Ano novo e surgem as velhas promessas: Vou emagrecer, vou viajar, vou
isso, vou aquilo, se lembrarmos bem, foram essas as mesmas promessas que
fizemos no ano que passou.
Por que nos é tão difícil evoluir?
Por que nos é tão difícil aprender a amar?
Só há uma resposta para isso tudo:Porque mentimos para nós mesmos.Sim,
mentimos o tempo todo, o ano todo, durante muitas encarnações.
Se pudéssemos nós lembrar do que dissemos antes de reencarnarmos aqui,
com certeza ficaríamos envergonhados de nós mesmos, pois com certeza,
fizemos igualmente inúmeras promessas e cumprimos bem poucas, assim como
nas inúmeras viradas de ano.
Dissemos que viveríamos em paz com aquela certa pessoa que numa outra
encarnação, nos prejudicou, ou nós a ela. E, ao contrário do que
prometemos, vivemos as rusgas com aquele que deveria ser, nosso ideal de
paz.
Prometemos também amar ao próximo. Ah mas é tão difícil, Deus não ajuda,
toda vez que quero ajudar alguém, chove!
Também prometemos aquilo lembra? Não? Aquela promessinha que fizemos
baixinho, dizendo que iríamos melhorar, que iríamos cultivar a paz, a
caridade, o altruísmo, a benevolência, que seriamos puros e brandos de
coração....
Pois é, não deu. Em alguma parte do caminho nós esquecemos essas
promessas, do mesmo modo como esquecemos as mais simples, as mais
fáceis, aquelas que nem sequer nos trazem algum benefício.
O Ano Novo muitas vezes significa uma nova oportunidade para repensarmos
o que fizemos e o que deixamos de fazer. É como uma nova oportunidade
de vida, como uma nova reencarnação, onde devemos progredir e onde
muitas vezes, estacionamos.
Não vamos mais estacionar. Não vamos mais mentir para nós mesmos.Vamos lutar, vamos melhorar.
Não vamos mais fazer promessas, vamos ter atitudes: vamos ser Amor, vamos ser Perdão, vamos ser Caridade.
Vamos nesse ano, compreender o motivo de nossas vidas: não viemos para
emagrecer, para sermos bonitos, elegantes, viemos para servir, para
auxiliar, viemos para amar, nossa beleza será consequência de tudo que
fizermos.
Encaremos esse novo ano, como uma nova reencarnação, onde lá atrás
prometemos tanta coisa e bem pouco fizemos, então vamos fazer dessa vez.
Aos poucos, mas sem estacionar.
Tiremos do fundo do coração, pois as promessas ficam guardadas lá, tudo o
que desejamos para nós nessa nova vida e vamos a cada dia, a cada
semana, a cada mês de 2006, sendo aquilo que gostaríamos de ser, para
que quando se encerre nossa vida na Terra, tenhamos cumprido grande
parte das promessas que fizemos, para aqui reencarnar.
Quero calma, quero poder pensar antes de falar,ouvir ao invés de discutir, amar ao invés de odiar.
Quero ser a paz, não a tormenta, quero ser a cura que o medo afugenta.
Quero ser o abrigo, o repouso, o ombro amigo
Quero secar as lágrimas, não derrubá-las, quero ser a força que a pequenez, apara.
Quero ser alegria intempestiva, para que nem o pior mau humor, ao meu lado resista.
Quero ter amigos, quero ver seus risos, dividir com eles o que em mim há de bom, mesmo quando me sinta em desafinado tom.
Quero ter virtudes, que me façam viver cercada de pessoas, quero para mim, novas atitudes.
Mas, se de tudo isso, quase nada puder ter
Quero ter amigos para quem eu possa ler
Uma mensagem que seja de esperança
A mesma que agora, meu coração alcança.
Para que em minha vida, o amor consiga fazer enfim
A Suprema mudança.
Simone Nardi
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