segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Hipocrisia e Religião -Parte 1

Guias cegos! Que coais um mosquito, e engolis um camelo. 


Conta-se que uma vez, uma mãe aflita levou seu filho diante de Gandhi, afim de que ele dissesse ao garoto que parasse de comer açúcar. Gandhi olhou-os e pediu a mãe que retornasse com o filho dali a duas semanas. Confusa a mulher agradeceu e duas semanas depois retornou novamente com o filho. 

Gandhi olhou o jovem nos olhos e disse: 

 

—Pare de comer açúcar! 

A mãe, ainda confusa com a ordem do sábio, perguntou-lhe: 

—Por que o senhor me pediu para trazê-lo em duas semanas, se poderia ter-lhe dito isso , duas semanas atrás? 

E Gandhi, voltando-se para ela respondeu: 

—Porque há duas semanas atrás, eu estava comendo açúcar. 

O que vemos nessa pequena história é que Gandhi, antes de pedir ao garoto que parasse de fazer algo, tratou ele mesmo de parar antes, para depois sim , pedir que o menino fizesse isso. Mas será que é assim que nos comportamos no dia a dia? Será que agimos como sábios ou como hipócritas? 

Hipocrisia = do grego hypokrisis significa fingimento, falsidade, simulação. 

Hipócrita = do grego hyprokritês significa aquele que tem hipocrisia, falso, fingido. 

O amigo leitor deve estar cansado de ouvir a antiga frase “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, pois é uma frase antiga e hipócrita, pois agimos de um modo enquanto mandamos a pessoa que nos ouve fazer de outro. 

Pedimos algo que não sabemos se o nosso próximo poderá ou não realizar, pedimos algo que nem mesmo “Nós”, conseguimos fazer. 

Somos bombardeados com frases já conhecidas, e sempre citadas como: “não chorar por nossos mortos”, “perdoar e amar aos nossos inimigos”, “praticar a caridade para com todos”, etc e tal.E tentamos, alguns pelo menos se esforçam. E nos sentimos culpados quando não conseguimos fazer isso. O que geralmente não sabemos é que, muitas das vezes, a pessoa de quem ouvimos frases tão bonitas e bem colocadas, não faz aquilo que prega .Não consegue e talvez, nem sequer tente mudar. Possui palavras bonitas, porém vazias de sentimentos. 

Os padres, pastores, expositores, no espiritismo não é diferente, nos pedem coisas que ainda não estamos preparados para fazer.Os pseudo-sábios, letrados, conhecedores de todas as verdades, conseguem colocar sobre o ombro de muitos, o peso da culpa. Escondendo-se por trás de palavras bem colocadas, usam a voz para pregar a verdade, a beleza e o trabalho que muitas vezes eles próprios não realizam, esquecendo-se de que cada pessoa tem o seu tempo de despertar.Esquecendo que a religião não pode ser feita de opiniões pessoais, nem tão pouco de hipócritas. 

Pregar o amor Divino é uma coisa, é falar sobre Jesus e sobre o imenso amor que nos deixou, impor o que deve ser feito é hipocrisia e arrogância. Quem conhece o verdadeiro amor de Jesus, conhece também o verdadeiro amor a seguir.Ele é a bússola que deve nortear nossos caminhos: não eu, nem você, nem ninguém, porque só Jesus sabe aguardar o momento certo de nosso Despertar. 

Para encerrar, vamos lembrar uma frase de Gandhi: 

A partir do momento que me outorgo o direito exclusivo de ter razão, usurpo uma função que pertence a Divindade”



Simone Nardi




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