segunda-feira, 21 de novembro de 2016

“A Escola de Atenas” atual e precisa

Platão e Aristoteles


...e o justo meio de Aristóteles




A obra do pintor renascentista Rafael Sanzio “Causarum cognitio” mais conhecida como “A Escola de Atenas”, retrata a Academia de Platão. Pelo Átrio da Escola figuram alguns filósofos representando diversos períodos do pensamento filosófico. Destacam-se, entretanto, no centro da figura, dois dos mais importantes pensadores que o mundo já conheceu: Platão, discípulo de Sócrates e Aristóteles, discípulo do próprio Platão.
Platão carrega consigo O “Timeo” diálogo no qual afirma o Mundo das ideias como o mundo das coisas perfeitas, por isso mesmo aponta para o alto. Ao seu lado Aristóteles indica o mundo concreto, por isso mesmo tem a mão espalmada para baixo. Segura na mão esquerda, a “Ética,” tratado no qual afirma o mundo sensível como lugar privilegiado da Filosofia natural e empírica.
Qual seria a excelência máxima proposta pela ética Aristotélica? A Virtude – Areté.
Aristóteles alça a virtude ao patamar de excelência, expressão da nobreza, dignidade e integridade do ser humano. E é através do meio termo entre os extremos que se abre a possibilidade ao ser humano alcançar a razão, que segundo Aristóteles, é o elemento fundamental para alcançar a virtude.
Diz-nos ainda Aristóteles que a paixão, por exemplo, é um excesso que embota nossa razão. Alguém dominado pela paixão inclina-se ao vício, ou seja, ao excesso de prazer, ou à falta deste.  A Temperança ou o justo meio entre esses excessos faculta ao ser humano alcançar o pleno uso de sua razão, portanto, para Aristóteles a virtude esta intimamente ligada à razão - a racionalidade comandando as atitudes humanas.
Esse conhecimento refletido ha 2.400 anos ainda hoje é de uma atualidade estonteante. O ser humano ainda hoje está longe de alcançar este patamar proposto por Aristóteles. Pelo menos é o que nos apresenta a realidade que nos cerca.
Mesmo antes de Aristóteles e dos Filósofos da Magna Grécia, sábios na antiguidade já apresentavam a humanidade propostas semelhantes a essa.
Siddartha Gautama – o Buda (563ac-483ac), por exemplo, propunha O Caminho do meio o caminho para a moderação, afastando-nos dos extremismos. Salvo as diferenças conceituais entre as reflexões de Aristóteles e o iluminado Buda, ambos propõe a prudência, a racionalidade e a moderação em nossos comportamentos para que possamos atingir a plenitude de nós mesmos: a harmonia, o equilíbrio a felicidade enfim.
Belos ensinamentos milenares. Conceitos tão concretos e racionais, mas, que carrega em si ao mesmo tempo a leveza do equilíbrio e da serenidade.
Porque somos tão reticentes à tão belos ensinamentos em pleno século XXI?
Século onde predomina o imediatismo, o consumismo desenfreado proposto pela sociedade que induz e molda o ser humano de todas as formas possíveis.
A alucinação contemporânea do consumo compulsivo leva-nos a passar por cima de princípios dados como cristalizados há milênios. Dentre esses princípios, o maior deles, a vida em todas as suas dimensões – de humanos, de não humanos e do proprio planeta, como temos presenciado nessa era de incertezas – Restou-nos apenas as paixões desenfreadas.
Diminuímos aquilo que deveríamos por simples raciocínio lógico engrandecer: A vida. Em que recôndito e remoto lugar dentro da consciência coletiva (Se é que há uma) ficou escondido todos os ensinamentos que, se colocados em prática, salvaguardariam plenamente a vida de todos nós? Todos nós indiscriminadamente – Seres (h)umanos, animais, etc .... etc .... etc.

Fica, portanto aqui, o desafio de encontrarmos respostas ou saídas definitivas ou parciais mesmo, para o tão desafiador momento de nossa história.


Antonio Simões, colaborador do Blog


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