Muitas vezes ouvimos pessoas que perguntam a si mesmas: "O que estou fazendo aqui?", "Qual o propósito da Vida?”.
Com certeza muitas dessas pessoas ainda não se encontraram e nem
encontraram na religião que frequentam, guarida para seus sentimentos.
Há muitos que acham terem encontrado as respostas e mesmo assim,
buscando o trabalho mais confortável, estacionam no ato da caridade.
Optam por um trabalho, às vezes na Casa Espírita e ali permanecem por
anos a fio. Muitas vezes vão por ir, contudo, sem espalhar aquele antigo
amor que os fez iniciar a jornada.
Foi quando meu querido mentor me disse o que estávamos fazendo aqui e
qual o motivo de nossa vinda, coisas tão simples que às vezes esquecemos
completamente:
"É chegada a hora dos trabalhadores seguirem para a Vinha".
Começou ele referindo-se ao tempo enorme que perdemos nos perguntando o que somos.
"As folhas das parreiras são nossas pequenas peças da caridade".
As folhas protegem o fruto e deveriam ser nossas ações durante o pequeno espaço de tempo que nos é concedido.
"Os ramos, o nosso amor”.
Os ramos da uva se espalham trazendo a vida ao fruto que nasce, assim
como nosso amor deveria se espalhar e enlaçar a todos aqueles que nos
cercam.
"A uva, o trabalho redentor".
A uva se transforma em vinho, o trabalho nos transforma em luz.
"O Sol está ao meio-dia e pouco resta para o entardecer".
Ah se soubéssemos que nos resta tão pouco tempo para a redenção, a hora
da mudança se aproxima e não desejamos mais uma vez, ser os exilados de
outrora.
"Necessário se faz que entreguemos a colheita antes do anoitecer ou
teremos que aguardar por uma noite imensa, até que novamente alvoreça e o
trabalho recomece”.
Precisamos nos entregar a colheita do aprendizado, do perdão, da
humildade do que Jesus nos ensinou, vencendo nossas provas antes que
partamos daqui e tenhamos que esperar sabe-se lá por quantos anos, por
uma nova oportunidade de reencarnarmos e corrigirmos os erros do
passado.
É difícil, eu sei, mas como meu querido amigo disse, a hora é chegada, a
colheita nos espera e o sol não tardará a se por no horizonte.
Sejamos, meus amigos, os trabalhadores que se esforçam e vencem os espinhos da vida, para colher a uva mais preciosa:
O Amor que nos elevará a Deus.
Simone Nardi
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