quarta-feira, 5 de abril de 2006

Rei dos Reis

Era noite de luar em Jerusalém. No céu, contam, uma estrela iluminava o caminho, enquanto um casal buscava abrigo para o nascimento da criança que seria para o mundo, o renascimento. 

Foi lá em meio ao campo, que a mãe, tirando seu manto, o corpo do pequenino cobriu. 

Dizem alguns que assistiram, que foi nesse momento que lá no horizonte, um anjo surgiu. 

Com ele três Reis, Gaspar, Melchior, Baltazar, que vieram de longe para ver o menino. Trouxeram ouro, incenso e mirra para lhe perfumar, pois que o Rei dos Reis, haviam vindo a Terra visitar. 

Sua luz cobriria o mundo amargurado e do homem, Ele arrancaria todo o pecado. Bela criança se tornou que com cuidados, sua mãe cercou. Falava com cães, com pombas, formigas, até mesmo as cobras lhe eram amigas. 

Brincava alegre como qualquer outra criança que coberta de amigos se torna esperança. 

E a criança cresceu e homem se tornou e para a palavra que salva, sua voz se voltou. 

Amai-vos uns aos outros, aos povos bradou, e em Cafarnaun, nos corações dos homens o amor, esse homem plantou. 

Cobradores e pescadores seguiram seus passos, ouvindo-lhe a voz e apertando-lhe os laços. Por três longos anos esse homem ensinou, que o homem, de Deus sempre necessitou. 

E sua luz expandiu-se de Israel à Roma, caindo em ouvidos infiéis que lhe impuseram uma redoma. 

Perseguido foi Ele, por seus inimigos, tal qual fosse o homem, um reles bandido. 

Traído por Judas, foi encarcerado e a pedido de Roma, tal homem foi torturado. 

O povo temeroso dele se afastou quando, tentando poupá-lo, um romano gritou: 

"A Ele ou a Barrabás? Qual deles os satisfaz?” 

E o povo ingrato bradou: 

“Barrabás, Barrabás".E Roma o soltou. 

Condenado, o bom homem foi coroado com espinhos e seu corpo foi todo marcado. 

Uma cruz de madeira, em seu ombro pousou e para o Gólgota, esse anjo então caminhou.Dois cravos de aço lhe perfuraram as mãos fazendo chorar a enorme multidão. 

Seus pés pregados molharam o carvalho, como o choro de sua mãe, que assistia ao Calvário. 

E a cruz eles ergueram, mostrando seu frágil corpo, sem saberem que jamais esse homem poderia ser morto. Até mesmo o céu chorou de emoção, quando o lanceiro sedento lhe rasgou o coração. 

Ainda na cruz Ele orou ao seu Pai, pedindo-lhe firme: 

"Pai, perdoai-os" 

E ao lado Dele surgiu uma luz, no momento em que expirava esse tal de Jesus.

Hoje, Ele vive ainda mais do que antes, pois suas palavras atingem os corações errantes. 

Seu nome é amado e, por todos, bendito. 

Daí glória a Deus por ter-nos dado o Cristo. 

A Páscoa é momento de renovação, renovemos então nosso amor ao Cristo. 


Simone Nardi




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