quarta-feira, 9 de abril de 2014

Por um Mundo de Regeneração



Foto cauda de baleia, Sebastião Salgado


     (Sandra,colaboradora do Blog)




Enquanto o ser humano não se conscientizar do seus deveres junto à Proteção Animal, por mais progrida, intelectual e cientificamente, haverá sempre lacunas em seu Espírito Eterno, exigindo o reajuste.

Em vão rogará por Deus no deserto de suas dívidas espirituais, enquanto os gemidos dos pequeninos inocentes ecoarem em seu caminho, comprovando sua ignorância e primitividade, contabilizando seus débitos, ainda que os ignore.

Enquanto o sentimento da compaixão não o motivar mais efetivamente diante do sofrimento dos irracionais, por sua causa, em vão sua voz recitará, comovidamente, salmos e preces nos templos de ouro e mármore aonde nem sempre, infelizmente, o Seu Destinatário, está.

Inutilmente suplicará por Misericórdia, quando tempestades atingirem com fragor seu barco frágil, na problemática de enfermidades, contratempos ou morte.

Pinguins em geleira, Sebastião Salgado
Isto porque somos TODOS elos da Grande Corrente da Vida e, desconsiderar, enfraquecer ou destruir qualquer um deles, por mais insignificante seja, implicará em nossa própria ruína e perda.

Por exemplo, a utilização de cobaias, pela comunidade científica e/ou acadêmica, sua experimentações impiedosas e retrógradas, ainda que sob o pretexto do benefício a humanos, diante de DEUS será sempre a irresponsável marcha ao contrário do caminho inexorável da Evolução, que o tempo se incumbirá de comprovar.

Enquanto as vísceras dos animais se derramarem dos altares de pedra, em ritualísticos religiosos, o Deus do Bem lhes ocultará sua Augusta Face porque “Misericórdia quer e não Sacrifício”, supostamente em Seu Nome mas, indubitavelmente, sem o Seu aval.

Relevante e fundamental, diante Dele, continua sendo o sagrado sopro de vida insuflado em cada um de nós, um dia, resultando, os males e abusos a ela infringidos, nas consequências, tão bem estudadas no meio espírita, com o nome de Ação e Reação.

Utilizando-se da importante prerrogativa do seu livre arbítrio, vem o ser humano, ao longo dos milênios, exercendo-o de forma desorganizada, injusta e irracional, principalmente no que concerne ao tratamento destinado aos mais fracos da Criação, aqueles que se convencionou denominar “inferiores”.

Gatinhos presos
É incoerente escrever sobre a Paz, difundi-la em simpósios, campanhas de desarmamento, conferencias, assembleias e congressos, enquanto nos utilizarmos das mãos para atirar pedras e dos pés para desferir chutes nos irracionais que, por infelicidade, nos cruzarem o caminho, machucados, carentes, abandonados e incompreendidos pelos “importantes” do mundo.

Inconsistente o argumento de que precisamos dos animais para comê-los ou torturá-los em atividades recreativas (para nós, não para eles) como touradas, circos, zôos, caça e pesca, farra do boi, rinhas, etc.

Realmente precisamos dos animais (e, muito!) para compreendê-los e guiá-los corretamente nos atalhos aonde, presumimos, Ele esteja.

Para aprender,com eles, na simplicidade de suas vidas despojadas, a lição de não acumularmos tanto para ser felizes, como eles – com tão pouco – são.

Ansiando pelo Mundo de Regeneração que nos habilitará a tentames mais altos, primeiro nos regeneremos ao pé daqueles que temos maltratado e destruído através dos séculos, doando-lhes, agora, o que já conseguimos amealhar de mais puro e nobre no decurso de nossas encarnações expiatórias, numa Terra, por enquanto, de expiações e provas.

Reconciliemo-nos, humildemente, de joelhos para que a nossa altura se equivalha à deles, suplicando-lhes desculpas pelas práticas abjetas e desapiedadas de que foram vítimas por nossos ancestrais, antes de nos predispormos ao recebimento das bênçãos de um Mundo Novo onde apenas seres renovados merecerão habitar.

Sem nos penitenciarmos ante aqueles a quem devemos tanto, curando as feridas que produzimos em seus corpos e almas, libertando-os de todas as correntes, grades, arpões, jaulas, anzóis, flechas e armadilhas, inútil será rogar à Divindade pela própria saúde e a de nossos filhos, porque preces são improfícuas quando credores batem a porta da consciência, clamando por justiça!

“Doando, receberemos”, tanto o mal quanto o bem.

Morador de rua e seu cão
Ansiando pelas dádivas do Céu (quem não as quer?), construamos, aonde devastamos, abrigos para os animais bebês, doentes ou velhos, abstendo-nos de chupar os seus ossos, de consumir sua carne e sangue ou vestir sua pele, repartindo com eles, o que já sabemos de Deus, nosso Pai.

Para que também eles nos ensinem, em forma de gratidão, o que Ele lhes ministrou no silencio de seu martirológio, quando expiavam o inferno da escravidão, sonhando com o Céu da mesma Terra regenerada – a NOSSA.



Sandra, autora e colaboradora do Blog 






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