sexta-feira, 18 de abril de 2014

Para raiar a Liberdade


(Sandra)




Universo

Romanos 12.2: E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


Podemos muito bem avaliar as tribulações porque passam os infratores da Lei humana, sentenciados em razão de crimes praticados contra a sociedade que desrespeitaram.

Segregados do mundo, à margem do caminho estabelecido pela moral e ética vigente, são induzidos à restrição de seu espaço físico e psicológico, na humilhante condição de parias, a fim de que as corrigendas, no decurso do tempo estabelecido pelo magistrado, sejam efetuadas.

Apartados do convívio familiar, divorciados da primavera de seus filhos, sem lhes comungar o primeiro passo e a primeira fala, segregados dos carinhos de uma esposa e dos afagos de uma mãe, cuja presença os motivava a trabalhar e a viver; hoje, na companhia diária de malfeitores embrutecidos, entre paredes e ferrolhos hostis, sem esperança ou alegria, à mercê de carcereiros nem sempre pacientes e/ou compreensivos, quantos perdem até mesmo a noção do Deus de sua infância, esquecidos das orações que sabiam balbuciar de cor, todas as noites, quando eram inocentes.

Mergulhados em emoções contraditórias de revolta ou arrependimento, desejos de vingança ou anseios de renovação, a ninguém podendo transferir o peso de suas tribulações, ora querem matar, ora querem morrer...

Infelizmente, porque não relevaram provocações de adversários, nelas considerando apenas uma ira transitória que o tempo aplacaria, preferindo o imediato revide de golpes aniquiladores, destruíram, também, com isso, a bendita chance de perdoar, salvando-se da armadilha.

Apiedemo-nos deles, lamentando suas escolhas infelizes em arbítrio equivocado, rogando ao Deus de Justiça o seu retorno, um dia, ao mundo que deixaram, quando plenamente justificados.

Se esse quadro é a triste realidade dos prisioneiros, reflitamos mais profundamente nos sentenciados por engano da justiça, em razão de serem sósias de criminosos contumazes ou porque foram vítimas de circunstâncias e coincidências comprometedoras no local de ocorrência de um crime ou delito, responsabilizados, por isso por tal ação nefasta.

Embora a Sagrada Lei de Causa Efeito explique perfeitamente essa infeliz circunstância, em geral, quem a vivencia, não encontra nesses postulados, o conforto de que tanto necessita, no inferno de sua perplexidade.

A pena imposta a um inocente é sempre muito mais dolorosa do que  a imputada a criminosos confessos, porque ser confundido com um marginal, sem que ninguém acredite em sua verdade é vivenciar calvário de horrores inimagináveis, no subsolo das degradações.

Filhote atrás das grades
No entanto, exatamente isso é o que ocorre com os animais condenados sem culpa, réus de crime nenhum ou transgressão alguma, trancafiados em jaulas, gaiolas ou compartimentos exíguos,  à despeito de serem bons.

Desconsiderando-lhes as veementes súplicas, carcereiros humanos os enxergam como NADA, ZERO À ESQUERDA de qualquer medida paliativa ou conciliatória, alheios aos sofrimentos atrozes de que são vítimas, usando e abusando de seus corpos e almas, nos experimentos ou atividades alheias aos sagrados mandamentos do Deus de Misericórdia.

Ao invés dos inocentes que supliciam, estes feitores do mal é que precisariam habitar celas e  jaulas, criminosos que são, atuando, impunes em sagradas searas da Vida, comprovadamente responsáveis pelos crimes que praticam, como delinquentes INCONFESSOS.

Consideremos um pássaro engaiolado, debatendo-se em um palmo quadrado de espaço inútil, agitando-se num ritmo anormal, porque esquecido de voar. Anos a fio de reclusão em local nem sempre asseado, dependurado em alguma diminuta área de qualquer apartamento, persuadido a cantar, quando chora. Impedido de optar por momentos de sombra ou sol, chuva ou vento, solidão ou companhia, invejando asas que ainda voam, porque livres no céu que também lhe pertencia, por direito de nascimento. Assim, à espera da liberdade, ainda que chamada Morte.

Meditemos nos enjaulados sem culpa, manietados para o deleite ou repasto humano, à espera da exploração, tortura, zombaria, desprezo ou sentença final.

Macacos presos
Nos que agonizam sem remédio, alimento ou água em celas abjetas, nos estoicismos de experimentações crudelíssimas, sem o alívio de nenhuma espécie, porque nas mãos de humanos legalizados e garantidos para a execução destas práticas.

Pensemos, para respaldar o título de Espiritistas Cristãos que ostentamos, orgulhosos sobre o coração, nos inocentes que agora, nesse exato momento, estão sendo levados à patíbulos ignóbeis sem nenhuma voz que os salve ou redima de pecados não cometidos.

Sem nenhuma culpa ou demérito, tratados como criminosos bárbaros ou réprobos, os preferidos de Francisco, quando deveriam ser premiados pela doçura, humildade e inocência e devolvidos ao seu chão, oceano ou céu.

Ah... Senhor Deus Das Criaturas!

Pudéssemos consolar o seu choro, gemidos e urros de dor, assim como amparamos nossos filhos, após a raladura nos joelhos, quando correm para nós, aflitos, abrindo os bracinhos, molhados de lágrimas, na certeza dos braços fiéis, amigos e protetores que os esperam.

Pudéssemos balsamizar suas feridas como fazes conosco, Pai,  quando caímos, descuidados, nos espinheiros da vida, e nos acolhes sem reservas, de encontro ao peito alvinitente, como Jesus tão belamente o fez, com a ovelha desgarrada.

Gato
Já que no mesmo chão de pedra transitamos, passível de tropeços, razoável nos amparemos, mutuamente, humanos ou não, porque precisamos TODOS da coragem, do amor, da compaixão e da misericórdia a fim de não sucumbirmos em abismos letais e não perdemos de vista as luzes de pegadas divinas, à frente!

Quem sabe, assim, mereçamos, SEMPRE, o acolhimento de Teus Braços Santos, quando corremos para eles, chorosos e aflitos, com cruzes mais pesadas do que joelhos machucados.

QUEM SABE...



Sandra, autora e colaboradora do Blog







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2 comentários:

  1. Maravilhoso texto! Pena serem poucos a refletirem sobre uma verdade tão clara. A crueldade humana parece não ter fim...

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  2. Yara: não podemos nem vamos desistir dessa luta por "eles" pois contam conosco. Concordo que "a crueldade humana parece não ter fim", SÓ PARECE, um dia ela acaba.

    Muito grata.
    Sandra

    ResponderExcluir

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