"E quando
chegaram para junto da multidão,
aproximou-se dele um
homem, que se ajoelhou e disse:
Senhor, compadece-te
de meu filho, porque é lunático e sofre muito;
pois muitas vezes
cai no fogo e outras muitas na água.
Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não
puderam curá-lo.
Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa!
Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa!
Até quando estarei
convosco? Até quando vos sofrerei?
Trazei-me aqui o
menino.
E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino;
E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino;
e desde aquela hora,
ficou o menino curado"
- (Mateus, cap. 17 - 14
a 18).
Esse trabalho fez parte de uma
longa grade de estudo que fiz há alguns anos atrás, há muitas referências que
foram esquecidas, mas todo o material foi
estudado e reestudado e como é mais que atual, é imprescindível que
toquemos nesse assunto novamente.
A obsessão é uma espécie de enfermidade
de ordem psíquica e emocional, que consiste num constrangimento das
atividades de um Espírito pela ação de um outro. A influência maléfica de um
Espírito obsessor pode afetar a vida mental de uma pessoa, alterando suas
emoções e raciocínios, chegando até mesmo a atingir seu corpo físico. A
influência espiritual só é qualificada como obsessão quando se observa uma
perturbação constante. Se a influência verificada é apenas esporádica, ela não
se caracterizará como uma obsessão. Somente os Espíritos imperfeitos e que
desconhecem o bem, provocam obsessões, interferindo na vontade do indivíduo,
fazendo com que ele tenha ações contrárias ao seu desejo natural.
A obsessão só
se instala na mente do paciente quando o obsessor encontra fraquezas
morais que possam ser exploradas. São pontos fracos que, naturalmente,
todos nós temos, pela imperfeição que nos caracteriza. Deste modo, conclui-se
que todos estamos sujeitos à obsessão
Basicamente, a obsessão tem quatro causas: as morais, as relativas ao
passado, as contaminações e as anímicas.
As obsessões de
causas morais são aquelas provocadas pela má conduta do indivíduo na vida
cotidiana. Ao andarmos de mal com a vida e com as pessoas, estaremos sintonizando
nossos pensamentos com os Espíritos inferiores e atraindo-os para perto de nós.
Desse intercâmbio de influências poderá nascer uma obsessão.Vícios mundanos,
como o cigarro, a bebida em excesso, o cultivo do orgulho, do egoísmo, da
maledicência, da violência, da avareza, da sensualidade doentia e da luxúria,
da gula poderão ligar-nos a entidades espirituais infelizes que, mesmo
desencarnadas, não se desapegaram dos prazeres materiais.Aqui podemos contabilizar o vício da alimentação carnívora, já que reconhecemos os animais como seres irmãos e possuidores de alma.
Causas relativas ao passado
As obsessões relativas
ao passado são aquelas provenientes do processo de evolução a que todos os
Espíritos estão sujeitos. Nas suas experiências reencarnatórias, por ignorância
ou livre arbítrio, uma entidade pode cometer faltas graves em prejuízo do
próximo. Se a desavença entre eles gerar ódio, o desentendimento poderá
perdurar por encarnações a fio, despontando nos desafetos, brigas, desejos de
vingança e perseguição. Casos assim podem dar origem a processos obsessivos
tenazes.Desencarnados, malfeitor e vítima continuam a alimentar os sentimentos
de rancor de um para com o outro. Se um encarna, o outro pode persegui-lo,
atormentando-o e vice-versa.
As contaminações
As
contaminações obsessivas geralmente acontecem quando uma pessoa frequenta ou
simplesmente passa por ambientes onde predomina a influência de Espíritos
inferiores. Seitas estranhas, onde o ritualismo e o misticismo se fazem
presentes; terreiros primitivos, onde se pratica a baixa magia; benzedeiras e
mesmo centros espíritas mal orientados são focos onde podem
aparecer contaminações obsessivas. Espíritos atrasados, ligados ao lugar onde a
pessoa frequentou ou visitou, envolvem-se na sua vida mental, prejudicando-a.
Ocorrem também situações em que as irradiações magnéticas vindas desses
ambientes, causam-lhe transtornos fluídicos. A gravidade dos casos estará na
razão direta da sintonia que os Espíritos inferiores estabelecerem com os
pacientes.
Causa anímica ou auto-obsessão
As
obsessões anímicas são causadas por uma influência mórbida residente na mente
do próprio paciente. Por causa de vícios de comportamento, ele cultiva de forma
doentia pensamentos que causam desequilíbrio em sua área emocional.Muitas
tendências auto-obsessivas são provenientes de experiências infelizes ligadas
às vidas passadas do enfermo. Angústia, depressão, mania de perseguição ou
carências inexplicadas podem fazer parte de processos auto-obsessivos. O
auto-obsediado costuma fechar-se em seus pensamentos negativos e não encontra
forças para sair dessa situação constrangedora. Esse posicionamento mental
atrai Espíritos doentios que, sintonizados na mesma faixa psíquica, agravam sua
doença espiritual.
Vicio: Fumo |
Tipos de Obsessão
Obsessão Simples
É um tipo de
influência que, de forma sutil, constrange a pessoa a praticar atos ou ter
pensamentos diferentes do que geralmente possui. O obsedado, às vezes, nem
percebe o que lhe está ocorrendo. Em outras, têm consciência da influência
daninha, mas não consegue se livrar dela. Este tipo de obsessão é muito comum e
pode agravar-se, dependendo da natureza do Espírito atrasado envolvido e das
disposições morais do paciente.
Fascinação
Allan Kardec disse, em
"O Evangelho Segundo o Espiritismo", que a fascinação é o pior tipo
de obsessão. Trata-se de uma ilusão provocada por um Espírito hipócrita que
domina a mente do paciente, distorcendo seu senso de realidade. O Espírito
obsessor planeja muito bem seu intento destrutivo e busca envolver o indivíduo
em artimanhas mentais bem preparadas.As portas de entrada para a fascinação,
como sempre, são as falhas morais. É no orgulho de sua vítima que
o Espírito hipócrita encontra o alimento para fascinar-lhe a personalidade.
Para conseguir seu domínio, a entidade maldosa exalta a vaidade do obsedado,
fazendo-o sentir-se infalível e autoconfiante. A ilusão é
tamanha que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, o que não lhe permite
perceber o ridículo de certas ações que pratica.
Subjugação
A subjugação pode ser
moral ou corpórea. No caso moral, o Espírito obsessor adquire forte domínio
sobre o psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões contrárias ao seu
desejo. Na fascinação há uma ilusão. Na subjugação, o paciente tem consciência
do que lhe acontece.Na subjugação corpórea, além de exercer o domínio psíquico,
o obsessor atinge a parte fluídica perispiritual do doente. Domina seu
corpo físico e, às vezes, numa crise semelhante à epilepsia, atira-o ao chão.
Como o obsedado fica quase sempre sem as energias necessárias para dominar ou
repelir o mau Espírito, carece da intervenção de uma terceira pessoa com
ascendência moral sobre ele, para auxiliá-lo a sair da difícil situação.
Simone Nardi
Referência
Desobsessão – André Luiz
Revista Cristã de Espiritismo- Ano 3 - Nº 18
Jornal Espírita Harmonia – Ano 5 - Edição 30
Da Fraternidade Francisco de Assis
Nova Voz : ww.novavoz.org.br
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