Muitas dúvidas nos surgem em relação a este conceito, uma forma clara de explicar o vegetarianismo é lembrar que ele está intimamente ligado a 3 outros conceitos: Atitude, Respeito e Amor. Temos atitude quando descobrimos o que ocorre aos animais e nos posicionamos como vegetarianos, deste modo exprimimos respeito por eles e mais do que isso, amor.Saber o que ocorre aos animais é importante para que esta mudança floresça, porém quando ela floresce, é também de vital importância que conheçamos nosso corpo, nossos limites e nossa alimentação.
Ao contrário do que muitos alegam, o vegetarianismo não é uma dieta alimentar, é uma atitude diante da vida que nos clama a mudança; tornar-se vegetariano é reaprender a se alimentar, é descobrir novos sabores e mais do que isso, é escapar da ingenuidade em que nos colocaram ao nos forçar a crer que somente a carne pode nutrir a carne. Não podemos de modo algum nos violentar, exigindo que de um dia para o outro consigamos abandonar uma alimentação que vem de séculos de condicionamento, por outro lado, também não podemos ignorar que a mudança seja possível desde que bem informados sobre o assunto.Cada um tem o seu tempo de despertar e é preciso respeitar isso, porém não podemos mais nos omitir, temos que despertar ao menos para a realidade na qual vivem os animais.
Quando nos propomos a mudar de atitude em relação a estes nossos irmãos , devemos nos questionar sobre os motivos éticos para isso e então, a partir daí, buscar informações sobre a alimentação vegetariana. Vegetarianismo não é algo impossível, fomos condicionados a comer carne, só o que faremos é nos condicionar a nos alimentarmos bem e sem o uso de carne animal. Difícil? Não, de modo algum. Hoje existem revistas especializadas no assunto, existem livros de receitas e centenas de sites que nos informam como iniciar uma alimentação saudável.Deixemos de lado o preconceito e nos coloquemos a caminho do amor em relação aos animais, deixemos de plasmar em nosso organismo, através da exigência mental de que “necessitamos da carne”, que viveremos bem sem ela e com muito mais saúde.A carne não é um alimento completo, limpo e necessário como nos fizeram acreditar . Para 1 kg de bife são necessários 15 mil litros de água , além disso a carne é um animal com alma e senciência, conservada a base de congelamento e produtos como o sulfato de sódio que a fazem manter a cor vermelha(você já lavou um bife em casa, ele simplesmente perde a cor e volta a ter a cor original, escura e sem vida).
Ao ingerí-la, ingerimos também os antibióticos ministrados ao animal, os pesticidas usados para matar carrapatos, vacinas, medicamentos, etc.Além disso tudo, na hora do abate, o animal lança uma carga enorme de adrenalina que se concentra na carne que vai ser conservada e ingerida mais tarde. Talvez isso não seja importante, o importante talvez seja saber que não existe abate humanitário, pois os animais reconhecem as energias das pessoas que os levarão ao abatedouro e ali já se inicia um mecanismo de medo e fuga que os deixa estressados. Temos também a implicação vibratória e ecológica no ato de comer carne.
O vegetarianismo é esta posição de contrariedade diante da violência com a qual tratamos os animais que chamamos de irmãos, é preciso, antes de tornar-se vegetariano, reconhecer a mudança, reconhecer , como já colocamos, os próprios limites para que não fracassemos nem conosco nem com os animais. Verduras , sobretudo as de folhas escuras e legumes, que antes eram esquecidos, devem voltar a fazer parte da alimentação, o uso de castanhas -Pará, caju, amêndoa, nozes- é muito recomendado, frutas naturais e frutas secas como o damasco devem ser colocadas na alimentação, grãos como feijão, grão de bico , ervilha e lentinha também devem fazer parte de uma boa refeição. O mito da falta de proteína cai por terra num bom prato de arroz e feijão, já que ambos se completam e possuem mais vitaminas e proteínas que um bife. A falta de ferro é evitada com uma alimentação equilibrada que contenha verduras como couve, brócolis, rúcula , agrião, almeirão e sucos que contenham vitamina C, de preferência que os dois se encontrem na mesma refeição.A soja(grãos,pts e principalmente o tofu) é uma grande fonte de proteína , não podendo ser utilizada em excesso; o “leite” de soja, com alto teor de cálcio, também deve ser utilizado com moderação, já a quinua(grão/flocos/farinha), por ser rica em vitaminas , proteínas e aminoácidos pode ser utilizada com mais frequência. Ainda existem as sementes como linhaça, girassol, gergelim ,entre outros que também devem ser incluídos no cardápio.
Ser vegetariano é simples, basta que reaprendamos a comer , estaremos assim fazendo bem a nós mesmos, ao Planeta e aos animais.Pense nisso.
Simone Nardi