Apresentam-se diante de nós, ventos que nos trazem novas mudanças 
morais, mudanças que não visam em primeiro lugar o nosso benefício, mas o
 benefício do outro que caminha ao nosso lado. Muitas chances de pensar 
sobre isso já nos foram dadas e muitos de nós nada fizeram, permanecendo
 na zona de conforto na qual todos fomos criados. 
O que queremos aqui é dar mais uma chance de mudança, pois sabemos que o
 esclarecimento é a melhor ferramenta para isso, e também porque sabemos
 que tudo aquilo que se faz por obrigação acaba gerando uma certa 
ansiedade, um certo desconforto e intolerância naquele que o faz. 
Diferentemente de quando optamos por fazer determinada coisa por 
estarmos conscientes daquilo a que nos propusemos a fazer, conscientes 
daquilo que nos fez ou ainda nos fará mudar. 
Todos possuem a liberdade de escolher o caminho a seguir, mas poucos 
pensam nas consequências de suas escolhas até que elas lhes surjam no 
caminho, muitas vezes em forma de doenças, desavenças , etc.Nos armamos 
do Livre Arbítrio para carimbar a nossa escolha mesmo que alguém nos 
mostre que é um caminho errado.Somos “donos” de nós mesmos, porém nos 
esquecemos que não controlamos a “Vida”. 
Todas as nossas escolhas têm consequências, boas ou não. 
Podemos ajudar se quisermos, embora saibamos que é uma obrigação do mais
 forte ajudar o mais fraco, afinal estamos todos aqui para aprender a 
amar, não apenas amar os pais ou os filhos, mas para compreender o 
sentido de amar em sua total magnitude, o que nos tornará incapazes de 
fazer o mal a qualquer ser que cruze nosso caminho. Mas não queremos 
obrigações, temos medo delas porque nos julgamos fracos para aquilo. 
É nossa obrigação amar, mas não queremos ser obrigados a amar, queremos 
esperar a nossa evolução se completar e como por mágica, descobrir que 
amamos e que a partir daí sim, podemos amar o mundo. 
Esquecemo-nos de apenas um detalhe: Nós somos a nossa evolução, não é o
 outro, não é magia, se não andarmos não evoluímos e aí sim esse 
caminhar vai se tornar algo compulsório, que nos fará sofrer a carga 
amarga do fazer ou fazer, não haverá mais escolha. 
Estamos próximos disso toda vez que adiamos uma determinada mudança 
moral. Frases como “eu não consigo” nos aproximam cada vez mais de uma 
tardia evolução moral que plantamos em nós mesmos porque nos 
autoperdoamos a todo o momento. “Eu ainda preciso”, “eu ainda não 
posso”, nos mostram que ao contrário do que o imaginado, não somos donos
 de nós mesmos, porque se alguém nos disse que somos fracos, porque 
havemos de discordar? Mas se ele conseguiu é porque é forte, é porque é 
diferente, mas eu, eu sou fraco.  
Como nos enganamos. 
Somos todos filhos do mesmo Pai, cada um em seu degrau de evolução, uns 
não são mais fortes, são apenas mais determinados, não se deixam levar 
pela ladainha da fraqueza, os demais não são mais fracos, apenas estão 
acomodados e usam de suas supostas fraquezas para permanecerem onde 
estão. Até quando? Até que a mágica da evolução surja em suas vidas? 
Isso nunca vai acontecer, a evolução não é magia que surge do nada, a 
evolução é trabalho e trabalho árduo. 
Será que nunca paramos para pensar o que há de errado em comer carne? 
Mesmo que nossa boca se encha de comiseração por nós mesmos, com as 
falsas alegações de que ainda precisamos dos animais mortos, não temos 
lá no fundo uma intuição que sufocamos e que quer nos dizer “Hei pare, 
eles são teus irmãos”? 
Eu faço porque eu posso , eu não faço porque não quero! Essa a diferença
 entre poder e querer. Nós podemos parar de matar animais assim que 
deixarmos de sufocar esse sentimento em nós, esse medo da mudança, esse 
temor pelo confronto com o novo, o problema é que não queremos, embora 
possamos. 
Todos nós temos o poder para deixar de matar animais para comer, a 
crença falsa de que precisamos da carne nasce na sociedade e se enraíza 
em nosso coração e a partir daí, já condicionados, regamos esse 
pensamento, fortalecendo-o e alegamos os mais diversos motivos apenas 
para continuarmos a explorar aqueles a quem chamamos de irmãos. Medo e 
vergonha sim, necessidade, jamais. 
Quando adotamos a postura do “preciso da carne”, não o fazemos por 
necessidades fisiológicas, mas por necessidades psicológicas, porque não
 queremos parar e criamos a ideia da necessidade como desculpa para 
prosseguir com esse festim de sangue. 
Estudos demonstram que a ingestão de carne causa mais mal do que bem, 
então porque dizemos a todo instante que necessitamos da carne? As 
grandes religiões pedem jejum de carne em determinados cultos ou 
trabalhos exatamente porque ela é prejudicial, como ainda teremos 
coragem de alegar que necessitamos de algo que nos é barrado então 
durante um trabalho de caridade? 
Lutamos por uma evolução que nós mesmos adiamos no simples ato de comer.
 Choramos pelos seres desabrigados, pelos que passam fome, choramos ao 
ver um animal abandonado, mas matamos outros com uma sutileza natural e 
cruel, nos escondendo por trás de uma falsa fraqueza que nada mais é do 
que comodismo. 
Vamos entender aqui que não estamos obrigando o leitor a parar de comer 
carne, até porque sabemos que os seres humanos odeiam obrigações, mas 
queremos que ele se confronte consigo mesmo, que liberte aquela voz 
interior que o chama para olhar os animais como irmãos, para que ele se 
olhe e mude, não se quiser, mas podendo mudar, opte pelo que for menos 
cruel. Só queremos que ele ouça o que sai de sua boca e se as palavras 
ditas são mesmo aquelas que habitam seu coração. Os animais são ou não 
nossos irmãos? Se forem, como podemos auxiliá-los? Eu preciso mesmo da 
carne ou tenho medo de deixar de comê-la? Por que eu digo que preciso se
 jejuo dela durante os trabalhos? O que acontece no momento do abate do 
animal realmente me importa ou eu procuro não pensar nisso? Se penso, o 
que sinto? 
Sim, o que sinto? 
O que sou? 
Sou capaz de mudar ou prefiro me esconder atrás das necessidades nas 
quais me ensinaram a acreditar? O que representam os animais para mim: a
 falsa ideia de sobrevivência ou evolução moral? Quando realmente 
começarmos a nos preocupar com eles , veremos que “nosso bife” não vale 
mais que a vida deles. 
“ Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam”.(Henry Ford) 
Não podemos desistir da vida dos animais. 
Simone Nardi
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