sexta-feira, 27 de maio de 2005

Quando a ficção cruza a linha da realidade - Parte II: O Amor

Patch Adams: O amor é contagioso

Ouvi um grupo espírita cantar uma vez : O Amor está no ar. E está mesmo, já que Deus está no ar e seu amor está também contido nele. E, mais uma vez, vamos encontrar pequenos recados que Deus nos envia através das mãos de hábeis diretores de cinema, espalhando seu amor, na forma de ideias, para alguns filmes.

Amar uns aos outros. 

Que mandamento difícil de seguir, principalmente quando o próximo é nosso inimigo. É quando o caldo entorna e descobrimos que não amamos como deveríamos. 

Em “Amor Além da Vida”, o personagem vai aos abismos mais sombrios buscar a esposa que ele tanto amava, mesmo correndo risco de não poder mais sair daquele lugar. “Patch Adams, O amor é contagioso” nem precisa de explicação. O valoroso médico distribui amor em forma de riso.




E por que filmes? Porque são simples e muitos deles nos dão uma valiosa lição de moral, algo que jamais esqueceremos novamente, e tudo isso em forma de diversão. 

Quem não se lembra de “A Era do Gelo” ? Quer lição mais bonita, do que ver que a consciência e o respeito dos animais, naquele filme se sobressaia ao do homem que, brutalizado pela vida, só pensava em matar, enquanto um grupo de animais tentava devolver o "filhote" humano para seus pais. Isso é caridade ou não?

A seu modo os filmes nos ensinam a sorrir, a amar, a perdoar, basta que deixemos de ver neles apenas a diversão e entremos em sua essência. 

Um que jamais vou esquecer e de onde, a cada vez que assisto tiro uma nova lição, é “O homem bicentenário”. Conheço pessoas que quase pernoitam na casa espírita, mas que não conseguem amar a vida como aquele androide amou. Ele respeitava a vida, amava viver acima de tudo, valorizava as pequeninas coisas pelas quais muitas vezes passamos despercebidos. O ar. O Alimento. A companhia de alguém. Andrew, o androide, nos mostra que devemos valorizar a vida que temos, e amar com todas as forças, aqueles que caminham conosco.

Assim também aconteceu em “A. I. Inteligência Artificial”, onde, mais uma vez, o amor das máquinas por seus criadores, se agiganta diante do amor encontrado no coração humano. 

Cada um traz sua essência. Basta que olhemos com outros olhos, com os olhos do coração. Eles nos ensinam que uma mentira, por menor que seja, pode nos causar grandes transtornos. Nos mostra que o orgulho nos corrompe antes, para depois nos destruir. Nos mostra que quando o amor é verdadeiro, podemos cruzar mares distantes para encontrar quem amamos.

Se você não conseguiu identificar nenhum filme no parágrafo acima, é porque ainda não descobriu a real essência em cada um deles, pois a cada dia alguns filmes tentam nos aproximar mais da realidade, do amor e da caridade. Basta abrirmos nossos olhos, que conseguiremos enxergar a verdade em cada um deles. 

A arte nem sempre imita a vida, ela nos mostra como a vida realmente é.




Simone Nardi – criadora deste blog e do antigo Consciência Humana, colunista do site Espírita da Feal (Fundação Espírita André Luiz) ; é fundadora do Grupo de Discussão  Espírita Clara Luz que discute a alma dos animais e o respeito a eles.Graduada em Filosofia e Pós-graduada em Filosofia Contemporânea e História pela UMESP.






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