala gradativa dos seres, todos os sentimentos morais: o remorso, o senso moral, o sentimento do justo e do injusto, tudo está em germe em todos os animais.

Pode-se dizer que esses sentimentos diferem, na alma dos animais e na alma humana, unicamente em grau.

O naturalista Agassiz chega a proclamar, a despeito de seus princípios religiosos, a identidade do princípio pensante no homem e no animal.

E por falar em "princípios religiosos", vamos transcrever das "Semanais", da revista católica "Ave Maria", alguns fatos lembrados nessa crônica, a propósito da "morte trágica de uma porca" na Vila Americana, noticiada por essa revista.

Na História dos Santos os animais têm um belo relevo. Santo Antão era sempre acompanhado de um porco que lhe devia a saúde e a vida.
Certa vez, em Espanha, o célebre cenobita terminava a cura milagrosa de uma rainha quando, de repente, ouviu um grunhido e um puxão no seu velho burel.
Voltou-se surpreso e viu uma porca cega acompanhada de um leitão doente.

Condoído do estado do enfermo, curou-o com carinho, e, desde aí, nunca mais o leitão, que com o tempo ficou adulto, abandonou o seu médico e amigo.

Aí está o senso moral testemunhando a gratidão suína, virtude que poderia ser cultivada em alto grau pelos homens, mas, na verdade, bem esquecida de todos". 

Mas, prossegue o missivista:

"Certos animais até têm dado lições de moral a muita gente. Vejamos os "Milagres de Santo Antônio" em Rimini; pregando ao povo pecador, ninguém o ouvia: foi quando os peixes saíram d’água e vieram escutar o Santo.
Os pecadores, arrependidos ante a atitude dos peixes, correram a Santo Antônio a confessar o negror de suas faltas".

Não há dúvida de que o homem carece de imagens impressionantes para se render às exigências da Lei, mas é bem verdade que essas imagens se desdobram a todos os momentos a seus olhos, e que às mais das vezes, os olhos ficam voluntariamente cerrados com o intuito de se absterem da luz que os ofusca.

O poder sugestivo do Santo atraindo os peixes que se movimentavam à tona dágua, à Palavra do Evangelho, demonstra cabalmente o espírito de receptividade dos seres inferiores da Criação, quando não seja para assimilar as grandes verdades, ao menos para admirá-las no seu esplendor maravilhoso.

É pena que a "Ave Maria", com os seus padres, conhecendo essas coisas, não venham também afirmar ao "mundo romanista" a existência do princípio anímico na escala inferior da Criação e sua evolução para o reino hominal, onde não paramos, mas prosseguimos, de degrau em degrau, ao reino espiritual ou angélico, para mais e mais nos aproximarmos de Deus!

Cairbar Schutel


Fonte: A Gênese da Alma, Cairbar Schutel




Redação do blog Irmão  Animais- Consciência Humana





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