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| Primata atrás das grades | 
“O ser humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos, como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior”.
Albert 
Einstein
Esse  pensamento 
fez-me lembrar de um dos ensinamentos de Jesus: “Amai ao próximo como a si 
mesmo”. Mas o Mestre não especificou se o próximo era o seu irmão de sangue, sua 
mãe, ou seu pai. Não especificou se o próximo seria mesmo aqueles que estão 
próximos ou que são iguais a você. Em meu entendimento, o próximo é muito mais. 
É como Gandhi disse: “o próximo é tudo o que vive”. E quando pensamos assim, 
estamos aumentando gigantescamente o nosso círculo de compaixão. Deixamos de 
amar apenas os nossos familiares e amigos e passamos a amar tudo o que vive. 
Entre tantos 
seres viventes, estão os animais. Sim, eles também são o nosso “próximo”. Estão 
presentes em nossa vida não para que façamos deles meros objetos. Eles têm 
sentimentos, alma, sofrem, necessitam do nosso auxílio para seguirem rumo à 
evolução. O que ocorre é que nós “humanos”, em nossa prepotência e soberba, 
julgamo-nos superiores, feitos à imagem e semelhança de Deus. Diante desse 
grandioso orgulho, sentimo-nos no direito de usurpar as vidas inocentes que 
estão em nosso planeta tão-somente para evoluírem, assim como nós mesmos, seres 
imperfeitos que somos. Desde os primórdios, estamos destruindo sem piedade tudo 
o que nos cerca, numa frieza implacável. 
Contudo, aos 
poucos, algumas mentes adormecidas foram despertando e pouco a pouco expandindo 
em si mesmas o sentido de amar ao próximo.  Alguns já conseguem se colocar no lugar 
do outro, sentir um pouco a dor alheia. Mas não é fácil. Temos a tendência de 
amar os nossos familiares, alguns poucos amigos e, se amarmos além, como, por 
exemplo, a um animal, amamos apenas aquele que é “nosso”, o cachorrinho de 
estimação da família. Não conseguimos enxergar no cão de rua o nosso próximo, 
aquele que necessita da nossa compaixão profunda. Não conseguimos nos colocar no 
lugar dos nossos irmãos que todos os dias são abatidos friamente, apenas para se 
transformarem em pedaços de carne. E por que fechamos os nossos olhos? Porque 
ainda não sabemos amar. Amamos de maneira egoísta, um amor que aprisiona, sufoca 
e mata. Amamos como se nosso coração não suportasse amar mais. Dedicamos o nosso 
carinho e respeito apenas àqueles que estão literalmente próximos. Enquanto 
permanecermos assim, o mundo será de provas e expiações, porque é inimaginável 
um planeta de regeneração onde o significado da palavra amor ainda é tão 
mesquinho.
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| Filhote abandonado, parece invisível para os seres (h)umanos que passam por ele. | 
Precisamos abrir nossos olhos, os da alma, para enxergarmos o que ainda é invisível para a maioria e, quando estivermos com os olhos abertos, precisamos ajudar a abrir os olhos dos que nos cercam para que vejam que o próximo pode estar em qualquer lugar que nosso pensamento possa alcançar. Notaremos em toda a parte mãos precisando das nossas para serem conduzidas. Fitaremos pessoas com os corações necessitados de um pouco de ânimo para seguir em frente. Sentiremos as plantas necessitando de nossa proteção e cuidados. Ouviremos os animais pedindo para viver, para terem a oportunidade sagrada da vida, que lhes tiramos simplesmente pelo fato de não os considerarmos como nosso próximo. Que cada um de nós abra os olhos, o coração. Que possamos expandir nosso círculo de compaixão, estendendo nosso amor para tudo o que vive. Somente assim seremos capazes de exercitar, em sua plenitude, nossa condição de seres humanos.
Fernanda 
Almada   
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©Copyright Blog Irmãos
Animais-Consciência Humana - Simone Nardi -2014 
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É difícil olhar para essas imagens e não sentir um aperto no coração. Dá vontade de poder abraçar o mundo, de estar em todo lugar e resgatar cada irmãozinho que precisa de socorro. Eles conseguem passar com um olhar o que estão sentindo. Só alguém muito insensível para não perceber, se apiedar e ter coragem de não fazer nada.
ResponderExcluirOi Yara
ExcluirAcredito que somente pessoas sem qualquer senso moral e sentimental pode ver o outro em dor e não fazer absolutamente nada, por isso escrevemos sempre h-umanos, ou seja, ainda seres incompletos demais para saber o que significa o amor.
Grande abraço
Simone